Fanfic: DNA - Portiñón | Tema: Rebelde

Há um mês atrás, a idéia de sair de casa e ir morar sozinha me agradava, mas pensar nisso naquele momento, não me alegrava tanto. Minha vida estava sofrendo mudanças muito boas, e eu estava adorando-as. Suspirei desanimada diversas vezes ao olhar meu reflexo no espelho. Sorri, mas meu sorriso estava demasiado forçado. Procurei meu celular entre minhas coisas e o peguei, discando o número de Dulce.
Dulce: Oi Anny.
Anahí: Oi, meu amor.
Dulce: Tudo bem?
Anahí: Tudo sim - suspirei - Só queria ouvir sua voz.
Dulce: O que aconteceu, minha linda?
Anahí: Nada... é que eu gosto de ouvir sua voz.
Dulce: Você estava bem na hora do almoço. O que aconteceu?
Anahí: Não foi nada. Sério mesmo.
Dulce: Ok... Eu estou com saudades.
Anahí: Já? Você era tão melosa assim com ela? - disse, sem falar seu nome por medo de alguém ouvir.
Dulce: Eu era carinhosa com ela. Na verdade sempre fui com todo mundo. Mas sinto mais sua falta do que a dela.
Anahí: Então sente falta dela?
Dulce: Não foram quatro meses, Anny. Foram quatro anos... A gente acaba acostumando com a pessoa.
Anahí: Ela ainda não te ligou desesperada e chorando?
Dulce: Se tem uma coisa que eu tenho certeza que ela nunca faria, era me ligar chorando pedindo pra voltar. Ela é orgulhosa demais, meu amor.
Anahí: É uma pena que para ficarmos juntas, tenhamos que fazer tantas pessoas sofrerem.
Dulce: Se a gente ficar pensando na felicidade dos outros, nós nunca vamos ser felizes. E ela vai arrumar alguém bem melhor do que eu.
Anahí: Alguém com saco pra aguentar ela todo mês no hospital - ri.
Dulce: Agora sim você está bem. Não fica mais triste não, ok?
Anahí: Tá bem. Tenho que desligar. Eu te amo.
Dulce: Eu também te amo - sorri e desliguei.

É, ela tinha razão. Depois de ouvir sua voz, eu estava bem.
Demorei mais do que o normal para me arrumar, e quando já estava, fui para o camarim de Christian. Não queria ficar sozinha. Fiquei com ele até ele terminar de se arrumar - sim, ele demorava mais do que eu - e eu acabei desarrumando meu cabelo enquanto estava deitada só falando. Resolvi poupar caminho e arrumá-lo ali mesmo.
Christian: Quero comer alguma coisa.
Anahí: Vá comprar - disse, arrumando o fio que havia soltado.
Christian: Quer algo?
Anahí: Vai pagar?
Christian: Por que você sempre vem com essas conversinhas?
Anahí: Por que você que perguntou se eu ia querer algo.
Christian: Vai querer?
Anahí: Se você pagar sim - sorri, me virando para ele - Brincadeira... não quero nada não, obrigada.
Christian: Ok. Volto logo.
Anahí: Assim espero - me virando de volta para o espelho.

Em quanto passava laque no cabelo, o celular de Christian começou a tocar e não parava por nada. E nem ele chegava. Resolvi atendê-lo, mas no momento que o fiz, colocando-o no viva-voz, uma voz muito conhecida soou do outro lado da linha. Fazendo-me arrepiar da cabeça aos pés. Mas um momento... o que ela fazia ligando para Christian?

Dulce: Oi Christian, tudo bem? É a Dulce. Escuta, aconteceu alguma coisa com a Anny? Ela me ligou um pouco desanimada e eu fiquei preocupada. Quando puder me dá uma ligada, por favor? Ah sim, e cara, obrigado mesmo pelo que fez por nós. Se não fosse por você... Então é isso. Valeu hein... tchau.
o que ela estava falando quando disse: "obrigado pelo que fez por nós"? Peguei o celular e comecei a mexer. Havia uma ligação para Dulce da segunda-feira em que havia dormido em sua casa, no horário em que havia chego em minha casa, e uma de Dulce para ele na quarta-feira. Procurei mensagens ou outras coisas de Dulce, mas não encontrei nada. Era tudo muito estranho. E então me lembrei...

Enrique: Acalme-se. Não precisa matar ninguém. Vai sair tudo certo - riu.
Anahí: É mesmo - sorri.
Dulce: Beleza então... Quarta a gente se vê. Tchau Christi... opher. Tchau - falou, nervosa.
Anahí: E a vovó?
Blanca: Está melhor.

Sacana! Pulei da cadeira, peguei o celular e saí do camarim disparada atrás de Christian. Esbarrei com ele assim que subi as escadas, e ele sorriu.