Fanfic: DNA - Portiñón | Tema: Rebelde

Enrique: Calem a boca, vocês duas. Que história é essa de orgia?
Blanca: Nós damos muita moleza a vocês duas.
Anahí: É por que já somos adultas. Simples assim - sorri me sentando a mesa.
Dulce: Suco? - me ofereceu e eu assenti - Põe ai - me entregou a jarra.
Anahí: Dulce, hoje você tá o ânus do bode assassinado, pelo amor de Deus - peguei a jarra.
Enrique: Dá pra parar de brigar? É de manhã e eu ainda tenho que agüentar muita coisa no meu dia. Então, por favor, fiquem caladas - disse em um tom irritado. Dulce e eu nos olhamos e nos calamos.
Blanca: Escute minha filha, você podia trazer o Frederico para jantar qualquer dia desses, não é?
Dulce: NÃO - berrou - Não... não tem açúcar nesse café, mamãe?
Blanca: Tem. Por quê? - tomou um gole do café - E está muito doce por sinal.
Dulce: Então deve ser meu paladar, por que parece que está sem.
Blanca: Deve ser. E então Anny, o que acha?

Olhei para Dulce rindo e ergui a sobrancelha, tendo uma idéia. Ela, percebendo que eu tivera uma idéia, me olhou séria e eu continuava a rir.
Anahí: Perfeito - respondi, ainda olhando Dulce - Vou falar com ele - olhei para minha mãe.
Blanca: Ótimo. Só me avise antes.
Anahí: Ah, ele é bem simples, não precisa se preocupar.
Blanca: Mas minha filha, é seu namorado.
Anahí: Aham - olhei para baixo para conter o riso.
Dulce: E quando vai trazê-lo? - me perguntou, parecendo que tinha raiva.
Anahí: Não sei. Logo... é o que eu pretendo.
Dulce: Ah sim... eu perdi a fome, com licença - se levantou, saindo da cozinha.
Enrique: O que deu nela? - perguntou, sem entender.
Manuela: Ciumes - deu os ombros, tomando um gole de leite.

Olhei para Manuela e senti meu coração acelerar. Aquela menina sabia mais do que eu ou qualquer um podia imaginar. Senti minhas mãos começarem a suar e engoli seco.

Blanca: Eu também acho - concordou, e eu me agarrei a toalha da mesa - Ela está com ciumes por que você é a irmã dela, Anny.
Anahí: Ah claro - relaxei na cadeira, soltando a toalha.
Enrique: O que foi, minha filha?
Anahí: Cólica. Vou falar com Dulce- me levantei.
Blanca: Mas nem comeu nada.
Anahí: Já venho. Vou ver por que ficou chateada - saí da cozinha, indo para seu quarto.

Ao chegar na porta e tentá-la abrir, notei-a fechada. Dulce nunca fazia aquilo.

Anahí: Dul... abre aqui - bati, mas ela não respondeu. Olhei para os lados e voltei a falar - Meu amor... por favor, abre ai. Vamos conversar - continuei a bater, e ela novamente não respondeu - Dulce, abre o diabo da porta agora - me irritei batendo com força nela.
Dulce: O que foi? - abriu a porta, irritada.
Anahí: Deixa eu entrar?
Dulce: O que você quer?
Anahí: Deixa eu entrar? - repeti, começando a me irritar.
Dulce: Ok - bufou, dando espaço para que eu entrasse.
Anahí: Por que está tão nervosinha?
Dulce: Quer que eu diga mesmo?
Anahí: Por causa do Fred? Ah, fala sério. Ele nem existe - sussurrei.
Dulce: Ah... então como vai fazer para trazê-lo?
Anahí: Isso, infelizmente, eu não posso te falar.
Dulce: Por que, Anahí?
Anahí: Não fica estressada, ok? - fui até a porta, trancando-a.
Dulce: Não começa - se afastando de mim.
Anahí: Eu te amo - sorri, chegando perto dela.
Dulce: Não vai adiantar - olhou para o lado.
Anahí: Eu te amo - repeti, ficando na ponta do pé para selar nossos lábios.
Dulce: Sai, Anahí. Eu tô com raiva de você.
Anahí: Tá é? - peguei seus braços e passei por volta da minha cintura.
Dulce: Por que você faz isso?
Anahí: Por que eu não gosto de ficar brigada com você.
Dulce: Você é uma falsa, Anahí - brincou.
Anahí: Se isso é um amor falso... - peguei sua mão e coloquei em cima do meu peito, para sentir meu coração - você precisa me ensinar urgentemente o que é um amor verdadeiro.
Meu coração, todas as vezes em que eu estava com ela, batia de um jeito diferente. E jamais havia batido assim. Somente com ela. Ela se deu por vencida e me abraçou. Estar ali com ela, mesmo sem estar fazendo nada, me deixava tão bem. Foi exatamente naquele momento que eu descobri como era bom estar apaixonada.