Fanfic: DNA - Portiñón | Tema: Rebelde

Anahí: A gente precisa conversar. Lembra-se?
Dulce: Ah, é verdade. O que era?
Anahí: Acho melhor darmos um... tempo.
Dulce: Você o quê? Tá terminando comigo?
Anahí: Não, burrinha.
Dulce: O que?
Anahí: Amorzinho, amorzinho, perdão - dei um selinho nela, rindo - O que estou querendo dizer é que é melhor a gente parar de ficar junto aqui em casa. A gente tem sorte de nunca ninguém ter nos pego no flagra e a única pessoa que já nos pegou fazendo algo foi Manuela, então acho melhor a gente começar a se encontrar fora de casa.
Dulce: Eu acho que...
Anahí: É arriscado demais, Dulce. Não dá mais para fazermos nada dentro de casa, e você sabe disso.
Dulce: Bom, se você acha isso, por mim - deu os ombros.
Anahí: Mas isso não quer dizer que eu não queira ficar com você. Eu quero - disse convicta demais - E como quero.
Dulce: Eu sei minha Anny, eu só...
Anahí: Como é que é? - a interrompi.
Dulce: O que?
Anahí: Repete ai o que disse.
Dulce: Qual parte?
Anahí: A parte do "minha" ou algo assim.
Dulce: Ah... minha, minha, minha Anny.
Anahí: É? - sorri, olhando seus lábios.
Dulce: Aham. Só minha.
Anahí: Só sua - dei um selinho nela - Toda sua.
Dulce: Eu te amo tanto, Anahí - passou a mão pelo meu rosto.
Anahí: Eu te amo mais e mais a cada dia - sorri, beijando sua mão.

Ficamos namorando por ali mais algum tempo e depois resolvemos ir dormir. Próximo passo era encontrar um lugar seguro para que pudéssemos nos encontrar sem que ninguém nos encontrasse no flagra. Mas quanto a isso, estávamos tranqüilas, o pior, sempre vinha depois.
Dulce: Oi meu AMOR - gritou, fazendo-me pular no sofá assustada.
Anahí: Maldição, Dulce, me assustou, caralho!
Dulce: Perdão, meu amor. É que eu tenho uma surpresa.
Anahí: Hm... e o que é? - me ajeitei no sofá.
Dulce: Bom, nós temos algo, não temos?
Anahí: Sim - pensei, assentindo - Temos. Mas e daí?
Dulce: E daí que quando nós somos comprometidos de uma certa forma. E quando somos comprometidos, não há nada mais justo que usar uma aliança, não acha?
Anahí: O que? - sorri, boba.
Dulce: Bem, não é exatamente uma aliança, quem sabe uma tentativa. Isso vai simbolizar nosso compromisso.
Anahí: Certo. E o que é? - perguntei, curiosa.
Dulce: Primeiro, eu pensei em um anel, mas ai eu ia gravar e não ia dar certo, todos iam ficar desconfiados. Depois, pensei em uma tatuagem, mas é muito doloroso. E então, cheguei a uma coisa, que para quem olhar, vai achar que é uma coisa banal. Um acessório que uma pessoa usa, por que é bonito - ela pegou uma sacola e se sentou no sofá, ao meu lado - Mas para nós, que vamos usar, vai ser uma aliança, .
Anahí: Posso ficar com medo?
Dulce: Não, sua boba - sorriu, me dando um selinho e tirando duas caixinhas finas de dentro da sacola - A preta é minha - sussurrou baixo, confuso - Não, é a dela. A dela ou a minha? - olhou confusa as caixas e abriu uma sorrindo - A preta é sua. Então, isso minha Anny, significa a nossa loucura, o nosso amor, o que sentimos uma pela outra - abrindo a caixinha.

Era um colar. Uma gargantilha, para ser mais exata e com um pingente uma estrela. Eu segurei, olhando atentamente a beleza e delicadeza que tinha ali. Ela abriu a outra caixinha e mostrou. Uma corrente mais groça, com o pingente, um Sol. 

Anahí: Você é minha estrela guia Dulce.
Dulce: Exato. E você é meu sol, que me guia Anny .
Anahí: Você é um gênio, Dulce. Como pensou nisso?
Dulce: Sei lá, eu só tive essa idéia. Não precisava de rosas não, né? Eu pensei em comprar, mas ai ia embaçar aqui em casa.
Anahí: Está perfeito assim, sério. Foi lindo demais. Agora coloca em mim - tirei o colar da caixa e dei a ela, me virando.
Dulce: Gostou do pingente mesmo? Fiquei em duvida. Tinham tantos bonitos.
Anahí: Que gay, Dulce - após ela terminar de colocar, puxou meu cabelo rindo - Ai! - me virei para ela, ofendida - Achei que você ia beijar meu ombro, minha nuca, mas não isso.
Dulce: Acho isso muito clichê, e então resolvi mudar - sorriu, me entregando o colar para que eu colocasse nela.
Anahí: E lembra-se do que conversamos ontem a noite?
Dulce: Sobre darmos um tempo? Sim. O que tem?
Anahí: Então, chegar gritando "meu amor", faz parte tá? Não faça mais isso.
Dulce: É que você estava tão linda, tão sexy lendo esse roteiro que eu tive que te assustar. Me perdoa?
Anahí: Não - mordi a nuca dela, fazendo-a se arrepiar.
Dulce: Não faça isso.
Anahí: Ah sim, me lembrei de uma coisa - me levantei do sofá empolgada e fui até o aparador.
Dulce: Anny?
Anahí: O que? - virei meu rosto para olhá-la.
Dulce: Você tá gostosa, hein? Puta que pariu - colocou as mãos na cabeça, olhando para a minha bunda.
Anahí: Ah... para de olhar - virei meu rosto, rindo.
Dulce: Não dá - se levantou, indo até mim.
Anahí: Sente-se, Dulce. Não se lembra do que conversamos ontem?
Dulce: Não dá - repetiu, me encoxando.
Anahí: Dulce - gemi ao sentir seu corpo colado no meu - Não quero perder o controle aqui.
Dulce: Enquanto vivermos aqui, sobre o mesmo teto, vai ser impossível não perder.
Anahí: Por favor - suspirei ao senti-lo beijar meu ombro.
Dulce: Quer mesmo que eu pare? Se quiser mesmo, eu paro.
Anahí: Dulce - mordi meu lábio ao sentir que pressionava mais sua coxa na minha bunda.
Dulce: Relaxa baixinha, ninguém vai...
Enrique: Dulce? - chamou da escada.
Dulce: Hm... oi - me soltou, indo até a escada. Por sorte, de onde estávamos, era impossível nos ver.
Enrique: Acabou de chegar?
Dulce: Não, eu estava... ajudando Anahí a procurar algo. Aliás, o que era?
Anahí: O convite do casamento do Max, papai. Onde está?
Enrique: Não sei. Deve estar no aparador, sua mãe disse que ia deixar ali.
Anahí: Não estou... ah, achei - peguei o convite, indo em direção ao sofá.
Enrique: Dulce, venha aqui. Quero falar com você.
Dulce: Ok - subiu as escadas e foi até ele.

Fiquei sentada, fingindo que não tentava prestar atenção no que eles estavam falando, o que foi meio difícil, por que meu pai estava falando muito baixo. A única coisa que consegui entender foi Dulce dizer "Outra vez?". Suspirei e esperei Dulce descer, enquanto olhava o convite do casamento.