Fanfic: DNA - Portiñón | Tema: Rebelde

Manuela: Ni, você viu que legal foi a minha festa?
Dulce: Vi sim, princesa. Foi muito, muito linda.
Manuela: E a Anny? Onde ela está? Como ela tá?
Blanca: É verdade, minha filha. Onde sua irmã está?
Dulce: Acho que está lá em cima com Christian - tentei disfarçar meu asco ao falar dela.
Blanca: Ela está melhor?
Dulce: Por mim - dei os ombros.
Enrique: O que aconteceu com vocês, hein?
Dulce: Nada, ué!
Manuela: Ni, você viu quantos presentes eu ganhei?
Dulce: Não vi não. Onde estão?
Manuela: Onde tá, mamãe?
Blanca: Estão no carro, não é, Enrique?
Enrique: Estão sim. Todos lá...
Manuela: Então vamos pegar, Ni.

Coloquei-a no chão e ela me arrastou até fora de casa para pegar os benditos presentes. E realmente eram muitos. Precisei de umas três viagens para conseguir leva-los todo para dentro de casa. Ela desembrulhou todos, e com uma alegria inexplicavel me mostrava todos.Pouco depois ouvi a voz de Anahí e de Christian, olhei para a escadas e eles desciam as mesmas. Mirei seu braço, e estava muito vermelho. Não tinha a marca da minha mão, mas estava vermelho demais. Se ela tivesse sorte, ficaria roxo. E eu esperava isso do fundo do meu coração. Manuela fez menção de levantar e eu a segurei, voltando a atenção aos presentes. Ela passou por mim sem dizer nada, e Christian só disse um tchau para mim e feliz aniversário a Manuela, que também o ignorou. Ficaram um pouco fora e depois ouvi o barulho do carro de Christian ligando e logo Anahí voltou, indo em direção a cozinha. Mas que inferno! Eles iriam perguntar porque seu braço estava vermelho, e ela ia abrir essa enorme boca que ela tem. Fui para a cozinha, claro, eu tinha que me defender, e levei Manuela comigo, no meu colo.

Enrique: Anahí, por que seu braço está assim?
Anahí: Oi? - o olhou.
Blanca: É verdade, minha filha. O que aconteceu? - chegou perto de seu braço e o olhou mais de perto.
Anahí: Ah, isso? - ela me olhou, disfarçadamente.

Ah, isso foi Dulce que fez. Não sei, mamãe, ela ficou todo nervosa não sei porque e me fez isso, pensei. Mas só pensei...

Anahí: Na hora que eu desmaiei lá na festa. Acho que cai em cima do meu braço e fiquei assim.
Dulce: O QUE? - a mirei, espantado.
Blanca: Ai minha filha, você está melhor, não é mesmo?
Anahí: Estou. Mas por favor, nunca mais me façam ir a uma festa de criança, sério.
Blanca: Claro que não, meu anjo - abraçou-a e Anahí me olhou, sorrindo.
Anahí: Estou com dor na cabeça - se separou e colocou a mão onde eu havia puxado seu cabelo.
Blanca: Bateu a cabeça também?
Anahí: Deve ter sido. Deu tudo errado hoje...
Enrique: Você só desmaiou, Anahí.
Anahí: Mas eu ia sair com o Christian, papai. E agora estou assim - ela apontou para o braço - e com uma puta dor de cabeça.
Enrique: Não exagere, minha filha.
Anahí: Não é exagero - eu ri. Ela não sabia como faze-los ficar com dó dela.
Manuela: Anny - a prendi mais em meu colo -, e meu presente?
Anahí: Ah é, Manu - ela me olhou, sorrindo -, já havia me esquecido. Está lá em cima, vamos lá que eu te dou.
Dulce: Depois ela dá, Manu. Vamos voltar para a sala agora.
Manuela: Não Ni, eu quero ver o presente da Anny.
Anahí: Eu não irei morde-la, Dulce. Se quiser ir conosco, pode vir.
Blanca: Deixe-a ir, Dul.
Exitei, mas acabei colocando-a no chão. Quando ela saiu correndo, Anahí foi atrás dela, e eu não correria o risco dela fazer algo com Manuela. Fui atrás das duas. Quando chegamos em seu quarto, o vestido que eu havia dado a ela, e que ela havia usado na festa, estava em pedaços no chão. Ela foi até o guarda roupa e nem se importou em esconder o vestido. Mas confesso que senti um aperto no peito quando vi. Não entrei em seu quarto, mas me apoiei no vão da porta e fiquei olhando.

Anahí: Aqui está - ela entregou o presente a ela - Espero que goste.
Manuela: Obrigada Anny - abriu os bracinhos para abraçá-la, e Anahí me olhou.
Anahí: Por nada, minha linda - a abraçou.

Eu parecia mais um cachorro protegendo a sua cria. Quase pulei em cima dela quando abraçou Manuela. E seu olhar me dava ódio. Logo elas se soltaram e puxei Manuela para fora daquele quarto. De uma a outra, ou um dia eu matava Anahí, ou um dia ela me matava.
Afinal, o que estava acontecendo com ela?
Mais ou menos um mês se passou depois que a máscara de Anahí caiu, e ela nunca mais havia dirigido a palavra a mim. Nem se quer na frente de nossos pais. Eu também não fazia questão, só fazia de que ela não chegasse nem perto de Manuela. O que fez, e voltou a ignorá-la como sempre havia feito. Continuava com Christopher e Rodrigo, já eu estava com Marcela, mais forte do que nunca, e dessa vez, pensar em Anahí não atrapalhava. Se é que me entendem...
Marcela: Quantos você quer? - apontou para Manuela que corria pelo parque.
Dulce: Três - mostrei a língua e sorri - Gosto de crianças...
Marcela: E ninguém sabe disso, não é mesmo?
Dulce: Claro que não - a abracei, rindo - Já te contei que acharam que ela era filha da Anahí?
Marcela: Sério? - riu.
Dulce: Te juro. E quando eu disse que nós três eramos irmãs, a mulher quase morreu de vergonha.
Marcela: Elas realmente se parecem. Manuela tem os olhos de Anahí, mas é bem parecida com você também.
Dulce: Esse negócio de tem os olhos dela, faz parecer que ela é filha dela, Marcela.
Marcela: Desculpa - riu - Mas o que aconteceu? Vocês estavam tão bem antes do aniversário da Manu.
Dulce: Sei lá, aquela menina é doida - nos sentamos em um banco e ela se virou para ficar frente a frente comigo.
Marcela: Eu já disse que te amo? - sorri, e vi que olhava meus lábios.
Dulce: Hum - fiz cara de pensativa - Acho que não.
Marcela: Então... Eu te amo - ela me deu um selinho.
Dulce: Não começa, ok? Estamos em uma praça pública.
Marcela: Só vamos nos beijar, Dul. Isso que você está pensando, a gente faz mais tarde.

E me beijou.
Manuela: Oi - cruzou os braços, nos olhando nervosa.
Dulce: Oi Manu - me curvei e a peguei, fazendo-a sentar na minha coxa.
Marcela: Alguem aqui é muito ciumenta, sabia? - riu.
Dulce: Ciumenta? Magina. Impressão sua.
Manuela: Por que você estava beijando ela? - falou no meu ouvido.
Dulce: Por que ela é minha namorada. Você sabe disso...
Manuela: Ah é. Vocês vão se casar? - Marcela me olhou e arqueou a sobrancelha, gostando de sua pergunta.
Dulce: Um dia nós vamos.
Manuela: E eu vou ter primos para brincar? - seus olhos brilharam.
Marcela: Sobrinhos, Manu.
Manuela: E primos?
Dulce: A gente tem vários, princesa.
Manuela: E os filhos da Anny vão ser meus... - pensou, mas não se lembrou da palavra - Como é mesmo, Malela?
Marcela: Sobrinhos - riu.
Dulce: E é Marcela.
Manuela: Isso. É... Os filhos da Anny vão ser meus sobrinhos?
Marcela: Vão sim - passou a mão pelo rosto de Manu.
Dulce: Espero eu que ela nunca tenha filhos - sussurrei.
Marcela: Pois eu também - respondeu - Quem quer um sorvete?
Manuela: Eu quero - gritou e pulou do meu colo.
Dulce: Então vamos comprar um sorvete - me levantei e dei as mãos a Marcela, que se levantou em seguida.
Marcela: Vai querer do que? - perguntou a Manuela.
Manuela: Hum... Morango.
Dulce: E você? - nos aproximando da barraquinha de sorvete.
Marcela: Chocolate.
Dulce: Sempre. Dois de morango e um de chocolate, por favor.

O homem nos entregou o sorvete, paguei e entreguei a elas. Voltamos a caminhar e olhando Manuela correndo de cima para baixo e de baixo para cima. É, era com ela que eu queria passar toda a minha vida.