Fanfic: DNA - Portiñón | Tema: Rebelde

Se eu dissesse infinitas vezes que a amava, não seria nem metade do quanto eu realmente a amava. Havia vezes em que eu não queria me soltar dela, e quando estávamos longe uma da outra, sentia uma agonia, e parecia que o tempo nunca passava. Os dias se passavam, e a necessidade dela aumentava de uma forma que fazia com que Christian me mandasse à merda e ficasse algumas horas sem falar comigo.
Minha vida em casa estava melhor do que nunca. Estava me relacionando bem com meus pais e com Manuela. Dulce havia feito uma mudança tão grande em minha vida, que era até difícil eu mesma acreditar que isso fora possível. Depois de haver terminado com Christopher, nunca mais havia falado com ele, e Dulce evitava dar noticias. Eu evitava sair, e ia de casa para o trabalho e do trabalho para a casa. Apesar de após acordar, ela já não estivesse.
Christian: Anny?
Anahí: Hm?
Christian: Tô começando a me arrepender de uma coisa.
Anahí: Que coisa?
Christian: De ter falado com a Dulce. Você ficou muito chata depois daquilo.
Anahí: Por que não vai ver se eu tô na esquina?
Christian: Por que eu sei que você está aqui.
Anahí: Lindo - sorri, sem achar graça.
Christian: Vamos sair?
Anahí: Acho que não vai rolar.
Christian: Por isso que eu estou dizendo que você está chata, poxa. Sai comigo, por favor?
Anahí: Você sabe que eu não posso sair.
Christian: Claro que pode, ela nunca te proibiu.
Anahí: Digo, você sabe que eu não posso sair com ela.
Christian: Não precisam ficar se catando, Anahí. Só dançar... longe!
Anahí: AH TÁ, e é muito fácil, né?
Christian: As chances de encontrar alguém conhecido são remotas. Por favor, por mim!
Anahí: Ai Christian... - arqueei a sobrancelha - Eu vou conversar com ela. Tá bom assim?
Christian: Tá ótimo. E é obvio que ela vai aceitar, ela me ama.

O mirei, franzindo o cenho e rindo de seu sorriso.
Anahí: Estamos quites, nunca mais me peça mais nada.
Christian: Eu te amo - me abraçou, rindo.
Dulce: Se algum mané chegar perto de você eu parto pra briga.
Anahí: Justamente por isso que vim com uma roupa que não mostra meu corpo tão... avantajado.
Dulce: Mas você continua gostosa - sussurrou em meu ouvido.
Anahí: Pare de falar isso por que eu não posso fazer nada - ri, me afastando um pouco dela.
Dulce: Maldita fraternidade.
Christian: Comportem-se, ouviram?
Anahí: Não vamos fazer nada, Christian. E quem tem que se comportar é você, não a gente.
Christian: Eu me comporto. Eles não.

Rimos, entrando na boate. Dulce e eu fomos para o bar enquanto Christian se esbaldava na pista de dança. Tentamos ficar o mais afastado que nós conseguíssemos, mas era um pouco difícil.
Dulce: O que vai querer beber?
Anahí: Uma água.
Dulce: Sério? É isso que você bebe quando sai?
Anahí: É que geralmente eu não saio com minha irmã - ri - Só uma água.
Dulce: Então eu te acompanho na água. Duas águas, por favor - disse ao barman.
Anahí: Pode beber, se quiser. Eu dirijo quando estivermos voltando.
Dulce: Das últimas vezes que saí e bebi, coisas não muito boas ocorreram - riu e eu me lembrei do episódio de Marcela.
Anahí: Entendi - mordi meu lábio, abrindo a garrafa de água.

Ficamos ali conversando sobre coisas banais. Dois ou três caras se aproximaram de mim, e ela ficou de cara feia até que eu os dispensasse. Tinha vontade de agarrá-la e beijá-la ali mesmo, quando fazia aquela carinha. Em um momento, Christian veio até nós, roubou minha água e voltou para a pista de dança. Intimidade é uma merda mesmo!
Dulce: Quer dançar? - segurando minha mão.
Anahí: Hm... claro - me levantei, indo em direção a pista de dança.

Não havia nada de mais em dançar. Afinal, só iríamos dançar. A música que soava era um pouco agitada, mas sem necessidade de manter algum contato físico, o que para nós era "bom".
Anahí: Aquela menina tá olhando pra você - disse em seu ouvido.
Dulce: Onde? - olhou para os lados, procurando.
Anahí: Seja discreta, sua descarada - ri, batendo em seu peito.
Dulce: Quem é? - riu.
Anahí: Tá muito interessada, hein?
Dulce: É só pra eu dizer pra essa menina que eu tenho namorada.
Anahí: Tem? Você nunca me apresentou - fiz bico, rindo.

Não sei o motivo, mas tive um ataque de riso e afundei meu rosto em seu peito. Mas no momento seguinte, meu riso do mesmo jeito que chegou, foi embora após ouvir aquela voz.