Fanfic: DNA - Portiñón | Tema: Rebelde

Anahí: Aonde vamos?
Dulce: Surpresa - sorriu.

***

Anahí: Adorei a idéia - sorri, me sentando.
Dulce: Sempre soube que você gostava de comida japonesa - sorriu.
Anahí: Sério?
Dulce: Não - rimos.
Anahí: Mas eu gosto do mesmo jeito. Escuta, por que não tá trabalhando? - perguntei, pegando um sushi de seu prato.
Dulce: Ah... é que com a separação dos pais, a Mai tá meio caída, e eu não tô precisando da grana, então passei minha sessões para ela.
Anahí: Hum... que legal da sua parte fazer isso por ela - sorri.
Dulce: Vai pro teatro às quatro todos os dias agora?
Anahí: Aham. Chego lá às quatro. Fico de folga no domingo e na segunda, e terça eu vou pra lá de manhã.
Dulce: Sua vida é pior que a minha.
Anahí: Eu gosto. É uma forma de relaxar. No começo você fica tenso, mas depois é como se não tivesse ninguém te assistindo.
Dulce: Prefiro somente fotografar, obrigado.
Anahí: Por que você nunca tira foto nossas? Digo, da mamãe, do papai, da Manu.
Dulce: Não sei. Já ouviu aquele ditado que em casa de ferreiro, colher é de pau? Então, é basicamente isso. Eu meio que tenho preguiça de tirar fotos em casa.
Anahí: Falando em fotos, e a câmera da sua amiga? Dulce: A da Maite? - me olhou e eu assenti - Bom, os estragos foram muitos.
Anahí: Por que ela me detesta tanto?
Dulce: Você pergunta?
Anahí: Eu nunca fiz nada diretamente a ela.
Dulce: Maite é meio encabulada com essa história, Anny. Ela nunca vai gostar de você, se é isso que você está querendo dizer.
Anahí: Bom... ah, sei lá, acho que agora que estamos juntas, eu...
Dulce: Como? - riu, me interrompendo - Estamos juntas?
Anahí: Não estamos? Hm... desculpa.
Dulce: Não, não, estamos. Só que é... estranho falar isso. Mas enfim, continue.
Anahí: Acho que eu poderia conhecer melhor seus amigos. Não sei. Ter uma convivencia diferente.
Dulce: Não acho que podemos assumir publicamente o que temos.
Anahí: Desde a primeira vez em que transamos, Dulce, eu quero ter algo sério.
Dulce: Acabei de sair de um, Anny.
Anahí: Eu também. Mas eu não o amava. E é diferente com você.
Dulce: Você realmente quer ter algo sério?
Anahí: Não confia em mim? - o mirei, séria e ela abaixou o olhar - Entendo. Você tem motivos para isso.
Dulce: Não que eu não confie. Mas é difícil.
Anahí: Não, é sério, eu entendo. Você tem seus motivos.
Dulce: Mas eu acho - me olhou, colocando sua mão em cima da minha - que se você realmente está apaixonada por mim, você pode mudar. Afinal, quanto tempo faz que não vê Christopher?
Anahí: Eu acho que no fundo você sempre vai ter uma dúvida. Por que pode não ser com o Christopher, mas as vezes você pode pensar que pode ser com outra pessoa. Dulce: Se você realmente me ama, eu acredito que não vai me trair.
Anahí: Sinto que você não está falando o que realmente sente.
Dulce: Me prove o contrário que toda aquela Anahí do passado, vai simplesmente ficar no passado. Eu acredito em você.
Anahí: Eu te amo, e eu te juro que nunca iria te trair.
Dulce: Eu também te amo - sorriu, beijando minha mão.
Anahí: Escuta, como descobriu que me ama?
Dulce: Como... descobri? - tossiu - Bom, eu... não... bom... ah... eu só descobri. Não sei como foi. Ah, você sabe.
Anahí: Não, não sei não.
Dulce: Eu sempre fui com a sua cara. Digo, sempre gostei de você. Afinal, você é minha irmã. Mas me descobrir apaixonado por você foi diferente. Não sei como foi... simplesmente aconteceu.
Anahí: Comigo foi diferente também. Em um dia eu te odiava, e no outro perdia a fome só de pensar em você. Sentia raiva ao te ver com Marcela e me sentia bem quando você estava comigo. Ai Dulce, não sei, eu nunca me senti assim.
Dulce: Quando descobriu?
Anahí: No dia das drogas. Conversei com o Christian e falei o que eu sentia. E deu nisso - ri.
Dulce: Ele é um amigão né?
Anahí: Sem dúvidas. Juro que casaria com ele se ele não fosse gay e se eu não te amasse tanto.
Dulce: Queria te beijar - sorriu de canto.

A mirei, mas fiquei quieta. Eu também queria. Mas para ficarmos juntos, teríamos que nos privar de muita coisa. Inclusive de nos beijar em público.
Christian: Você disse que ia passar lá em casa.
Anahí: Não, eu disse que se tivesse tempo eu passaria na sua casa.
Christian: Pelo visto não teve.
Anahí: Fui almoçar com a Dulce, por isso que não tive tempo.
Christian: Vai, pode contar.
Anahí: Não aqui, né?
Christian: Ok. Vamos para o meu camarim - disse, pegando na minha mão e me puxando.
Anahí: Seu bruto. Meu braço - fiz bico, ao entrar em seu camarim.
Christian: Diga - trancando a porta.
Anahí: Ela está apaixonado por mim, Chris - suspirei, me encostando na parede - Foi tudo perfeito. Eu me senti tão bem ao dizer que a amava. E Chris, eu queria poder gritar pra todo mundo ouvir que eu a amo - sorri, olhando para ele, que começou a rir - Tá rindo do que?
Christian: Não sei. Acho que da situação. É difícil de acreditar vindo de você, Anny.
Anahí: Eu sei. Acho que nem mesma eu tô acreditando nisso que tá acontecendo. Chris, é demais.
Christian: Eu fico muito feliz que você esteja feliz.
Anahí: Você um dia imaginou que isso ia acontecer?
Christian: Quando você se tornou... - pensou - hum... aquilo que você era, eu achei que ia ter alguém que ia te fazer mudar. E não acreditava que esse alguém fosse o Rodrigo... muito menos quem é.
Anahí: Sabe o que é estranho? É que quando eu perguntei como ela tinha descoberto que me amava, ela ficou nervosa, gaguejando Christian: Hum... sério? Estranho mesmo - se virando e indo em direção ao espelho.
Anahí: Ai meu bebê lindo... - suspirei, me deitando no sofá - Eu nunca me senti tão feliz.
Christian: Sabe o que você parece?
Anahí: O que?
Christian: Uma adolescente de 13 anos que beijou pela primeira vez.
Anahí: Não exagera, né?
Christian: É o que você se parece, Anny. Mas bom... espero que sejam felizes.
Anahí: Meu Deus, parece que vai morrer.
Christian: Não vou, minha rainha. Mas você sabe que eu desejo tudo de bom pra você, não sabe? E se eu f...
Anahí: Se você o que? - o mirei, depois que parou de falar.
Christian: Nada. Esquece. Estou pensando alto.
Anahí: Ok - desviei meu olhar para o teto e sorri.
Christian: Seu celular tá tocando.
Anahí: O que?
Christian: Você tá prestando atenção no que eu tô falando?
Anahí: Você tava falando?
Christian: Atende o celular - forçando um sorriso.
Anahí: Estresse - peguei meu celular no bolso da calça e atendi - Alô?- Anahí?
Anahí: Eu. Quem gostaria?
- É Cristina, da Warner. Tudo bem?
Anahí: Ah sim, olá. Estou bem, e você?
Cristina: Muito bem. Bem, estou ligando para marcarmos uma entrevista.
Anahí: Que ótimo. Eu estava aguardando sua ligação mesmo. Bom, agora eu acabei de estreiar uma peça, acho que iria ficar meio complicado de marcarmos agora.
Cristina: Será quanto tempo de exibição?
Anahí: Até o final de Setembro. Em Outubro estou livre. O que acha? É muito tempo?
Cristina: Acho que pode ser. Afinal, seu contrato só será fechado em Dezembro.
Anahí: Muito bem então.
Cristina: Voltamos a nos falar em breve. Um beijo.
Anahí: Outro... Tchau, tchau - mordi meu lábio, fechando o celular.
Christian: Quem era? - se virou, me olhando.
Anahí: Cristina da Warner - suspirei desanimada.
Christian: E?
Anahí: Ela quer me ver. Para o negócio de assinar os papéis e tudo.
Christian: Ah sim. Que bom. Mas agora vá se arrumar - sorriu.
Anahí: Ok - suspirei novamente, indo em direção a porta.
Christian: Por que esses suspiros?
Anahí: Nada. Só estou... cansada - sorri de canto, saindo do camarim e indo em direção ao meu.