Fanfic: DNA - Portiñón | Tema: Rebelde

Christian: Sentiu minha falta, é?
Anahí: Eu vou te matar, isso sim.
Christian: O que foi?
Anahí: Você falou com ela, Christian.
Christian: Com ela quem?
Anahí: Você sabe do que eu estou falando. Por que fez isso?
Christian: Vamos no meu camarim, certo? Aqui tem gente demais.

Cruzei meus braços e olhei para ele. Bufando, o segui e assim que entramos ele fechou a porta, me olhando como quem não sabia do que eu estava falando.

Anahí: Por que você disse a ela?
Christian: Disse o que a quem, minha rainha maravilhosa?
Anahí: Não adianta esconder, Christian Chávez. Eu sei muito bem que foi você que disse a Dulce que eu estava apaixonada por ela.
Christian: Ah... é isso?
Anahí: Por que você fez isso?
Christian: Por que você acha que eu fiz?
Anahí: Por que é doente. Agora eu entendo todos aqueles beijinhos dela, e "você é perfeita, maravilhosa" e "eu te amo".
Christian: Você não está mais feliz agora?
Anahí: É... bom... é, mas...
Christian: Mas nada, Anahí - me interrompeu - Se eu não tivesse dito, você ia ficar sempre sofrendo por causa dela. E eu só disse até ter certeza que o sentimento era recíproco.
Anahí: E se não fosse, Christian? Você teria revelado meu segredo e como eu ia ficar diante dela?
Christian: Pára de ficar pensando no "e se", Anahí. E se não existe. É. E é isso que você tem que entender. E se ela te amasse está fora de cogitação. Ela te ama e ponto final.
Anahí: De todas as maneiras, você não tinha o direito. Eu ia contar a ela.
Christian: Você não ia. Eu te conheço. Você-não-ia - disse as palavras pausadamente - E você poderia parar de ser egoísta.
Anahí: Ah... eu sou egoísta agora?
Christian: Sinto muito, mas é. Você acha que eu gosto de ouvir você se lamentar o tempo todo dizendo: "ai meu Deus, ela não me ama" e outras coisas. Anahí, eu sou seu amigo, e meu dever é te dizer a verdade. Anahí: Acho que o egoísta aqui é você.Christian: Haha - riu, irônico - Eu? Quantas vezes você parou para ouvir os meus problemas? Pensa um pouco. Tudo o que eu faço, Anny, é pra te ver bem, e você não aceita isso.

Mordi meu lábio e sorri de canto para ele. Eu sabia que ele estava certo, mas eu não tinha coragem de assumir a mim mesma: "você está errada, Anny". Fui até ele e o abracei, fazendo-o rir e beijar o topo da minha cabeça. Ficamos conversando mais algum tempo, e poucas horas depois a peça começou. Para a decepção de todos, não teve rosas azuis como no primeiro dia. Como estava sem carro, acabei aceitando a carona - perigosa - de Christian e ele me deixou em casa. Trocou uma ou duas palavras com Dulce e em seguida nós duas entramos para casa. Quando, por fim, poderíamos ficar juntas.

Dulce: O que aconteceu? - perguntou, passando as mãos em meu cabelo.
Anahí: Nada - dei os ombros.
Dulce: Tem certeza? Você não parece muito bem.
Anahí: Não por nada - suspirei -, mas você está realmente apaixonada por mim?
Dulce: Claro que sim, sua louca. Por que a pergunta?
Anahí: Como descobriu que estava apaixonada por mim, então?
Dulce: Já falamos sobre isso, não?
Anahí: Você está apaixonado por mim, ou só está querendo fazer um jogo?
Dulce: Como é que é?
Anahí: Por que eu sei que você só ficou assim depois que o Christian te contou que eu era apaixonada por você.
Dulce: Anny... bom...
Anahí: Bom nada, Dulce. Eu quero saber se você realmente me ama.
Dulce: Claro que eu te amo.
Anahí: Então prove. Por que eu duvido que me ame - me afastei dela, e ela se levantou.
Dulce: Então por que você acha que estou com você?
Anahí: Eu é que deveria te fazer essa pergunta.
Dulce: O que quer que eu diga? Que estou com você por que o sexo é bom? Sinto muito, mas não.
Anahí: O que está querendo insinuar? Que eu não sou boa o suficiente pra você na cama?
Dulce: Você não entendeu, meu amor. O que eu estou querendo dizer é que eu não estou com você só por causa do sexo. Eu estou com você por que eu te amo, e isso basta.
Anahí: Você não gosta...
Dulce: Para de paranóia... ou você prefere que eu tire sua roupa e te coma todinha?
Anahí: Proposta tentadora - mordi meu lábio, tentando esconder o riso.

Dulce não disse mais nada e somente veio até mim. Puxou-me pela cintura, me fazendo ficar de pé e mordeu meu pescoço, fazendo-me arrepiar. Senti seus lábios subindo para meu queixo, e em seguida para minha orelha, onde deixou outra mordida.
Dulce: Só que não aqui, meu amor - sussurrou.

Me puxou mais para perto de seu corpo e eu envolvi minhas pernas em volta de sua cintura. Deixei bolsa, sapato e tudo que era meu na sala, e ela me levou para seu quarto. Nunca havíamos feito nada lá. Somente a havia cobiçado uma vez e havíamos dado alguns beijos, mas, além disso, nunca havíamos feito nada. Ao contrário de Christopher, ela era totalmente carinhosa, apesar de eu preferir que fosse mais agressiva. Me colocou delicadamente na cama e foi tirando cada peça de roupa que cobria meu corpo com muito carinho e atenção. Quando nos encontramos do jeito que havíamos vindo ao mundo, ela me invadiu livremente, sem nenhum incomodo. Me senti a um segundo de mandar tudo a merda e gritar e gemer sem parar para que fosse mais rápido e que precisava de mais. Logo nossa respiração ofegante era a única coisa audível no quarto e nós já estávamos no ponto máximo, e o clímax foi alcançado em seguida. Mas tampouco ela, e tampouco eu estávamos satisfeitos somente com aquilo. Trocamos de posição, me fazendo ficar por cima, e comecei a cavalgar em intimidade, às vezes rebolando para provocá-la. Ela se sentou, e começou a sugar meus seios enquanto eu rebolava e puxava seu cabelo. Depois de mais alguns minutos de prazer, chegamos ao clímax final, amoleci em seu colo, e ela me abraçou, selando seus lábios nos meus.
Dulce: Eu te amo - sussurrou, ofegante - E não preciso de sexo para demonstrar isso. Você vai simplesmente sentir.
Anahí: Eu te amo demais, Dulce Saviñon, e eu não quero te perder jamais - a abracei mais forte, sentindo um grande vazio em meu peito.
Dulce: Não vamos, meu amor. Não enquanto morarmos com nossos pais - senti meu coração pulsar mais rápido e deitei minha cabeça em seu ombro - O que foi, meu amor?
Anahí: Nada - respondi, com a voz falhada - Só felicidade por estar com você aqui - fechei os olhos e ouvi um riso baixo dele.

Só que na verdade, não era tão provável que ficássemos juntas pra sempre. Por que, algum tempo depois, eu sairia de casa.