Fanfic: DNA - Portiñón | Tema: Rebelde

Anahí: Desculpa a Anny, meu amor. Prometo nunca mais fazer isso, tá? - sussurrei, com medo de acordá-la.

Quando eu chegasse em casa depois do teatro, eu conversaria com ela. Não iria acordá-la só para pedir desculpas. Se fosse comigo, a pessoa teria é mais um motivo para se desculpar. Em menos de meia hora estava pronta, e se fosse chegar atrasada, seria somente uns dez ou quinze minutos. Desci e meus pais já estavam em casa. Dulce estava no telefone e me media o tempo todo. Quando me aproximei do sofá ela se levantou, como se não quisesse que eu ouvisse quem era. E pra que eu ia querer saber?

Anahí: Bom dia - entrei na cozinha.
Blanca: Bom dia, minha filha. O que aconteceu aqui? - se referiu a mesa.
Anahí: Er... na mesa?
Blanca: É. Na mesa.

A mesa não estava quebrada. Óbvio. Quem conseguiria quebrar uma mesa de mármore? Eu não conseguiria. Mas estava com marcas de pancadas bem visíveis. Não tinha desculpa para aquilo. O que eu ia dizer? Que eu tinha ido dormir e quando voltei estava assim? Não era uma desculpa muito boa.
Anahí: Eu tive um ataque nervoso e tentei quebrar a mesa.
Blanca: Um o que?
Anahí: Foi horrível. Tentei bater em todo mundo e ai tentei quebrar a mesa, mas não consegui.
Enrique: Suas irmãs estavam onde quando isso aconteceu?
Anahí: Ah... Dulce tinha saído com Marcela e a Manu estava... dormindo.
Blanca: Meu Deus, minha filha. Já foi ao médico? Pode ser sério.
Anahí: Tenho certeza que não é nada. É só a tensão por que a peça já vai estrear.
Enrique: Acalme-se. Não precisa matar ninguém. Vai sair tudo certo - riu.
Anahí: É mesmo - sorri.
Dulce: Beleza então... Quarta a gente se vê. Tchau Christi... opher. Tchau - falou, nervosa.
Anahí: E a vovó?
Blanca: Está melhor.
Enrique: Tá quase morrendo, pode dizer.
Blanca: Que horror, Enrique. Ela não está tão ruim assim.
Enrique: Realidade - a abraçou, dando um beijo em sua testa - E vocês duas, nem pra fazer o café da manhã.
Anahí: Eu dormi fora de casa - dei os ombros.
Blanca: E você? - perguntou a Dulce.
Dulce: Fiquei esperando por ela - apontou para mim.
Enrique: Ótimo. Então passem fome, por que eu tomarei um banho e irei trabalhar.
Anahí: Sem fome no momento - abri a geladeira e peguei um limão - Mamãe linda, compra limão pra sua filha?
Blanca: Compro, Anahí.
Anahí: Obrigada - sorri e dei um beijo em seu rosto - Mas pensando bem, vou passar em algum lugar e comer. Estou realmente com fome.
Enrique: Aliás mocinha, onde passou a noite?
Anahí: Ah - mordi meu lábio, sorrindo -, na casa de um amigo.
Blanca: Que amigo é esse?
Anahí: É um amigo que pode se tornar futuro namorado. Não sei. Não depende de mim - sorri, percebendo que a expressão de Dulce parecia dura.
Dulce: Se depender dele, você morrerá solteira.
Anahí: Como sabe tanto, maninha?
Blanca: Ela só está com ciumes.
Anahí: É O QUE? - berrei, mirando-a.
Blanca: E não é? Claro que é, Anny. Ela está com medo de você trocá-la por outro homem.
Anahí: Do que você tá falando? - perguntei, nervosa.
Enrique: Você é a irmãzinha dela, Anny. Ela não quer te perder para outro. Quer ser a única - riu.
Anahí: Ah, acho que entendi. Mas tem um problema. Ela nunca foi. E de todas as formas, pra mim isso é inveja. Afinal eu fico com pessoas bonitas, de olhos claros... não com pessoas... como a namorada dela.
Dulce: Cala a boca. Mede as palavras pra falar dela - se virou para mim, apontando o dedo.
Anahí: Fica tranquila, não vou tentar me vingar de nenhuma forma dessa vez - sussurrei, rindo - Estou indo. Tchau - mandei um beijo no ar e saí, antes que me mandassem ficar mais.
Eu tinha tanta coisa para fazer, que quase nem via o tempo passar. Mas quando percebia, já estava na hora de ir para casa. Tentava não lembrar de Dulce nem do que tinha acontecido, pois quando não estava perto de casa, me sentia "feliz". Acabei ficando três noites seguidas na casa de Christian, revisando os textos e nos certificando de que tudo ia sair perfeito. Aparecia em casa só de manhã para tomar banho, e alegava que estava na casa de Christian. Por que eu realmente estava. Quando estavámos a 36 horas da estréia, Pedro nos liberou mais cedo, para que pudessemos descançar e ficar relaxados. Dulce parecia estar começando a relaxar no trabalho, pois já o havia pego em casa duas vezes em menos de cinco dias no horário em que ela tinha que estar no estúdio. Quando cheguei em casa, e vi que só ela estava ali, revirei os olhos. Que legal! Entrei na sala e ela se levantou do sofá e me olhou. Fazia como um dia que não nos viamos, mas o que de tão especial havia acontecido para ela ficar com aquele sorriso de retardado nos lábios.