Fanfic: DNA - Portiñón | Tema: Rebelde

Ao chegar em casa, Dulce já estava lá, um pouca mais nervosa do que o normal. E quando entrei pela porta, já começou a berrar comigo.

Dulce: E então?
Anahí: Não te devo explicações.
Dulce: Você me prejudica, sabia, Anahí?
Anahí: ELA PREJUDICOU O MEU CASAMENTO.
Dulce: PARE DE SER HIPÓCRITA, ANAHÍ. VOCÊ NÃO QUERIA ESSE CASAMENTO.
Anahí: MAS TAMPOUCO QUERIA QUE ACABASSE.
Dulce: ESPANCAR ELA POR QUE ELA CONTOU AO SEU NOIVO? POR FAVOR.
Blanca: Meu Deus, o que aconteceu? - chegou a sala.
Anahí: ELA MERECEU, DULCE. E VOCÊ É NOJENTA. NÃO ACREDITO QUE UM DIA N... - olhei para minha mãe e respirei fundo.
Dulce: CALE-SE ANAHÍ. VOCÊ NÃO SABE DE NADA QUE ACONTECEU.
Anahí: VOCÊ É A BOA MOÇA, DULCE. BOAS MOÇAS NÃO COMEM AS AMIGUINHAS. VOCÊ É SUJA.
Dulce: AH - riu, irônica - EU SOU SUJA? ME POUPE ANAHÍ.
Anahí: SE EU TRAÍ O RODRIGO POR TODO ESSE TEMPO, EU TIVE UM MOTIVO. NUNCA ESCONDI DE NINGUÉM QUE EU SOU QUEM SOU, MAS VOCÊ SE FAZ DE MOCINHA E NA VERDADE NÃO É NADA DISSO.
Dulce: EU NUNCA TRANSEI COM A MAITE, ANAHÍ. ENTENDA ISSO. QUEM ME DISSE QUE VOCÊ É MELHOR DE CAMA DO QUE ELA, FOI ELE, NÃO EU.
Blanca: Do que vocês estão falando? - nos olhos - Como assim você disse, Dulce?
Anahí: VOCÊ NUNCA FOI PRA CAMA COMIGO DULCE. E EU TERIA NOJO DISSO. MESMO VOCÊ SENDO MINHA IRMÃ, EU PREFERIA VIVER TODA UMA VIDA COM RODRIGO DO QUE COM VOCÊ - disfarcei, ao perceber o que ela havia dito.
Dulce: Eu nunca fui pra cama com ela, Anahí. Nunca traí Marcela, e você sabe muito bem disso - disse, se acalmando.
Anahí: Não acredito.
Dulce: Maite não tem olhos para ninguém além de Christopher. Seria mais fácil eu ir pra cama com Poncho do que com ela. Eu nunca fui pra cama com nenhum dos dois, Anahí. E acredite se quiser, essa é a verdade - se virando e indo para a cozinha.

Maldito dia em que ela a havia conhecido.
 Anahí

Havia se passado mais ou menos um mês depois de todos aqueles acontecimentos. Eu não aguentava mais ficar perto de Dulce sem querer ficar com ela, e ter que me saciar com Christopher, já não sentindo mais nada. O sexo não era mais tão atraente como era antes. Eu sentia enjôo ao ficar perto de Christopher, e me sentia suja após seus beijos. Me sentia totalmente triste e sem vontade de fazer nada quando via Dulce e marcela juntas. Ficava o maior tempo possível fora de casa, mas quando chegava a tristeza me inundava uma vez mais. Não havia mais encostado em Dulce, a beijado, feito nada que fizesse com que eu tivesse esperança. A esperança que eu sabia que nunca ia se tornar real. Naquele dia, Manuela já quase dormia em meu colo, e eu fungava baixo enquanto cantava, para que ela não escutasse e nem percebesse que eu estava chorando. De novo.

Anahí: Estaba tan cansada, de solo dar pasos atrás, de tratar de olvidarte y no pensarte, lo que me sigue es escapar - cantava, quase em um sussurro - Teníamos tantos sueños, que jamás los vi cumplir. Planeando siempre el mañana...
Dulce: Pero ahora estoy sin ti - completou, ao se sentar ao meu lado - Gosto dessa música.
Anahí: Ah, você - virei o rosto, secando minhas lágrimas e dando uma última fungada.
Dulce: Estava chorando?
Anahí: Não - minha voz falhou - Só estava cantando conforme a música.
Dulce: Você é uma das únicas mulheres que eu conheço que ficam bonita quando choram - insistiu. Anahí: Y voy a subir en este tren, no me importa el destino, quiero estar conmigo, saber que también yo valgo la pena y que mi corazón ha estado tan tibio, por falta de amor - olhei para o lado ao sentir sua mão me abraçando pelo ombro. Coloquei minha cabeça em seu ombro e voltei a cantar - Y en este vagon, vi en los ojos de alguién más a tu corazón.
Dulce: Por quem está apaixonada? - me perguntou, fazendo meu coração disparar. Resolvi que não deveria parar de cantar.
Anahí: Te vi y decidi ignorarte, la verdad no estoy en posición, de sufrir y decidí bajarme en la primer estación. Pasaron mas de cuatro días, y en mi pensamiento estabas tú...
Dulce: Pero mira que bella es la vida, te sorpreende cuando menos crees.
Anahí: É minha parte preferida.
Dulce: Acho que você errou. Você disse "y en mi pensamiento estabas tú" e o certo é "estaba él".
Anahí: Ah sim. Quem se importa? É só uma música.
Dulce: Não me respondeu ainda. Por quem está apaixonada?
Anahí: Faz uma coisa pra mim?
Dulce: Sabia que só os idiotas respondem uma pergunta com outra pergunta? - riu, e eu continuei séria - Ok, pode falar.
Anahí: Me abraça e não me solta mais?

No mínimo ela me achou carente. Me abraçou e senti que meu coração estava um pouco mais feliz do que normalmente estava. Meus pais haviam visitado minha avó pela terceira vez no mês, e pela primeira vez, havia resolvido ficar em casa para ficar com Manuela, ao invés de sair e procurar por Christian, ou alguém que me consolasse. Ficamos minutos em silêncio, e quem nos visse, acharia que nós éramos uma família
Anahí: Já se sentiu tão triste, que nem sexo poderia te animar?
Dulce: Não sei se já fiquei triste a esse ponto. Sabe - começando a fazer um cafuné em mim -, de um tempo pra cá, eu não venho tendo um relacionamento tão bom assim com Marcela.
Anahí: Como assim?
Dulce: Quando a vejo, sinto que ela fica muito tempo grudada em mim, no meu pescoço e isso me irrita. Fico bem quando ela não me liga e melhor ainda quando ela está no hospital, por que se sei que ela está lá, não vai estar boa o bastante pra ficar me enchendo o saco. E quando estamos juntos, não sinto que ela me dá prazer. A verdade é que ela nem me excita mais.
Anahí: Bem-vindo ao mundo dos que traem. Por que você acha que eu traia o Rodrigo? Me sentia exatamente como você se sente.
Dulce: Eu sempre gostei tanto dela, sabe? Não sei como isso pode mudar de uma hora para outra.
Anahí: Acho que te entendo. Vou colocar Manuela lá em cima. Já venho.
Dulce: Ok - me soltando e eu me levantei.

Deixei Manuela em seu quarto e me encostei na parede. Tirei minha blusa e a cheirei. Seu cheiro. Olhei para meu corpo. Eu precisava daquilo. E não me importaria o que ela iria pensar, eu tentaria. Saí do quarto de Manuela e joguei minha blusa no chão. Logo em seguida tirei minha calça e minha sandália. Tirei meu sutiã, ficando só de calcinha. Coloquei meus cabelos em cima dos meus seios e desci as escadas. Ela olhava para a televisão, mudando de canal sem parar, como de costume. Fiquei parada olhando para ela. Fui até ela e beijei seu pescoço, subindo para sua orelha, e em seguida a mordi. Levei minhas mãos até sua blusa e a puxei. Ela se virou, ficando de joelhos no sofá e me olhando.