Fanfic: DNA - Portiñón | Tema: Rebelde

Dulce

Dulce: Eu juro que ainda vou matá-la, Mai. Eu juro.
Maite: Você não jura nada. Nem ela merece a morte.
Dulce: Quando eu cheguei em casa e não vi nem ela, nem Manuela, eu quase quebrei tudo.
Maite: Dulce, CALMA, ok? Às vezes ela só quer ser amiga da Manu.
Dulce: Ela nunca vai ser amiga da Manuela, eu nã...
Maite: Dulce, você simplesmente não pode não permitir isso.
Dulce: Claro que posso, ela é minha irmã.
Maite: E também é da Anahí. E você não é a mãe dela.
Dulce: Antes fosse. Assim poderia proibi-la legalmente de se aproximar dela.
Maite: Sua irmã pode estar mudando, Dul.
Dulce: Ela nunca vai mudar, Maitete.
Maite: Você não sabe. E chega dessa conversa.
Dulce: Uh, desculpa mamãe. Mas só digo uma coisa, tá pra nascer o homem que a faça mudar.
Maite: Quem sabe já nasceu.
Dulce: Ela nunca vai descobrir, por causa dos milhares de amantes dela.
Maite: Dulce, segura essa língua. E chega, acabou o assunto.
Dulce: Ok, e cadê o Poncho?
Maite: Deve estar chorando pelos cantos , pensando que algum dia sua irmã vai voltar pra ele ..
Dulce: Parece que ele não sai dessa nunca, pelo amor.
Maite: Ah, deixa ele. Ele sabe muito bem que ela não gosta dele, e fica insistindo, então deixa ele sofrer - deu os ombros.
Dulce: Que ótima amiga você é. Escuta, vamos lá em casa?
Maite: Olha dul , eu sofro pelo Chistopher e mesmo assim não fico chorando pelos cantos . Mas vou na sua casa só se ficarmos sozinhas no seu quarto - piscou para mim e riu.
Dulce: É, não se anime. Sou comprometida.
Maite: Ok, me contento com uma massagem - rimos - Mas o que é?
Dulce: Quando chegarmos eu te mostro.
Maite: Certo - se levantou e eu fiz o mesmo.
Tudo com Maite era muito divertido. Durante o percurso até minha casa, foi mais divertido ainda. Ela conseguia ser engraçada e idiota ao mesmo tempo. Quando chegamos em casa, Anahí já estava. Estava com um péssimo costume de chegar antes que todo mundo, coisa que quase nunca fazia. Mas quando passei por seu carro, notei que ela ainda estava dentro dele. Ignorei o fato e entrei para dentro de casa. Manuela, ao ver Maite, saiu correndo para abraçá-la. Ela adorava todos os meus amigos, ao contrário dos de Anahí. Mas, após abraçá-la voltou para seu lugar.

Dulce: Hey, não vai dar um abraço na Ni, minha princesa?
Manuela: Não - balançou a cabeça, negativamente.

A mirei, estranhando o fato daquilo. Maite fez o mesmo, aquilo não era natural dela. De fundo, ouvi a voz de Anahí rindo, parecia estar ao celular, mas ao entrar em casa, o desligou. Manuela saiu desesperada do sofá e foi até ela, que passou na minha frente e de Maite.

Manuela: Nenaaaaa - a abraçou.
Anahí: Como você está, meu anjinho?
Manuela: Muito bem - seus olhos brilharam.

Olhar aquela cena me deu um aperto no coração e uma desesperadora vontade de chorar. Respirei fundo, peguei na mão de Maite e a puxei para fora da sala. A última coisa que vi foi Anahí se sentando no sofá com Manuela no colo. Ao chegar no quarto, a vontade de quebrar tudo, principalmente a cara de Anahí foi maior do que a vontade de chorar. Não sabia que diabos Anahí estava aprontando, mas eu sabia que quando eu descobrisse, ela ia me pagar por tudo.
Maite: Calma, Dul - tentou me acalmar.
Dulce: Você viu aquilo, Mai? Para mim ela falou NÃO e para ela, a chamou de NENA. Isso não está certo. Para ela é não, para mim é Ni.
Maite: Eu já disse pra você parar com isso, Dulce.
Dulce: NÃO ME PEDE CALMA - aumentei a voz.
Maite: Certo, não sei o que você queria me mostrar, mas também não quero ver. Quando você melhorar, pode me ligar. Eu não sou rancorosa - pegou sua bolsa.
Dulce: Ok, desculpa - segurei seu braço - Prometo me acalmar - ela sorriu e se sentou novamente.
Maite: E então?
Dulce: Eu fiz isso aqui - entreguei um papel a ela.
Maite: Um papel?
Dulce: Leia idiota - revirei os olhos.
Maite: Ok - começou a ler - Que lindo - me olhou - O que é isso?
Dulce: Sei lá, eu tava inspirado e escrevi.
Maite: Não sabia que você era escritora. Que tal fazer um livro?
Dulce: Já pensei. Mas não me acho capaz disso.
Maite: Idiota! Você é capaz sim - meu celular tocou e eu o peguei no bolso da calça e vi que era Marcela
Dulce: É a Marcela. Espera ai - atendi - Oi meu amor.
Marcela: Oi, bebê. Tudo bem?
Dulce: Já sei, você está no hospital.
Marcela: Acho que adivinhou - riu, parecendo sem força - Pode vir aqui?
Dulce: Estou com Maite aqui, mas vou deixá-la em casa e estou indo para ai. Foi hoje? Marcela: Ontem de noite. Achei que hoje estaria melhor, mas não.
Dulce: Estou indo para aí, meu amor.
Marcela: Te espero. Eu te amo.
Dulce: Eu te amo mais - ri e desliguei - Tchau, tá na hora de dar tchau.
Maite: O que aconteceu?
Dulce: Marcela está no hospital. Vou lá com ela...
Maite: Ok, eu aceito a carona até em casa.
Dulce: E quem disse que eu vou te levar?
Maite: Você disse, para Marcela, lembra-se?
Dulce: Não dá pra brincar com você - a abracei e ela pegou sua bolsa.
Maite: Eu também te amo - riu e saimos do quarto.

Avisei minha mãe e em seguida deixei Maite em casa. Quando voltasse para casa, iria conversar com Anahí e ia perguntar o que estava acontecendo ou o que ela estava fazendo com Manuela para que ela não viesse falarcomigo.Ao chegar no hospital, notei que Marcela estava pior do que nos outros meses. Além do soro, estava com uma máscara de oxigênio que me fez ficar muito preocupada.
Dulce: O que aconteceu?
Marcela: Não sei. Eles só colocaram isso e foram embora - tirou a máscara.
Dulce: Como você está? - segurei sua mão.
Marcela: Acho que estou melhor. Mas eu desmaiei...
Dulce: A gente tem que dar um jeito nisso, Marcela. Não dá pra acontecer isso todo o mês.
Marcela: E que jeito a gente pode dar, menina?
Dulce: Podemos ter um filho.
Marcela: Ok, durante nove meses eu vou ficar bem, e depois não.
Dulce: Então temos outro filho sempre que um nascer.
Marcela: Você bebeu hoje?
Dulce: Não - ri - Marcela - cheguei mais perto dela -, daqui a dois anos.
Marcela: Ano que vem o que?
Dulce: Quando eu tiver vinte e dois, e você vinte e um, eu vou te pedir em casamento.
Marcela: O que? - me olhou, séria - Eu não acredito.
Dulce: Não acredita? Pois acredite por que eu vou.
Marcela: Daqui a dois anos, meu amor.
Dulce: E você vai aceitar? - perguntei.
Marcela: Daqui a dois anos.
Dulce: Ok - lhe dei um selinho -, então dorme. Vou ficar aqui mais um pouco e daqui a pouco vou embora.
Marcela: Certo - sorriu e segurou minha mão com mais força - Eu te amo - colocou a máscara de novo e fechou os olhos.
Dulce: Eu também - dei um beijo em sua testa.

Fiquei ali por mais ou menos uma hora e fui embora. Quando cheguei em casa, Manuela já estava dormindo e meus pais na sala conversando. Naquele momento mesmo fui ao quarto de Anahí. Ela tinha que me explicar o que estava acontecendo.