Fanfic: DNA - Portiñón | Tema: Rebelde

Dulce: Anahí - entrando no quarto.
Anahí: O que foi? - me virei para ela - Será que eu não posso me vestir em paz?
Dulce: Eu não vou me demorar - chegou perto de mim - Olha bem o que você está fazendo, ouviu bem?
Anahí: Mas o que eu estou fazendo? Eu vou me trocar, só isso.
Dulce: Não se faça de bobinha, ok? - segurou meu braço.
Anahí: Eu não te fiz nada, então por favor, solta o meu braço - ela exitou, mas acabou soltando - E se você está assim por que causa de Manuela, eu só vou te dizer uma coisa. Eu também tenho direito de levá-la para sair, ok? Afinal, eu também sou irmã dela.
Dulce: Anahí, escuta o que estou te dizendo, não chega perto da minha irmã.
Anahí: Qual é a sua? Ela não é só sua irmã, Dulce. Que saco!
Dulce: Desde que você voltou de lá tá toda estranha. O que aconteceu?
Anahí: Não aconteceu nada.
Dulce: Eu estou sacando a sua, Anahí. E eu não vou cair no seu barato de novo, está bem? Eu não acredito que você possa mudar algum dia.
Anahí: Você acha que eu sou o que, então? Não sei se você sabe, mas eu sou humana e tenho sentimentos.
Dulce: Anahí, sabe quem você ama? Você ama a si própria e a ninguém mais. Se quiser que eu mude minha opinião, faça por merecer. Mas escute o que eu estou te dizendo, não chegue perto dela.
Anahí: Sim, eu chego sim. E quer saber? Por que eu quero. E você não vai me impedir. Agora, se possível, você pode sair, que eu quero me trocar e estou ficando com frio?
Dulce: Aviso dado - se virou para sair, mas voltou a me olhar - Aliás, o Ron disse que você é ótima na cama, só que seu temperamento depois que terminam é horrivel.
Anahí: SOME DO MEU QUARTO - berrei.

Ela riu e saiu. Eu juro que se tivesse uma arma, eu a mataria. E depois sairia atrás de Ron para matá-lo também. Malditos.

 Anahí

Christian: Vamos almoçar? - chegou ao meu lado.
Anahí: Já nos liberaram? - o mirei.
Christian: Já sim. Quer comer o que?
Anahí: Hum... não sei. Qualquer coisa. Vamos em alguma pizzaria, sei lá.
Christian: Só pizza, pizza, pizza... Vamos - me puxou para fora do teatro.
Pedro: Vão almoçar onde?
Christian: Pizza Hut. Vamos?
Pedro: Não, tô de regime - riu - Até mais tarde, garotos.
Christian: Se não vai, por que pergunta?
Anahí: Talvez ele não queira comer pizza, Chrisinho.
Christian: Vamos de moto?
Anahí: Não... Nós vamos com o meu carro - o puxei até aonde meu carro estava.
Christian: Não sei por que você odeia minha moto. Ela se ofende, sabia?
Anahí: Moto é algo perigoso, e se eu sofrer um acidente de uma, é capaz de eu morrer.
Christian: Então vamos de moto.
Anahí: Então está desejando minha morte, não é? - dei um tapa nele - Toma, eu deixo você dirigir - joguei a chave para ele.
Christian: Ai sim - entrou no carro.
Anahí: Quando eu for rica, eu vou te dar um carro de presente de aniversário.
Christian: E de dia das crianças? - piscou os olhos.
Anahí: Um tapa na cara. Cala a boca e dirige - liguei o som.
Christian: O que é isso? - pegou uma caixa na lateral do banco.
Anahí: Ah, foi a Dulce que me deu. Era para eu jogar no lixo, mas acabei esquecendo.
Christian: Já pensou em ser legal com ela?
Anahí: Já tivemos essa conversa, e eu volto a repetir, não, eu não quero ser amiga nem nada dela. Já basta ser irmã...
Christian: Tudo bem - ficou calado.

Demoramos mais uns cinco minutos e logo estavamos na Pizza Hut. Nos sentamos e ficamos conversando, ou falando mal das pessoas, como quiser. Quinze minutos depois que chegamos, nosso pedido chegou.
Christian: E a viagem? Você não me contou como foi.
Anahí: Ah, nem sei mais como foi, Christian.
Christian: E aquele amigo do Rodrigo?
Anahí: Ai, nem me fala do infeliz. Você acredita que ele contou para a Dulce que nós dois fomos para a cama?
Christian: Sério? - colocou um pedaço de pizza no meu prato.
Anahí: Eu te juro, Christian. Eu estive a um ponto de matar Dulce e procurar o outro maldito e matá-lo também.
Christian: Eu acho que se você fosse mais... hum, como é a palavra? Ah sim... Mais atensiosa com a sua família, ela não ia fazer tanto isso para te irritar.
Anahí: Não tem jeito. A gente nunca vai se dar bem, Chris.
Christian: Perai, quando você estava com aquele plano: ficando com Dulce, você bem que se deu bem com ela.
Anahí: Mas é diferente, meu bebê.
Christian: Não, minha vida, não é não - comeu um pedaço da pizza.
Anahí: Claro que é - tomei um gole de refrigerante.
Christian: Então vocês tinham o que? Se portavam como?
Anahí: Nós tinhamos... uma convivencia aceitável. Diferente de agora.
Christian: Anahí, as vezes eu te acho problemática sabia? É a sua família. Seu pai, a sua mãe. Eles que te trouxeram ao mundo. Já pensou em ser um pouco gratos a eles?
Anahí: Eu tenho meus motivos.
Christian: Seus motivos não justificam, meu amor. Seus pais e suas irmãs não tem culpa do que aconteceu, ouviu bem?
Anahí: Christian, por favor, lição de moral agora não. Estou no meu horário de almoço e eu quero comer.
Christian: Coma, fique a vontade. Mas só te digo uma coisa... Para ficar com Dulce, você até esqueceu que ela era da sua família.

Então subtamente perdi minha fome. A cena de Dulce me beijando não quis sair da minha mente. Olhei para a pizza e afastei o prato. Nem o refrigerante mais descia. Apoiei a cabeça nas mãos e sacudi a cabeça rápido.

Christian: Pode ir comendo. Eu não vou pagar sozinho não...
Anahí: Pão duro.

Christian: O que aconteceu?
Anahí: Oi? - o mirei, saindo do transe.
Christian: Depois da nossa conversa você não comeu nada, literalmente nada, e agora tá assim, toda pensativa.
Anahí: Não é nada... É que... Argh! Pensar na Dulce me tira a fome.
Christian: Quanto amor - saimos do carro - Mas agora nós vamos atuar, relaxar e você vai esquecer de tudo.
Anahí: Eu te amo, sabia? - o abracei.
Christian: Aham. Eu também te amo - riu.

Esperamos todos chegar e depois começamos o ensaio. Eu não conseguia me concentrar em nada. Nem em pegar um papel e começar a lê-lo. Antes de voltarmos a ensaiar, peguei o papel e tentei ler, para ver se parava de pensar um pouco. Mas estava sendo tudo em vão. Christian tentou novamente perguntar o que estava acontecendo, mas nem eu sabia. Meu pensamento se concentrava em uma coisa só... Ou em uma pessoa só.


Pedro: A seus lugares. Anahí, minha diva. É a sua vez...
Anahí: Ok - me levantei - Hum... Por onde começamos?
Pedro: Siga o roteiro. Você sabe.
Anahí: Certo - fui até o centro do palco.

Nessa cena, eu estaria no meu quarto, pensando em Fernando, meu melhor amigo. E falando sozinha, claro.