Fanfic: DNA - Portiñón | Tema: Rebelde

Mas que inferno estava acontecendo comigo? Nós não viviamos em um filme, nem muito menos em um livro para essas coisas acontecerem. Isso não podia acontecer na vida real. Mas eu não podia evitar. Coloquei minha mão em seu rosto e aproximei nossos lábios. Ela fechou os olhos antes que eu os encostasse, e percebi o que lindo era seu rosto. Colei nossos lábios, e logo ela deu espaço para que eu pudesse invadir sua boca com a minha língua. Cada vez que a beijava era diferente. Eu a sentia tão minha, tão frágil... tão diferente. Nossas línguas ficaram brincando uma com a outra, e após sentir que nos faltava o ar, fui diminuindo a velocidade, mas logo ela colocou a mão na minha nuca e nos aprofundamos novamente no beijo. E então percebi, que mesmo querendo beijá-la, eu não podia, por que estava fazendo a mesma coisa que ela fazia. Ela ficava com Christopher, e eu a criticava por isso. E no final, eu estava fazendo o mesmo que ela. Separei nossos lábios bruscamente e me levantei. Ela me olhou confusa e eu sai disparado dali, esbarrando com Christian que estava no corredor. Quando cheguei ao meu quarto, tranquei a porta, e resolvi tomar um banho. Inferno! Por que eu me deixava levar por ela? Coloque isso na sua cabeça, Dulce, vocês são IRMÃS. E irmãs NÃO SE BEIJAM. Irmãs NÃO SE DESEJAM. Irmãs são somente irmãs e se abraçam nos momentos dificeis. Mas não, irmãs não tem contato de lábios e nenhum outro tipo. Aquilo ia terminar ali e não voltaria a acontecer. Eu voltaria a minha vida normal com Marcela como se nada tivesse acontecido. Terminei meu banho e resolvi descer para beber alguma coisa, e do quarto de Anahí, com a porta fechada, consegui ouvir a gargalhada alta da mesma. Caminhei em passos lentos até lá e coloquei meu ouvido na porta, na esperança de ouvir algo. 

Christian: Agora é sério, eu não gostei daquilo de "se ele fosse tão importante eu não ia pedir pra você ficar". Você me ofendeu.
Anahí: Ai Christian, você sabe que é bem mais importante do que qualquer pessoa dessa maldita casa. E eu só queria... bom, beijá-la.
Christian: Sua vadia, você disse que vocês não estavam se pegando.
Anahí: Eu estragaria meu plano se te contasse.
Christian: E que plano é esse?
Anahí: Você acha que eu, Anahí Giovanna, vou deixar aquelas garotinhas do teatro quase se atirarem em cima dela, e eu não fazer nada? Até parece.
Christian: Ainda não entendi.
Anahí: Meu orgulho pedia que eu a beijasse, Christian, entenda.
Christian: E cá entre nós, você é uma ótima atriz.
Anahí: Não é atoa que eu faço isso, meu amor.
Christian: De onde tirou a idéia de chorar?
Anahí: Sei lá. Aproveitei a situação. Mas te juro que aquela hora que ela me chamou eu quase chorei de verdade. Estive a ponto de ter um infarto. Que medo daquilo, senhor.
Christian: Ou seja, a mudança da Anahí não existe, certo?
Anahí: Claro que não. Dulce é muito delicia, por isso estou fazendo isso.
Christian: Mas e a sua irmã? Parecia tão real esse seu amor por ela.
Anahí: Ai, Christian. Se fosse pela minha vontade, aquela menina teria morrido no mesmo dia em que veio ao mundo - riu alto.
Christian: Anahí, como voc...

Não aguentei. Ela poderia falar assim de qualquer pessoa. Até de Marcela se quisesse, mas não de Manuela. Abri a porta do quarto dela com ódio e ela me olhou, espantada. Christian me olhou, olhou para ela e fez uma cara de que havia dado tudo errado. Fui até ela e a peguei pelo braço, levantando-a. Christian se levantou, sem reação. Não me importava se a estava machucando, se ela fosse morrer, mas que ela ia se arrepender de ter digo aquilo, ah, ela ia.

Anahí: O que foi, Dulce? Me solta, você está me machucando - ela me olhou e logo em seguida olhou para o braço.
Dulce: Você não vai mais se fazer de santinha, Anahí. Não mais...
Anahí: Dulce, ME SOLTA - gritou.
Dulce: Você quer ouvir a verdade? Quer? - apertei seu braço com mais força.
Anahí: Me solta, seu animal. Está me machucando... Christian, faz alguma coisa.
Dulce: VOCÊ CALA A BOCA - me virei para ele, e ele se calou.
Anahí: Quem você acha que é para fazer, isso, maldito?
Dulce: Escuta aqui - a joguei na cama e subi em cima dela, prendendo seus braços - A ÚNICA MALDITA AQUI É VOCÊ. VOCÊ É UMA FALSA, UMA HIPÓCRITA, E SE O QUE VOCÊ QUERIA ERA CANTAR VITÓRIA, CANTOU ANTES DO TEMPO. E SIM, ANAHÍ, VOCÊ É UMA VAGABUNDA, UMA QUALQUER. NÃO DUVIDO QUE VÁ PARA A CAMA COM QUALQUER UM POR QUALQUER PREÇO.
Anahí: VOCÊ ESTÁ LOUCA MALUCA. BEBEU OU O QUE? - disse no mesmo tom que eu. Passei minha mão por baixo de sua cabeça e puxei seus cabelos com força, trazendo seu rosto para perto do meu.
Dulce: Ouse - disse baixo e olhando em seus olhos -, ouse chegar perto da minha irmã, que eu serei capaz de te matar, Anahí. Um toque nela, e a sua máscara vai cair para todo mundo - sai de cima dela.
Anahí: Vou te denunciar, Dulce. VOU CHAMAR O MANICOMIO PARA VOCÊ.
Dulce: Aliás, quem nunca deveria ter nascido era você, irmãzinha - do mesmo jeito que peguei seu cabelo, o soltei, mas com mais força ainda.

Sai disparadA, com vontade de quebrar tudo e qualquer coisa que pertencesse a ela. Desci as escadas correndo e fui até a cozinha. Peguei um copo de água e quase sentia que o mesmo ia quebrar, de tanto que eu o apertava. Pouco depois eu escutava o riso alegre de Manuela invadindo a casa. Sorri, ao perceber o quão importante aquela menina era para mim. Deixei o copo na pia e fui para a sala, para vê-la. Abri meus braços quando a vi e ela veio correndo até mim. Me abraçou e eu a levantei no ar.