Fanfic: DNA - Portiñón | Tema: Rebelde

Anahí: Como tem tanta certeza?
Christian: Dorme logo criatura - falou nervoso, e eu ri.
Anahí: Ok, ok. Cinco dias.
Christian: Está ansiosa?
Anahí: Demais. Como nunca estive antes.
Christian: Relaxa. Se você tropeçar e cair, eu começo a rir e te deixo lá - riu.
Anahí: Muy amigo - revirei os olhos.
Christian: E para de chorar, pelo amor de Deus. Ouvir você ficar fungando me dá agonia.
Anahí: Como faço pra parar de chorar então?
Christian: Dorme - disse, como se fosse óbvio.
Anahí: Canta pra mim?
Christian: Qual música?
Anahí: Qualquer uma.
Christian: Ok... - respirou fundo - Usa el dolor, como motor, para poderte levantar, no dudes más, dejalo atrás, busca tu propia identidad, descarta el amor...

Ele continuou a cantar, mas minutos depois, adormeci.

Horas depois, acordei com o celular de Christian despertando. O procurei pelos lados e ele não estava lá. Abri a porta do quarto e desci as escadas, e lá estava ele, dormindo no sofá com o controle da TV na mão. Sério, ele era o melhor amigo da face da Terra, e melhor impossível. Cheguei perto dele e me sentei no único espaço que seu corpo não cobria. O chão.

Anahí: Chrisinho, acorda.
Christian: Não mãe. Só mais cinco minutinhos.
Anahí: Que mãe o que, Christian. Sou eu, Anahí.
Christian: Ah, você - voltando a dormir.
Anahí: Chris - balancei-o -, acorda agora!
Christian: Tá bom - bocejou e se sentou no sofá.
Anahí: Vou pra casa, tomarei um banho e a gente se encontra lá no teatro depois, ok?
Christian: Tudo bem. E o que vai fazer depois do teatro?
Anahí: Voltar pra cá, óbvio.
Christian: E seus pais? Chegam quando?
Anahí: Eles disseram que iriam chegar hoje, mas não sei se já chegaram.
Christian: Entendi. Enfim, a gente se vê lá.
Anahí: Ok - me levantei - Vou pegar minha bolsa lá em cima e já desço. Cadê a chave do meu carro?
Christian: Atrás da... - bocejou - porta.
Anahí: Obrigada - sorri.

Fui até seu quarto e peguei minha bolsa e meu ropão que estavam no chão e desci. Ele já não estava mais na sala. Sabia que se eu o encontrasse lá, bateria nele. Passei pela cozinha e ele e sua Olívia estavam lá.

Anahí: Bom dia, Olí.
Olívia: Bom dia, querida. Como vai?
Anahí: Bem. Mas já estou indo. Beijo, adoro vocês.
Christian: Até daqui a pouco.
Olívia: Ok, querida. Um beijo - me mandou um beijo e eu saí da cozinha, indo para a sala e pegando minha chave.

Olhei no meu celular. 11 chamadas não atendidas. DULCE.

Dulce: Aonde esteve? - pulou na minha frente quando entrei pela porta.
Anahí: Não te importa.
Dulce: Que desculpa eu daria ao papai e a mamãe se você não dormisse em casa?
Anahí: Não tenho 13 anos. E sai da minha frente, por favor.
Dulce: Com quem passou a noite?
Anahí: Não te interessa.
Dulce: Se não interessasse, eu não estaria perguntando.
Anahí: Você não é nada minha. E essa merda desse laço afetivo que nos uni para mim não é nada.
Dulce: O que aconteceu? - me puxando pela cintura.

Eu queria ser forte o bastante para machucá-la até sair sangue. Fazê-la pagar por absolutamente tudo o que estava me fazendo. E ainda me agarrava, como se não fosse nem um pouco descarada. Eu tinha meu valor. Mesmo que não parecesse.

Anahí: Me solta - dei um tapa em sua cara e a empurrei.
Dulce: Você é doida? - colocando a mão sobre o rosto.
Anahí: Nunca mais, nem se quer pense em encostar essas suas mãos em mim, Dulce.
Dulce: Você é uma bipolar. Não é atoa que você é assim, Anahí. O sexo afeta a sua cabeça. Você é doente.
Anahí: Eu sou. E toma cuidado por que eu posso te matar.
Dulce: AONDE PASSOU A NOITE?
Anahí: NA ORGIA COM O SEU MELHOR AMIGO - berrei e subi as escadas, pisando firme.
Dulce: Chega Anahí, eu já estou cansada de você - segurou meu braço, quase me fazendo cair escada abaixo.
Anahí: E você não acha que eu estou de você? - perguntei, soltando meu braço.
Dulce: Não perguntei se você está ou não, Anahí. É melhor você abaixar sua bola, ou eu vou tirar essa sua máscara. Já estou cansada.
Anahí: Qual o problema? Eu tenho o direito de passar a noite com quem eu quiser. Você sempre soube disso.
Dulce: Não a partir do momento em que você se deitou comigo - subiu um degrau, ficando mais alta que eu.
Anahí: Eu tenho nojo de cada parte do seu corpo, Dulce. Prefiro passar a noite com a Maite, mas espero nunca mais sentir suas mãos no meu corpo.

Ela não disse absolutamente mais nada. Murmurou um "Como quiser" e desceu as escadas, indo para a cozinha. E então me lembrei da mesa. Que estado eu a havia deixado? Naquele momento não importava. Eu devia desculpas a alguém. Bem mais importante que a mesa ou que Dulce. Abri a porta do quarto de Manuela e entrei. Ela estava abraçada ao bichinho de pelúcia que eu havia dado a ela em seu aniversário. Aquela cena me partiu o coração. Como tive coragem de ser tão dura com ela?