Fanfic: DNA - Portiñón | Tema: Rebelde

Manuela: Você está bonita - sorriu, ao me ver.
Anahí: Obrigada - sorri também.
Manuela: Vai sair com o Rodrigo?
Anahí: Vou sim - me sentei no sofá e ela veio para o meu colo.
Manuela: Amanhã é seu aniversário, não é?
Anahí: É sim, meu amor - a abracei.
Dulce: O Rodrigo tá ai na frente - apareceu do nada.
Anahí: Ah, obrigada - olhei para Manu - Vou sair, amanhã a gente se vê, ok?
Manuela: Ok - me deu um beijo no rosto - Eu te amo - sorriu.
Anahí: É.. - olhei para Alfonso e não contive o riso - Eu também te amo - dei um beijo em seu rosto e levantei - Até mais, Dulce.
Dulce: Feliz Aniversário.
Anahí: Desejar feliz aniversário antes dá má sorte.
Dulce: Justamente por isso - riu e dei os ombros.
Anahí: Obrigada de todas as formas.

Peguei minha bolsa e sai. Ao vê-lo, acho que seu sorriso iluminava toda a rua. Que diabos de presente era essa que o estava fazendo ficar todo feliz?

Rodrigo: Você está linda.
Anahí: Obrigada. Vamos?
Rodrigo: Claro - me deu um selinho e abriu a porta para mim.
Anahí: Obrigada - entrei no carro.

Durante todo o caminho, perguntou se eu estava ansiosa para meu aniversário, e mais umonte de coisas que eu não entendia o por quê. Jantamos tranquilamente e ele ficava alisando minha mão o tempo todo. Quando terminamos, ele pediu licença e foi ao banheiro. Ao voltar, parecia que estava mais sorridente ainda, e eu estava começando a ficar estressada com aquilo. E tudo que eu menos queria que acontecesse, que eu temia a minha vida toda estava acontecendo. Ele sorriu e estendeu uma caixinha para mim. A abriu e me olhou.

Rodrigo: Quer se casar comigo, Anahí?

Queria que o mundo acabasse naquele momento. Que o céu caisse sobre mim, e que a terra abrisse e que eu pudesse me esconder embaixo dela. Eu tinha 19 anos. Eu não queria casar. E eu nem se quer gostava tanto dele assim a ponto de querer casar com ele, inferno. Mas ele estava esperando uma resposta. E parecia que o restaurante inteiro estava quieto e olhando para nós. Aquilo não poderia estar acontecendo. Se eu casasse com ele, como é que eu ia ficar com os meus outros mil namorados? Isso não pode, meu Deus. Ele estava esperando uma resposta. Eu precisava dar.

Anahí: É... você me pegou de surpresa, meu amor.
Rodrigo: E então? - tirou o anel, que aliás, era lindo.
Anahí: Claro que eu aceito, Rô - suspirei, antes de aceitar.
Eu não podia magoá-lo, mas também não podia me obrigar a fazer uma coisa que eu não queria. Eu nunca havia me imaginado casada. Muito menos com o Rodrigo. Para mim ele só era meu namorado. E continuaria assim por muito tempo, até eu ficar com saco cheio dele, e terminar o namoro. Sua felicidade tava tão exposta, que eu não teria o direito de deixá-lo triste.
Ficamos conversando um pouco, e ele ficou muito mais animado do que deveria com o casamento. Logo depois, pedi para que me deixasse em casa pois eu estava cansada e no dia seguinte meu ensaio ia ser puxado. Ele, contragosto, acabou me deixando em casa sem questionar nada.
Quando entrei em casa, Dulce estava igual ao dia anterior. Sentei no braço do sofá e o olhei.

Anahí: Me dê os parabéns. Não só pelo meu aniversário. Eu vou casar - mordi meu lábio e olhei para o lado.
Dulce: Como é que é? - se sentou, rindo.
Anahí: Não é demais? - tentei fingir animação. Mas por melhor atriz que eu fosse, não dava para esconder aquilo.
Dulce: Perai, deixa eu ver se eu entendi. Você vai se casar?
Anahí: Ele disse que tinha um presente, e estava todo animado durante o jantar. Eu não podia recusar, Dulce. Não se recusa um pedido de casamento - mostrei minha mão para ele.
Ao pegar minha mão para ver o anel mais de perto, era como se uma corrente elétrica atravessasse o meu corpo. Meu coração disparou e parecia que eu estava preocupada com o que ela iria pensar, ou como seria a sua reação diante daquilo.

Dulce: Isso deve ter custado caro.
Anahí: Não quero saber do preço, idiota. Isso nem me importa.
Dulce: Não está feliz? - soltou uma mão.
Anahí: Dulce, você já me viu casada?
Dulce: Anahí, essa é a lei da vida. Você nasce, cresce, casa, tem filhos e morre.
Anahí: Mas... eu nunca me vi casada com alguém como o Rodrigo. Eu acho que não o amo tanto a esse ponto.
Dulce: Então com quem você se vê casada?
Anahí: Com alguém como... - pensei e o olhei - Assim como você.
Dulce: O que?
Anahí: Não que eu queira casar com você, por Deus. Mas é que... não é com o Rodrigo que eu me vejo acordando todos os dias.
Dulce: Então por que aceitou?
Anahí: Eu não sou tão má a ponto de dizer não na cara dele.
Dulce: Eu não te entendo - suspirou.
Anahí: Nem eu - fiz o mesmo, olhando para o nada.
Dulce: Eu também vou me casar. Mas acho que a diferença é que eu realmente amo a Marcela.
Anahí: Eu o amo - encostei minha cabeça no sofá e olhei para o teto - Mas não o amo tanto para ser meu marido - ficamos em silêncio - Olha como a palavra marido pesa. Ma-ri-do.
Dulce: Ai Anahí - riu - Fez as pazes com o Christian?
Anahí: Aham. Sempre faço. Acho melhor eu ir dormir antes que eu me mate - me levantei.
Dulce: Boa noite e parabéns.
Anahí: Não quero parabéns por isso.
Dulce: Não, é pelo seu aniversário - riu.
Anahí: Obrigada - sorrri e fui para o meu quarto.

Eu só me metia em confusão.
20 anos. Acordar com 20 anos era igual a acordar com 19. Mas o que realmente era diferente, era acordar sabendo que estava presa. Que pela primeira vez, não tinha escapatória. Saber que trai-lo seria traição, e depois de um relacionamento igual a esse... Não sabia se estava preparada para aquilo.
A vontade que tinha era de não sair do quarto, mas eu precisava acordar e "comemorar", se fosse possível, claro, meu aniversário. Olhei para o meu dedo e vi o peso que aquele anel tinha. Respirei fundo e saí do meu refúgio.
Ao chegar a cozinha, onde todos estavam, fui surpreendida - ou não - com todos - inclusive Dulce - cantando parabéns e jogando presentes em cima de mim. Ok, não jogando, mas dando. Tentei fingir que eu estava feliz, e virei o anel de noivado com a pedra que tinha para baixo, para que todos pensassem que era somente um anel. Dulce notou o que eu faria, e riu, mas tentou disfarçar.

Blanca: Feliz Aniversário, minha filha - me abraçou.
Anahí: Obrigada - sorri.
Blanca: E eu que achava que você não ia viver - começou a chorar.
Anahí: Eu nasci de sete meses, era bem provável que eu sobreviveria - peguei Manuela no colo.
Manuela: Feliz Aniversário, Nena - me abraçou forte.
Anahí: Obrigada - sorri.
Enrique: Estou ficando velho mesmo. Vinte anos, minha filha. Já dá pra casar - riu, quase me fazendo chorar.
Dulce: Vai trabalhar hoje? - mudou de assunto, sabendo muito bem qual seria minha resposta.
Anahí: Vou. Tenho que ir - mordo o lábio e lancei um olhar agradecido a ela, que piscou para mim, rindo.