Fanfic: DNA - Portiñón | Tema: Rebelde

Christian: Agora que você está mais calma, me diz, o que acontece, minha rainha?
Anahí: Por que me deixou fazer tudo aquilo? Chris, eu não podia.
Christian: Eu tentei te impedir, mas você não me ouviu. Nunca me ouve.
Anahí: Chris - me sentei na cama -, eu sinto uma coisa diferente.
Christian: Que coisa?
Anahí: Aqui - coloquei a mão em cima do meu coração - Não tenho controle sobre meus atos, quando...
Christian: Quando?
Anahí: Quando Dulce está perto de mim.
Christian: Como você se sente?
Anahí: Eu perco a fome, minhas mãos suam, eu fico nervosa, meu coração dispara e me sinto totalmente devota a ela.
Christian: Sabe Anny - riu de canto -, descobrir que está apaixonado não é igual a um teste de gravidez. A gente não pode simplesmente ir a farmácia da esquina, e comprar um exame.
Anahí: Eu nunca senti isso, Chris.
Christian: O que sente pelo Rodrigo?
Anahí: Dó - me olhou, rindo - Por que ele não merece o que eu fiz pra ele.
Christian: O que sente pelo Christopher?
Anahí: Eu sinto um carinho enorme por ele. É como se ele fosse meu irmão.
Christian: Você me confunde - riu - Você parece uma criança e eu estou explicando a você como se faz sexo.
Anahí: Acho que isso eu já sei - ri, sem animo.
Christian: Só quero te dizer uma coisa. Isso é muito grave.
Anahí: O quê?
Christian: Você ter se apaixonado pela sua irmã.
Anahí: Não sei se estou apaixonada por ela.
Christian: Hein? - me olhou.
Anahí: Ok, eu estou. Mas não vou contar pra ela. Somos irmãs. Como você mesmo disse, isso é grave.
Christian: Minha rainha - olhou no relógio a hora -, você se importa de eu ir embora? Eu preciso mesmo ir.
Anahí: Não Chris, pode ir. Mesmo por que acho que minha mãe chega daqui a pouco, e a briga vai ser feia.
Christian: Você sabe que sempre pode contar comigo, não sabe?
Anahí: Sei sim - sorri, dessa vez de verdade - Eu te amo muito, muito, muito. E sou a pessoa mais sortuda do mundo por ter você como melhor amigo - o abracei forte.
Christian: Eu também te amo, Anny.
Anahí: Eu vou ali no quarto do Dulce, você já sabe o caminho, né?
Christian: Pode deixar - dando um beijo na minha testa - Fica com Deus, e qualquer coisa, pode me ligar.
Anahí: Obrigada - sorri e ele saiu do quarto.

Me levantei e fui até o quarto de Dulce. Os pacotes ainda estavam no chão, do mesmo modo que estavam, quando os joguei ali. Peguei os pacotes, pensando no que eu faria com aquilo.

Dulce: O que vai fazer?
Anahí: Não sei. Acho que arrumar minhas malas para ser expulsa de casa.
Dulce: Não exagere.
Anahí: Nosso pai que disse isso, Dul. As drogas são minhas, eu comprei. E eu vou pagar por tudo.
Dulce: Ela te fez mudar - sorriu.
Anahí: Não só ela. Com licença - sai do quarto.

Pouco depois ouvi o carro de minha mãe chegando e depois passos na escada. Saí do meu quarto e dei de cara com ela, que só abriu a porta do quarto de Manuela e entrou, deixando a porta aberta.

Anahí: Como ela está?
Blanca: Está bem. Teve que levar três pontos no pulso, mas está tudo bem.
Anahí: Nunca vou me perdoar por isso - me encostei no vão da porta e coloquei as mãos no rosto.
Blanca: Essas coisas acontecem, Anny. Não foi a primeira, e nem será a última.
Anahí: Eu quero conversar com você. Eu, você e a Dulce.
Dulce: Eu também quero conversar com vocês - disse, ficando do meu lado.
Ruth: Mas eu não quero conversar com você - disse, a olhando séria - Quero que saia daqui, dessa casa.
Anahí: As drogas não eram dela, eram minhas, já disse.
Blanca: Não tente defendê-la, Anahí. Eu sei que são dela.
Anahí: Duvida? - respirei fundo - Eu te levo onde eu comprei, e o cara vai te dizer que fui eu quem comprou. Eu estava com Christian. Ligue para ele se quiser. Ontem eu não falei com você nem com Manuela por que eu estava com os pacotes dentro da minha bolsa.
Blanca: Pare de mentir.
Anahí: POR QUE EU ESTARIA, MENTINDO? VOCÊ SABE QUE EU SEMPRE ODIEI DULCE E TODA ESSA FAMÍLIA, POR QUE EU ESTARIA MENTINDO? - gritei, fazendo com que Manuela acordasse.
Blanca: Quando o pai de vocês chegar, a gente conversa.
Anahí: Faça um exame de sangue em Dulce. Você verá que não tem nada de nicotina ou algo quimico em seu sangue.
Blanca: Então a gente faz um em você também pra ver se você também é drogada.
Anahí: Não disse que sou.
Blanca: Então por que comprou? Calma, filha - disse a Manuela.
Manuela: O que tá acontecendo? - olhou para minha mãe e em seguida para mim.
Anahí: Eu tenho os meus motivos para ter comprado, mas em momento algum eu disse que era drogada. Blanca: Decida-se, Anahí.
Anahí: Como você mesma disse. Quando meu pai chegar, a gente conversa - me virei, indo para o meu quarto.
Dulce: Anahí - vindo atrás de mim.
Anahí: Oi? - me mirei, antes de fechar a porta.
Dulce: A gente pode conversar um pouquinho?
Anahí: Pode - dei espaço para que entrasse e fechei a porta.
Dulce: Obrigado por tudo que está fazendo.
Anahí: Estou falando a verdade, Dulce.
Dulce: Eu acho que a gente podia dar um tregua agora, não podíamos?
Anahí: Aham. Acho que cansei de ser a Anny insensível e que odeia a todos.
Dulce: Amigas? - estendeu a mão.
Anahí: Irmãs - sorrimos e ela me abraçou.

Mas eu queria ser muito mais do que irmã dela. Muito mais que amiga. Queria ser algo que abalasse as estruturas dela, igual ela abalava a minha.