Fanfic: Minha irmã adotiva {vondy} [terminada]

Dulce estava há exatos 39 minutos atrasadas. Conhecia sua noiva o suficiente para saber o autor desse atraso era seu pai. Depois que o casamento acabasse com certeza iria repreender Christian e Alfonso por embebedarem Victor ao ponto da ressaca durar dois dias consecutivos.

Christian: Christopher você está parecendo um "João Bobo".(comentou divertido enquanto tentava soltar o colarinho que pareciar estar mais apertado do que na hora que havia colocado)

Christopher: O que é um "João Bobo"? (indagou franzindo o cenho)

Christian: Aqueles bonecos infláveis de posto de gasolina.Não para quieto um minuto.(justificou)

Christopher: Você diz isso porque não é você que está aqui em pé a quase uma hora.(sorriu nervoso)

Alfonso: Acho que ela chegou.(disse apontando com a cabeça para Maite que entrava na capela e dizia algo ao cerimonialista)

A melodia tradicional da marcha nupcial soou por toda a capela anunciando que Dulce estava prestes a entrar. O moreno sentiu suas mãos umidecerem e as batidas do seu coração se aceleraram de uma forma que jamais sentiu antes. Era apenas um casamento, era apenas a formalização de tudo o que já tinha dito e demonstrado a Dulce, não tinha o por que estar tão nervoso. Em meio a busca de um equilíbro para se manter em pé e ao auto aconselhamento sobre não ter motivos para ficar nervoso, a porta da capela se abriu revelando a face da ruiva. Ela estava simplesmente...maravilhosa. Como tinham optado por se casarem ao entardecer alguns suaves feixes de sol entraram junto com Dulce o que resultou em uma visão em deslumbre de um anjo, um lindo anjo de cabelos ruivos.

Dulce sentiu Victor apertar sua mão direita contra o braço como se estivesse avisando que iria iniciar sua entrada, afimando com a cabeça como se respondesse a pergunta a ruiva deu um passo a diante para que pudesse de fato entrar na capela, revelando sob seu olhar todos os convidados, a decoração e mais a frente Christopher que lhe abriu um sorriso terno. Enquanto dava passos curtos rumo ao altar, dividia sua atenção aos detalhes da decoração que fora propositalmente "inundada" por rosas vermelhas, rosas das quais a ruiva conhecia bem, as rosas do admirador secretor, bom, não tão secreto assim. Sentiu os olhares de seus convidados voltados sobre si e ali pode ver rostos conhecidos e saudosos, Pedro estava ao lado de Zoraide e logo que seus olhos de encontraram acenaram com a mão empolgados em direção a ruiva, Rodrigo ao lado de sua noiva mantinha a postura amigavel, Bianca e mais duas irmãs que coordenavam o orfanato sorriam de forma contida enquanto analisavam os passos de Dulce. Maite, Anahi, Christian e Alfonso se amontoaram na primeira fileira de bancos e Alexandra estava no altar ao lado de Christopher. Claro que havia meia duzia de rostos desconhecidos mais ao fundo que segundo Victor eram os principais acionistas da empresa Uckermann`s e que depois de muita discussão sobre os pontos positivos para Christopher convida-lo ao seu casamento ambos acabaram cedendo sob a condição de cortar pela metade o número de "convidados" que inicialmente Victor tinha pensado. Embora essa pequena exceção, todos que ali estavam presentes desempenharam um papel importante na construção de vida de Dulce, cada um com sua particularidade, viveram momentos importantes em sua vida e não podia deixa-los de te-los todos juntos nesse momento mais que especial. Eram as pessoas mais importantes de sua vida em um dos momentos mais importante de sua vida.

Um risada familiar soou no fundo da igreja enquanto Dulce se aproximava do altar, fazendo com que seu estômago revirasse ao pensar que aquela risada poderia ser de alguém que não lhe agradava, mas a ruiva não quis se dar ao trabalho de se virar para certificar se seus pensamentos estavam certos, não naquele momento que estava tão próxima de Christopher.

Primeiro Victor se desvencilhou de Dulce para que pudesse dar um breve abraço em Christopher e seguida uniu as mãos de Christopher e Dulce uma na outra.

Victor: Que hoje seja o início de uma grande união meus filhos.(disse por fim se colocando ao lado de Alexandra no altar)

Christopher: Você é a noiva mais linda que existe.(sussurrou no ouvido da ruiva depositando um beijo na testa da mesma)

Dulce: E você é o noivo mais mentiroso.(deu uma picadela para o mesmo) Eu te amo tanto.

Christopher: Eu também te amo.

Padre: Estamos aqui hoje reunidos para celebrar a união que duas jovens almas que se encontraram e se completaram com...

As palavras que o padre proferia sem dúvida nenhuma eram lindas, mas o coração de Dulce parecia bater tão alto que não conseguia se concentrar para que prestasse a devida atenção. Seu cérebro insistia em querer ter Christopher em seu campo de visão, queria eternizar aquele momento em sua memória, o loiro usava um smoking preto e seu cabelo estava penteado de uma forma não tão uniforme como a ocasião pedia, mas Christopher nunca foi de seguir padrões, na verdade nem Dulce, prova disso era a ocorrência desse casamento. Irmãos adotivos se casando ou melhor irmãos adotivos perdidamente apaixonados se casando.

Por mais 12 minutos o padre divagou sobre as dificuldades de se viver um amor impossível, e que metaforicamente resultaria em uma "faca de dois gumes", o amor ou a dor e que apenas com muito dialogo, paciência, sacrifícios e aprendizagem a primeira opção poderia se fazer válida. O padre estava certo, somente depois de um bom tempo o "amor venceu".

Miguel e Marcela entraram pela porta central da capela segurando cada, um boneco de pano que ostentava em suas mãos de pano as alianças, estavam envergonhados demais com os olhares agraciados que atrariam para sorrirem e acenarem. 

Padre: Hora dos votos.(anunciou enquanto pegava as alianças dos bonecos que Miguel e Marcela trouxeram)

Christopher: Tudo bem.(disse se colocando de frente a ruiva) Eu Christopher Von Uckermann recebo Dulce Maria Uckermann como minha legítima esposa, para amar-te e respeitar-te, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza, por todos os dias da nossa vida. Prometo amar e cuidar de você, e tentarei de todas as maneiras, ser digno de ser amor.(concluiu colocando a aliança no dedo anelar esquerdo da ruiva)

Dulce: Eu Dulce Maria Uckermann recebo Christopher Von Uckermann como meu legítimo esposo, para amar-te e respeitar-te, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza, por todos os dias da nossa vida. Sei que nem sempre concordarei com tudo o que diz, mas prometo que sempre estarei ao seu lado e em seu coração.(concluiu colocando a aliança no dedo anelar esquerdo de Christopher)

Depois da famosa pergunta sobre a presença de alguém que se opunha a aquele casamento, o que obviamente não resultou em resposta, o padre uniu as mãos dos noivos.

Padre: Eu vos declaro marido e mulher. (disse por fim)

Christopher e Dulce se entreolharam. Enfim casados! Para selarem aquele momento uniram seus lábios em um beijo lento e calmo.

Christopher: Casados? (indagou quase em um sussurro)

Dulce: Acho que sim.(deu de ombros sorrindo e se virou para cumprimentar os convidados na capela)

Christopher inspirou e expirou lentamente como se tivesse liberando toda a tensão que guardara nas últimas horas, ou talvez nos últimos anos. Todos os dias tentando odiar Dulce eram cansativos demais e agora não precisaria mais daqueles joguinhos, estava preso com a mulher que mais lhe tirou a paciência e a única mulher com quem realmente queria se casar.

O loiro foi roubado de seus desvaneios por um puxão no braço, seguido por uma careta desagradável.

Chistopher: O que foi? Já se arrependeu? (indagou franzindo o cenho brincando)

Dulce: Eu vou arremessar meu buquê no rosto dela e se tiver sorte talvez quebre o nariz dela.(disse entre o dentes) Meu casamento, minhas regras.(disse apontando para uma mulher loira ao fundo da capela)

Christopher gargalhou alto com a ameaça de sua... esposa, ela só poderia estar brincando para ganhar sua atenção. Ao seguir o olhar fumengante da ruiva, Christopher piscou algumas vezes tentando se convencer de que era uma alucinação, talvez seria melhor que fosse, mas era Belinda sentada no último banco da capela.