Fanfic: DNA - Portiñón | Tema: Rebelde

Christian: Estão te esperando, vem logo - me puxou para fora do quarto - Você é doida, Anahí?
Anahí: Foi ela que me beijou - disse baixo.
Christian: Vou fingir que acredito. E a sua vingança?
Anahí: Isso faz parte dela, meu amor.
Christian: Ah, tá bom.
Anahí: E como você sabia que eu estava lá?
Christian: Te procurei no banheiro, no seu quarto, no quarto da Manuela, e ai fui no de Dulce, e olha quem estava lá.
Anahí: Idiota. Agora sorriso no rosto - o mirei e ele começou a sorrir, fiz o mesmo.
Christian: Luz, câmera... Ação.

Ruim era fingir que eu realmente estava gostando daquilo tudo. Mas pior ainda, foi quando Rodrigo inventou de contar a todos que nós estavamos noivos. Na hora olhei para Christopher, que me olhou e seu olhar parecia um tanto quanto decepcionado. "Parabéns", foi o que sibilou. Pessoas que eu nem se quer tinha visto ali, vieram me desejar felicidades, e queriam saber quando seria o casório. Até parece que eu ia convidar alguém que eu nem sabia que era. Quando, por fim a maldita festa terminou, ali só restaram quatro pessoas. Dulce, Christian, Christopher e eu.

Anahí: Jurem pra mim que nunca mais vão fazer isso comigo.
Christian: Ok, da próxima vez com palhaços.
Anahí: Sem palhaços. Sem festas. Sem nada. Eu não vou trabalhar amanhã.
Christian: Você vai. Nem que eu tenha que te arrastar, você vai.
Anahí: Estou passando mal - coloquei a mão em cima da minha barriga - Estou toda dolorida.
Dulce: Deve ser daquele tombo que você levou.
Anahí: É, obrigada por me jogar no chão - revirei os olhos - Acho que estou grávida.
Christopher: O QUE? - gritou e me olhou.
Anahí: Fala baixo, idiota. E é brincadeira.
Dulce: Se fosse verdade você não ia saber quem era o pai mesmo - riu.
Christian: Também não é assim. Ela sabe que é meu - me abraçou.
Christopher: Vocês dois... - apontou para nós dois, confuso.
Anahí: Claro que sim. O que acha que nós fazemos quando vou a casa dele? - revirei os olhos.
Dulce: Depois quando eu falo, ninguém acredita.
Anahí: Dulce, para de ser demente. O Christian é gay, e meu melhor amigo. Mas tem alguém nessa sala que me interessa bem mais.
Christian: Você não tem vergonha na cara, Anahí. Fala isso na frente de todo mundo.
Anahí: E eu vou mentir? Todo mundo aqui sabe que eu traio o Rodrigo.
Christopher: Eu sei até demais - falou baixo.
Anahí: Chrisinho, você não precisa ir não? - o mirei.
Christian: Na verdade não.
Anahí: Claro que você precisa ir - lancei um olhar nervoso para ele - Dulce quer dormir, e eu também. Você tem que ir.
Christian: Ah, é, eu tenho que ir. Até esqueci. Boa noite pra vocês - me deu um beijo no rosto e cumprimentou Dulce e Ucker - Tchau.
Anahí: Bye meu amorzinho - ri - Christopher, eu quero te mostrar o porta retrato lá no meu quarto, vem comigo? Christopher: E ai, tá ansiosa com o casamento?

Anahí: Desculpa por não ter te contado. Na verdade, fiquei sabendo ontem - ri.
Christopher: Tranquila - me abraçou mais forte.

Ele estava sentando e eu estava deitada em cima dele. Estávamos de roupa, e não havíamos feito nada. Só estávamos conversando, como bons amigos que éramos.
Anahí: Eu não quero me casar. E você sabe disso. Acho que você me conhece mais do que ele mesmo.
Christopher: Por que você não se abre para ele?
Anahí: Ele não é um amigo, ele é meu namorado. Não dá pra ter uma conversa com ele como eu tenho com você.
Christopher: Quem te entende, Anny?
Anahí: Lembra aquele dia que eu fui na sua casa e eu não tava muito bem?
Christopher: Claro que lembro. Mas o que tem?
Anahí: Você me perguntou se eu realmente gostava do Rodrigo, e então eu respondi que não sabia e que não podia deixar tudo a perder agora.
Christopher: E então, qual é a resposta?
Anahí: Eu não gosto dele.
Christopher: Descobriu isso sozinha?
Anahí: Aham - ri.
Christopher: Agora é minha vez de falar. Eu acho que se você gostasse dele, você não faria o que faz. Não quero criticar, mesmo por que acho que não tenho moral para isso. Mas eu acho que você tinha que descobrir o que você realmente quer.
Anahí: Como assim? - o olhei.
Christopher: Você realmente gosta do que faz? Digo, atuar.
Anahí: Gosto, adoro. Sem dúvidas.
Christopher: Agora você continua. Me fala tudo o que gosta.
Anahí: Eu gosto... - pensei - Eu gosto de quando estou perto do Christian. Por que ele consegue me criticar e me mimar ao mesmo tempo. Gosto de quando estou com você também, por que você não é só uma pessoa que eu fico. Você é um amigo. Como está sendo agora.
Christopher: Continue. Sua família agora.
Anahí: Gosto do meu pai e da minha mãe. Do jeito que eles são cuidadosos, quando eu deixo, claro. Gosto da Manuela, bom, comecei a gostar dela. Ela consegue me fazer sorrir quando eu não quero, ou não tenho motivos.
Christopher: Acho que falta alguém.
Anahí: Hum... - mordi meu lábio e olhei para frente, onde estava o porta-retratos que ele havia me dado.
Como eu havia prometido a ele, coloquei uma foto de nós cinco no porta-retratos. A foto era do aniversário de Manuela, que não me trazia boas lembranças, claro. Mas que depois de anos, aquela foi a primeira foto que havíamos tirado. Nós cinco parecíamos muito felizes. Manuela estava no meu colo, mas abraçava a mim e a Dulce. Nossos pais estavam do nosso lado, e pareciam satisfeitos com as mudanças que haviam acontecido. Antes de começar a falar, meu coração acelerou e eu estava começando a ficar com raiva, por que todas as vezes que ia falar de Dulce, isso acontecia.