Fanfic: DNA - Portiñón | Tema: Rebelde

Dulce: Esqueci de pegar minha c... Mãe, o que aconteceu? - a olhou.
Blanca: O que aconteceu? - o mirou, com seus olhos banhados em lágrimas - Eu que tenho que perguntar o que aconteceu, Dulce. O que fizemos pra você usar isso?
Dulce: Isso o que? - riu.
Blanca: Pare de ser cínica, Dulce. Eu já descobri.
Dulce: Descobriu o que? - me olhou - Do que ela está falando?
Anahí: Não sei - o mirava fixamente.
Blanca: NÃO SE FAÇA DE IDIOTA - gritou - DROGAS, DULCE, O QUE VOCÊ TEM NA CABEÇA?
Dulce: Meu Deus, do que você está falando?
Blanca: PARE DE MENTIR PRA MIM, DULCE. SUA DROGADA - gritou e eu comecei a chorar.
Dulce: O que é isso? - pegou o pacote em cima da cama - Isso não é meu. Eu nunca mexi com drogas.
Blanca: PARA, PARA, CHEGA DE MENTIR, DULCE. SAI DAQUI, SAI DA MINHA CASA - começou a bater nela e empurrá-la.
Anahí: CHEGA, CHEGA, CHEGA - gritei, sentindo as lágrimas caindo e fui pra perto delas - É TUDO MEU - peguei o pacote que estava nas mãos de Dulce e que estava em cima da cama - É tudo meu - abri a gaveta e peguei o último pacote.

Depois do que eu disse, não deu tempo de mais nada. Ouvimos o barulho de algo quebrando, e em seguida o choro de Manuela. Me lembrei que a havia deixado sozinha e ainda por cima com uma faca. Minha mãe saiu correndo e eu, jogando os pacotes no chão e Dulce logo em seguida. Chegamos a cozinha e o chão estava cheio de sangue, e seu pulso sangrava. Ao lado, o prato que eu havia colocado as panquecas, estava em pedaços. Coloquei as mãos no rosto, e comecei a chorar mais. Dulce foi ao banheiro e pegou uma faixa, e quando foi enrolar no pulso de Manuela, minha mãe a puxou, pegando-a no colo e a faixa na mão de Dulce.

]Blanca: Não encosta na minha filha, sua imunda.
Anahí: Desculpa - pedi a minha mãe - A culpa foi minha. Eu não deveria tê-la deixado sozinha.
Blanca: Já deixou - disse, curta e grossa, saindo da cozinha.

Encostei na parede e chorei mais. Aquilo tudo estava um caos. As drogas, Manuela... nada daria certo naquele dia. Dulce foi atrás de minha mãe, mas ela mandou ele voltar para casa, e não queria que ela encostasse nela. Fui para. a sala e dei de cara com ela. 

Anahí: Me perdoa. Por favor.
Dulce: O que você fez, Anahí? - chegando perto de mim.
Anahí: Eu estava com ódio de você. Por tudo que você havia me dito, me feito. Eu deixei meu ódio me cegar.
Dulce: Nada do que eu tenha feito, é pior do que você acabou de fazer.
Anahí: Me perdoa - sentia que não tinha controle sobre meu corpo, nem sobre minhas lágrimas.
Dulce: Anahí - segurou meus braços -, você acabou de acabar com a minha vida.
Anahí: Me desculpa. Eu sei que tudo o que eu fiz foi errado, mas pelo amor de Deus, me perdoa.
Dulce: Por que eu te perdoaria?
Anahí: Por favor - senti minhas pernas fracas, e minha voz quase não saia.
Dulce: Para de atuar, Anahí. Você não vai conseguir.
Anahí: Me... - senti minha vista embaçada e minha cabeça parecia que estava com algum tipo de pressão, e a última coisa que vi, foram seus olhos.

Senti um cheiro forte e abri os olhos. A claridade que invadia a casa fez com que eu os fechasse novamente.

Dulce: Tudo bem?
Anahí: Aham. Dul, deixa eu falar.
Dulce: Não vai desmaiar de novo não, né?
Anahí: Só me deixa falar - me sentei no sofá.
Dulce: Fala - se levantando e ficando longe de mim.
Anahí: Tudo começou no aniversário de Manuela - olhei para o chão sem coragem de encará-la - Você me humilhou, Dulce. Tudo bem que eu estava com o Christian, mas de todas as formas foi humilhação.
Dulce: Por isso? Só por isso?
Anahí: É que não foi com você, Dulce.
Dulce: Continue - ignorou o que eu havia dito.
Anahí: Eu senti ódio. Eu queria que você morresse. Então tive a idéia da vingança, e a comecei depois do feriado. Nada explica o ódio que senti de você quando te vi lá - respirei fundo - Quando voltamos dei inicio a tudo. Minha intenção era te fazer sofrer. E então coloquei nossos pais contra você, fazendo com que eu parecesse a vítima sempre. E ai parti para a segunda parte, que era tirar Manuela de você.
Dulce: Conseguiu. Só que... olha pra mim quando estiver falando.
Anahí: No começo - levantei a cabeça, olhando-a -, eu não queria me apegar, nem gostava dela. Mas ela é encantadora. Pedi a ela que te ignorasse, quebrei aquele encanto de super herói que ela tinha de você. A fiz se decepcionar, e ela se apegou a mim e eu me apeguei a ela. Eu comecei a me apegar a tudo e a todos, até a você. Mas meu ódio me cegou. E para fechar, tive a idéia das drogas. Dulce: Eu acredito em você. Você disse olhando nos meus olhos. E você não é atriz o suficiente pra mentir olhando nos meus olhos. Mas Anahí, o que você fez foi tão grave.
Anahí: Eu sei - me levantei -, eu sei - cheguei perto dela - E eu me arrependo - peguei em sua mão - Por estar arrependida, te suplico que me perdoe.
Dulce: Que beneficio isso traria a você?
Anahí: Eu precisava me vingar. Me perdoa, por favor - senti o nó na minha garganta voltando.
Dulce: Não posso tomar decisão nenhuma ainda, Anahí, não sei o que vai acontecer.
Anahí: Por favor, eu preciso que me perdoe - ela ficou em silêncio e eu precisava que ela me perdoasse. Senti as lágrimas caindo e me ajoelhei a sua frente - Por favor.
Dulce: Anahí, levanta - pegou em meus braços tentando me fazer levantar - Anahí, para com isso.
Anahí: Me diz que me perdoa.
Dulce: Eu te desculpo, Anahí, mas levanta.
Anahí: Por favor - repeti, sem sentir firmeza em sua voz.
Dulce: Eu te perdoo, Anahí - me puxando com força e me fazendo ficar em pé.

Quando fiquei de pé, a abracei forte, chorando com a minha cabeça enterrada em seu pescoço. Senti sua mão em meus cabelos e chorei com mais intensidade. Me arrependi de tudo naquele momento. Principalmente de um dia tê-las desprezada. Levantei meu rosto e fiquei cara a cara com ela. Nossos olhos estavam focados uns nos outros. Senti meu coração acelerar, mas ao mesmo tempo, minha consciência me dizia que eu não podia.