Fanfic: DNA - Portiñón | Tema: Rebelde

Dulce: Qual é a sua? - pegando no meu braço.
Anahí: Não encosta em mim - puxando o mesmo.
Dulce: Não te entendo. Primeiro me "usa" - fez aspas com os dedos -, e agora é toda mal educada como se nada tivesse acontecido. O que aconteceu, Anahí?
Anahí: Você quer saber qual é o meu problema? Eu vou te contar. Meu problema é te ter tão perto e não poder te tocar, é querer estar com você 24 horas por dia e não ser possível, é querer ser sua a cada segundo, e simplesmente NÃO PODER. Esse é o meu problema.
Dulce: O que?

A mirei e então percebi o que eu havia falado. Ferrou!

Dulce: O que você disse?
Anahí: Eu? Nada.
Dulce: Você quer me ter?
Anahí: Eu não disse isso.
Dulce: Você disse, eu não estou louca.
Anahí: Claro que não, Dulce. Eu disse que... que...
Dulce: Você quer ser minha.
Anahí: Eu não disse i...

Ela não me deixou terminar a frase. Me puxou pela cintura, e a única coisa que vi foram seus olhos castanhos penetrando nos meus azuis. Só com seu toque me senti ofegante e minhas pernas começando a ficar fracas, que sem dúvidas, se um vento batesse, eu cairia. Selou nossos lábios e em seguida, o puxou meu lábio inferior. Aquele era seu poder sobre mim. Encostava um dedo em meu corpo, e eu já estava totalmente devota a ela.
Dulce: Quer ser minha outra vez? - sussurrou em meu ouvido, e mordeu o nódulo da minha orelha, em seguida.
Anahí: Aham - disse, com a voz fraca.
Enrique: Anahí? - bateu na porta - Dulce está ai com você?
Anahí: Está - me soltando dela e indo para a porta.
Enrique: O jantar já está pronto - disse, quando abri a porta.
Anahí: Já vamos descer. Dulce está me ajudando com a peça. Obrigada por avisar.
Enrique: Certo. Não demorem - se virou e eu fechei a porta.
Dulce: Uma pena que não possa ser hoje, gatinha - segurou meu queixo, me dando um selinho demorado e saiu do quarto.

Às vezes ela me tratava como se eu não fosse sua irmã. Claro, eu não me importava também.

Enrique: É bom saber que vocês estão se dando bem agora.
Anahí: Não estamos nos dando bem.
Dulce: É puro profissionalismo.
Anahí: Aham - ri, olhando para baixo.
Enrique: Qual é a graça?
Anahí: Nenhuma. É que ela falou de um jeito engraçado.
Blanca: Tome - me passou uma travessa e eu a peguei - Anahí... - chegando perto de mim e olhando minha mão - Cadê sua aliança e seu anel de noivado?
Anahí: Ah - olhei minha mão -, eu e Rodrigo terminamos.
Blanca: Como assim, minha filha? E você não fala nada. Quando foi isso?
Anahí: Foi ontem de manhã. Mas não quero falar sobre isso - mordi meu lábio.
Blanca: Mas meu Deus, você está bem? Como terminaram?
Dulce: Acho que ela ainda está triste com o fato de eles terem terminado, mamãe. Ela precisa de um tempo.
Blanca: Eu sei, minha flha. Mas você deve estar tão triste, minha filha - me abraçou.
Anahí: Não, mamãe, eu estou bem, é sério.
Blanca: Você vai superar isso - passou a mão em meu rosto, e percebi que seus olhos estavam cheios de lágrimas - Ele era um menino tão bom.
Anahí: Por que ela está chorando? - sibilei para Dulce, que deu os ombros, também não sabendo o motivo - Não fica assim, mamãe, foi melhor para os dois. Não poderia casar com uma pessoa que não gosto.
Enrique: Como assim não gosta? Eu achava que gostava dele.
Anahí: Gosto. Gosto muito. Mas não o suficiente para casar. Tudo que tínhamos estava sério demais. E eu só tenho 20 anos.
Dulce: Tudo bem que parece que tem trinta, mas tá no documento, né?
Anahí: Por que não vai to...
Enrique: Olha a boca - me interrompeu.
Anahí: Desculpe. E é nesse lugar mesmo, Dulce.
Dulce: Me ensina o caminho, maninha - piscando para mim.
Enrique: E depois dizem que não estão se dando bem. Se fosse antes, Anahí já tinha voado em seu pescoço, Dulce.
Anahí: Só não quero dar esse gostinho a ela - sorri e quando ela ia respondeu, o telefone tocou.
Dulce: Eu atendo - se levantou, indo em direção ao telefone que tinha na cozinha - Alô? Oi, meu amor. Como você está? Estou bem. E com saudades - olhei para ela e revirei os olhos. Aquilo estava me dando enjôo - Pode ser amanhã? Por mim pode sim. Anahí e Rodrigo? Hum... é melhor não, meu amor. Depois te explico. Eu te amo muito, meu amor. Desliga você... - riu, e eu olhei para ele, indignada. Que coisa mais infantil - Não, você! - me levantei e fui até ele.
Anahí: Com licença - peguei o telefone da mão dela e colocando no gancho - Pronto - sorri.
Dulce: Tá maluca?
Anahí: Agora poderei comer em paz - suspirei, satisfeita.
Dulce: Piranha.
Anahí: O que? - me virei pra ele - Me chamou do quê? Piranha é a sua... ARGH!
Dulce: Piranha? Não te chamei disso, maluca. Te chamei de pirada.
Anahí: Ah tá. Acredito - me virei e fui para meu lugar, rebolando.
Dulce: Vem aqui - segurando meu braço e me puxando para fora da cozinha.
Enrique: Dulce, largue-a.
Dulce: Não vou fazer nada com ela, só quero mostrar uma coisa - me puxando para o banheiro.
Anahí: Me solta sua doida, maluca...
Dulce: Vê se para de me provocar, Anahí - disse, fechando a porta do banheiro e me encostando nela, de costas - Se você continuar com essas suas brincadeirinhas - colocou meu cabelo para o lado e beijou meu pescoço, em seguida, me encoxando -, eu não vou responder pelos meus atos e você vai se arrepender de fazer isso comigo.