Fanfics Brasil - Capítulo 12: Quem é esse cara? Uckermann ♥

Fanfic: Uckermann ♥


Capítulo: Capítulo 12: Quem é esse cara?

461 visualizações Denunciar


 Poncho estava lá.
 Tudo que Dulce conseguia pensar, trancada no pequeno banheiro de seu quarto, era que Poncho estava lá.
 É verdade que aparentemente ele estava bem. Bem melhor do que da última vez que o vira, de qualquer forma, afinal isso já fazia quase dois. A essa altura a poeira entre eles deveria ter baixado, não deveria ser assim... É claro que sempre haveria uma cicatriz, mas a questão é que o machucado ainda doía, ainda sangrava. E agora ele estava lá. Na casa de Christopher Uckemann. Um hóspede potencialmente problemático em uma família totalmente bagunçada. Dulce sorriu com ironia, afinal, os ingredientes do desastre já haviam sido juntados. Agora a única coisa que podia fazer era esperar para ver o resultado... E esperar que dessa vez não fosse tão terrível quanto da última.
 No momento, ela sabia que só precisava manter a calma, avisar Daniel de que Poncho chegara lá tão bem quanto possível e então tentar convencer o irmão a voltar para casa. Mas antes que pudesse definir qual daquelas coisas fazer primeiro, a porta de seu quarto se abriu e ela ouviu passos e o som do ranger de sua cama quando alguém se sentou nela.
 – Dul? – a voz de Taylor chamou pacientemente. – Christopher disse que você veio para o quarto... Sei que talvez você queira espaço, mas não te darei isso agora, sinto muito. Precisamos conversar sobre o seu irmão e não dá mais para adiar. É verdade que eu disse que entendia e respeitaria se você não quisesse falar, mas... Dulce, ele está aqui agora e você meio que nos deve algumas explicações. Qual é a história entre vocês? O que aconteceu com ele? Por que ele estava internado? Como raios ele chegou aqui?
 Dulce havia fechado os olhos, enquanto ouvia Taylor falar incansavelmente. Não adiantava tentar bloquear o sol com uma peneira... Sendo assim, ela tomou fôlego, abriu a porta e foi encarar a amiga.
 – Ei... – Taylor sorriu amarelo, como se não esperasse que a amiga realmente fosse sair e contar-lhe tudo. – Dulce, há uma expressão em inglês do “elefante na sala”, já ouviu? É uma metáfora para quando há algo que obviamente precisa ser discutido e as pessoas continuam tentando não ignorar, exatamente como se houvesse um elefante na sala e ninguém quisesse admitir isso. Mas o elefante é grande demais e pesado demais... E nós precisamos falar sobre isso. Agora.
 – Eu sei. Eu só... Não sei.
 Taylor manteve-se em silêncio, dando espaço para a amiga, sem pressioná-la. Dulce foi até a cama e sentou-se ao lado da loira, olhando um ponto qualquer no chão a sua frente enquanto procurava por palavras entre cenas que passavam em sua mente em um slide rápido e nauseante.
 – Poncho... – ela suspirou e revirou os olhos, desistindo dessa abordagem e tentando outra: – Sei que você é filha única, Tay, mas você sempre diz que considera os Uckermann como sua família. É perceptível, porque apesar do Christopher ser como é, você o ama e não desiste dele. Apesar de ser um mulherengo sem limites, você o ajuda a cuidar da casa, dos filhos e de tudo o que vier. Você fica ao lado dele e não desiste, você o ama apesar de tudo. Então acho que você entende o que ser irmão significa... E eu amo o meu irmão, porque ele é ele. Por que ele é parte de mim... é família, sabe? Ele é meu irmão, Tay, então eu tenho que amá-lo... Mas ao mesmo tempo eu o... Eu o odeio, Tay,eu o odeio tanto!. E... a verdade é que ele me odeia também. A nossa família teve uma boa cota de problemas... Ambos fomos culpados e é tão terrivelmente difícil lidar com ele! Eu quero ajudá-lo, mas me aproximar dele é doloroso em proporções que você não pode nem sonhar. E agora ele está aqui... e tudo está voltando com tanta força que é como se eu voltasse dois anos no tempo... É como se o meu mundo estivesse desabando novamente...!
 Taylor continuou em silêncio por alguns segundos, mesmo sabendo que Dulce não falaria sem mais estímulo, mas precisava deixá-la chorar um pouco e não invadi-la e tornar aquilo mais doloroso.
 – Dul? – chamou com delicadeza, acariciando os cabelos da amiga. – Eu não... Eu não entendo o que aconteceu, perdão.
 – Eu sei. Eu estou tentando falar e eu estou dizendo tudo, mas não consigo explicar. Todos os pensamentos, todas as imagens, todas as palavras... Eu as tenho na minha mente, mas não consigo organizá-las. Porque apesar de tudo, este lugar é o meu porto-seguro... É tão difícil destruir isso!

 – Mas você... você vive reclamando a futilidade da nossa família. Os Uckermann, eu digo.
 – Exatamente por isso. Aqui não parece a vida real, não a minha pelo menos. Então aqui eu podia bloquear o passado e simplesmente empurrar as memórias para um baú escuro em um canto da minha mente. Eu podia ser uma nova versão de mim, qualquer outra pessoa. Mas Poncho estar aqui faz as duas realidades colidirem e eu não quero ter que lidar com o passado agora... Entende? Com ele aqui, tudo se tornar mais real.
 – Você não precisa entrar em detalhes, amiga. Não agora, de qualquer forma. Eu só preciso saber o que está acontecendo. Sua mãe estava internada, seu irmão estava internado... E agora ele está aqui e há muito rancor entre vocês, muita coisa não dita... E algo sobre ele... Eu não sei, eu só quero entender um pouco a situação. Ponha-se em nosso lugar, Dul.
 Dulce suspirou novamente e passou a mão no rosto, secando as lágrimas que haviam escorrido.
 – Poncho foi internado há um ano e oito meses atrás. Eu estava tão devastada com tudo aquilo... Eu não podia ver meu irmão daquela maneira. Eu não queria ver uma imagem que destruísse todas as boas lembranças. Aquela pessoa naquele hospital não era ele... Não para mim. Então eu não fui lá. E continuei não indo... Até que o meu salário trabalhando naquela cidade já não era o suficiente para pagar a internação e os remédios. Minha mãe estava cansada, começando a ter problemas da idade... Ela precisava descansar e eu precisava de mais dinheiro. Mas acima de tudo, após um ano e meio longe do meu irmão, eu precisava sair daquela cidade. Ainda havia muito de nós no ar. Muitas lembranças de quando ele era apenas o Poncho, meu irmãozinho mais novo que eu tinha que proteger... Então, sem mais desculpas para inventar para a minha mãe explicando porque eu não iria com ela visitar o Poncho, eu vim fazer uma entrevista na mansão de um herdeiro milionário e consegui o emprego. Eu deixei tudo para trás: meu irmão, ou pelo menos o que restara dele, minha mãe, meu melhor amigo, minha garotinha, e todas as lembranças... Eu deixei tudo e vim brincar de faz-de-conta no litoral. Se eu tivesse sido mais corajosa, se eu tivesse apenas ficado ao lado da minha família, talvez minha mãe não estivesse internada e talvez Poncho ainda estivesse. Eu cuidaria dela, e os médicos garantiriam que ele tomasse os remédios na hora e que se mantivesse em uma rotina que o ajudasse. Se não fosse por mim, tudo, absolutamente tudo poderia ser diferente... Eu só tenho medo de pensar que talvez as coisas estivessem melhores, porque... Eu...
 – Dulce, – Taylor cortou, sem conseguir mais segurar a quantidade de perguntas que se formava em sua cabeça. – acho que eu já sei a resposta disso, mas ainda assim preciso perguntar. Poncho não estava internado por nenhum problema físico, estava?
 Dulce apertava os lábios, tentando impedir mais lágrimas de rolarem por sua face já toda corada e manchada pelas lágrimas.
 – Ele é meu irmão, Tay... – disse numa voz embargada e recomeçou a chorar.
 Taylor sabia que aquilo era uma confirmação de sua suspeita e isso a deixava mais confusa e perturbada do que nunca. Poncho era um total desconhecido com uma doença mais complicada do que ela imaginara, e que fora abandonado até pela própria irmã por motivos indefinidos... Dulce podia até achar que os Uckermann viravam o mundo dela de ponta cabeça, mas naquele momento, Taylor teve um pressentimento de que a amiga também causaria um grande impacto na rotina dos Uckermann.


...

 – Poncho?
 – Ei, irmãzinha! Entre em meus novos aposentos!
 Poncho estava deitado na cama de casal, assistindo televisão e seu sorriso não poderia ser maior. Dulce havia esperado cerca de meia hora após a visita de Taylor para finalmente ir encarar o irmão. Em parte, ela queria se acalmar. Por outro lado, ela esperava que ele estivesse cansado demais até lá e ela tivesse que deixar a conversa para o dia seguinte.
 – Poncho, precisamos conversar. – ela entrou e fechou a porta. – Esses não são os seus aposentos, você não vai ficar aqui.
 – Por que não? – ele fechou a cara. – Só você pode aproveitar a vida boa? O que eu preciso fazer para poder ficar aqui? O mesmo que você? Ir para a cama com o seu patrão?
 – Não se atreva, Alfonso! – ela sentiu a raiva borbulhar. – Você não sabe do que está falando. Christopher é casado!
 – Eu não vi aliança no dedo dele.
 – Ele é noivo, dá no mesmo.
 – Não, não dá. Qual das duas coisas então, irmãzinha?
 – Você está mudando de assunto, pare com isso.
 – Eu que estou mudando de assunto? – ele se levantou e foi se aproximando lentamente da irmã. – Tem certeza?
 – Poncho... Por favor! – ela implorou, cansada. – Não torne as coisas mais difíceis do que já são! Você não faz ideia do quanto é ruim trabalhar aqui sem você tumultuando tudo.
 – Ruim? – ele riu, parando na metade da distância, próximo à janela. – Olhe essa vista, Dul! Parece até que estamos no mar! Olhe as luzes, as ondas, as pessoas... Isso aqui é o paraíso! E você está sendo paga para ficar no paraíso. Eainda está dormindo com o seu patrão! Como isso pode ser ruim? A noiva dele pegou vocês no flagra?
 – Pare com isso! Você deveria me conhecer melhor, irmãozinho. Eu não sou assim. Já disse que ele tem noiva. E filhos. Não que isso seja da sua conta...
 – É, eu não poderia me importar menos. Mas eu não vou sair daqui, Dul. Eu não vou voltar para aquela cidade no meio do nada, onde todos me olham de canto de olho como se eu fosse um perigo!
 – Você é! – ela rebateu antes que pudesse pensar duas vezes e se arrependeu assim que as palavras lhe escaparam.
 O silêncio que se seguiu foi sepulcral. Ela viu o irmão engolir em seco, as pupilas contraindo-se em um olhar fulminante. Por reflexo, ela sentiu-se diminuir, encolhendo-se com o arrependimento. Ela sabia que ele não a machucaria, mas também sabia que aquilo custava toda a força de vontade existente nele. Ele podia não ser musculoso, mas tinha um corpo definido e sabia canalizar sua raiva para os punhos caso fosse preciso. Mas ela o tirara do eixo e isso custava caro, porque quando ele sentia raiva era quando ele começava a agir como a pessoa que ela odiava admitir que existia dentro dele.
 – Poncho, eu não quis dizer...
 – Você quis, sim. – ele cortou, secamente, dando as costas para ela para se recompor e então voltou a encará-la, desta vez com frieza: – Mas pare de achar que você é melhor do que eu, Dulce, porque você não é. Você acha que eu estraguei as coisas? As coisas já estavam estragadas há muito tempo, desde que você decidiu bancar a heroína! Você quer achar que eu sou o grande monstro? Vá em frente, pense o que quiser! Mas eu não era eu mesmo quando fiz o que fiz. Você por outro lado, estava em plena consciência! Se você nunca tivesse se metido...
 – CHEGA! Chega! – ela fechou os olhos com força e tentou voltar à calma. – Nós não vamos fazer isso aqui, nem agora, e na verdade se depender de mim, nunca mais! Então chega, Poncho. Chega... Por favor, eu estou te implorando que vá embora. Porque uma parte de mim ainda te ama, mas eu não sei quanto essa parte pode sobreviver. Você precisa voltar para casa. Sei que não é fácil, mas você tem que encarar. Além disso, a mamãe precisa de você.
 – Eu... – de repente, apenas a desolação tinha espaço na expressão dele e ele se sentou na cama, derrotado, enterrando o rosto nas mãos. – eu não posso! Eu preciso colocar tudo isso para trás, mas lá eu nunca poderei! Eu preciso de um recomeço, Dul! E não finja que eu posso ter isso lá, porque nem você conseguiu. Foi por isso que você veio para cá, não foi?
 – Eu preciso do dinheiro, Poncho.
 – E da paz?
 Ela suspirou. 
 – Eu não posso cuidar de você. Lá, por outro lado, todos te conhecem, todos ficarão de olho e te ajudarão no que precisar. Além disso, o Daniel...
 – Eu não posso conviver com ele, Dul. Eu não posso e eu não quero... – ele buscou os olhos dela, desolado. – Eu tive alta, mana. Se eu voltar para lá eu vou voltar para a estaca zero. Eu preciso que você me ajude, eu preciso ficar aqui! Sei que ainda estamos longe de sermos os melhores amigos do mundo, mas você é família... Prove que faria qualquer coisa por mim. Deixe eu ficar aqui... Eu prometo que tentarei melhorar... Eu só preciso de tempo.
 – ... Como foi que você me encontrou?
 – O caderninho da mamãe. Tinha o telefone, endereço e até uma foto do seu patrão que ela deve ter recortado de algum jornal... Você sabe como ela é...
 – Poncho... O Daniel...
 – Pare de dizer esse nome, é como se você estivesse me apunhalando.
 – Certo... Você estava com a mamãe quando ela passou mal?
 – Você não pode estar achando que eu tive algo...
 – Não! – apressou-se a dizer, vendo a irritação do irmão que logo se dissolveu. – Sei que você jamais faria algo para machucá-la. Só quero entender os fatos, pode ser?
 – Ela foi me buscar quando soube que eu tinha tido alta, mas já estava se sentindo mal. Ela está envelhecendo sozinha, cercada por memórias desagradáveis... Agora até você foi embora. Antes ela pelo menos sabia que você chegaria em casa de noite, contaria o seu dia... Mas nem o seu namoradinho a visita sempre, até onde sei.
 – É difícil para ele também...
 – Que seja. A questão é que mesmo que você dê o dinheiro, isso não significa que ela se cuide perfeitamente. Então sim, ela passou mal quando estávamos indo embora. Eu ia para o hospital, mas uma onde de pânico me assaltou. Eu não podia entrar lá, não podia ver o Daniel, não podia fazer nada daquilo... Então eu fiz uma mala e vi ia sair sem destino... Mas vi o caderninho próximo ao telefone. Acho que ela ia te ligar para contar que eu tive alta, sei lá... De qualquer forma, eu arranquei a página com o endereço e pulei no primeiro ônibus.
 Ele passou uma folha amassada para a irmã e os olho dela voltaram a marejar ao ver a letra trêmula de sua mãe.
 – Eu quero visitá-la, Poncho.
 – Não, você não quer. Assim como você não quis me visitar. Você quer ajudar, talvez até queira estar presente, mas você não quer vê-la. Porque nós dois somos iguais. A gente se esconde atrás da porta até que esteja tudo bem novamente. Porque quando a gente faz o contrário... – ele riu em uma mistura de ironia e desconsolo. – nunca acaba bem, irmãzinha.

...

 – Dul, você está bem?
 – Acho que nunca ouvi tanto essa pergunta como nos últimos dias, mas é... Ficarei bem, sim. Obrigada, Tay.
 – Quer falar sobre isso?
 – Nem um pouco. – ela passou as mãos pelo cabelo, tentando mudar o foco. – Posso ajudá-la?
 – Na verdade já estou terminando de prepara o jantar, mas sente-se. Podemos conversar sobre outra coisa, se isso ajudar.
 – Acho que ajuda, obrigada. Por favor, distraia-me! – ela puxou uma cadeira. – Fale-me algo sobre o seu Homem Misterioso...
 – Nem pensar! – ela riu, fingindo um olhar ofendido para amiga. – Sinto que estou sendo coagida! Você não pode usar chantagem emocional, você sabe que eu quero te distrair, mas isso é jogar baixo!
 – Por favor?
 – Que seja... Bom, o que eu já te contei? E não jogue verde!
 – Ok. Você me disse que é apaixonada por esse cara e que ele sabe isso, mas não toma nenhuma atitude.
 – É, bom... Basicamente é isso mesmo. Ele sabe, e eu sei que ele também gosta de mim, mas é complicado, sabe?
 – Complicado como?
 Taylor meneou a cabeça, ignorando a pergunta e se sentou à mesa da cozinha, ao lado da amiga.
 – Eu realmente não o entendo. Acho que ele tem medo de complicar as coisas. Às vezes ele parece querer, mas às vezes... Eu não sei, ele é tão difícil de entender! Exemplo: Amanhã é meu aniversário...
 – Sério? Eu não sabia!
 – É, eu não queria te contar, ainda mais agora... – ela percebeu que assim não distrairia a amiga, então voltou à outra linha de pensamento. – Ele disse que me levaria para almoçar, porque teoricamente eu tenho o dia de folga... Mas hoje mais cedo, enquanto você estava com o Christopher, ele me ligou e disse que não poderia, porque tinha uma reunião importante ou sei lá o quê.
 – E ele não sabia disso antes de te convidar? Se a reunião era importante, deveria estar marcada há algum tempo, não? Ele me parece um tremendo covarde, isso sim, amiga...
 – Não, a reunião foi remarcada porque... A questão não é essa! A questão é que você está certa, ele tem medo. E isso me frustra tanto! Não é como se estivéssemos fazendo algo errado, quero dizer, tecnicamente, ele é casado, mas...
 – Ele é casado?! – surpreendeu-se. – Olha, eu estava apostando todas as minhas fichas que era o Christopher, até você dizer a parte de que ele te ligou enquanto eu estava com o Christopher... Além disso, o Christopher não é muito seletivo... Mas, Taylor, nunca nem em um milhão de anos eu imaginaria que você se apaixonaria por um homem casado!
 – Mas a esposa e ele...
 – Poupe-me! Você é super esperta quando se trata dos outros, por favor, não minta para mim. Céus, Tay, não minta para você mesma! Há quanto tempo vocês estão nesse chove-não-molha?
 – Dois anos e alguns meses. Por quê?
 – Porque se ele fosse se separar, já teria feito isso. Ele ama a esposa, Tay. Algo falta no relacionamento, você supre a necessidade dele... Mas ele não vai abandoná-la por você, porque você é apenas esse algo que falta. Ela? Ela é todo o resto... Ela é o casamento, a história dos dois... Eles têm filhos juntos?
 – Tem...
 – Então! Na verdade, muito me admira você querer se meter nisso. Você não é esse tipo de garota, você não se envolve com homens casados, e principalmente, você não destrói famílias, Tay!
 – Mas a esposa e ele vivem brigando, Dul! Eu não vou quebrar algo, porque já está quebrado. Há muito tempo.
 – Amiga... – Dulce pegou a mão da outra, que se recusava a encará-la de volta, então suavizou a voz. – Ele não vai se separar da esposa dela. Eu já disse, ela é tudo menos alguma coisa, você é “alguma coisa” menos o todo o resto. Assim como o Christopher nunca ficou com a Belinda, mesmo ela estando com ele desde quando ele era casado... Ele não escolheu ela, ele escolheu outra. Se o seu Homem Misterioso se separar, eu sinto muito em lhe dizer, mas não será pra ficar com você. Se fosse você a escolhida, ele já estaria aqui, ele já teria um nome e você não estaria desperdiçando as suas lágrimas...
 – Dulce... – ela mordia o lábio inferior, tentando conter o choro. – Você realmente acha isso? Diga para mim, eu sou tão iludida assim?
 – Sim, mas isso não é necessariamente ruim. Todos passamos por isso... Ei, não é você que fala sobre os homens conquistadores e o vórtice da sedução?
 Taylor abriu um pequeno sorriso entre as lágrimas e Dulce puxou a cadeira para mais perto.
 – Os culpados são eles, amiga. Por quererem um relacionamento perfeito, mas ao invés de trabalharem para melhorar o que tem, vão buscar o que falta com outras... Você está errando, mas não tanto quanto ele. A família é dele. Você pode machucar sua dignidade, sua moral... Mas ele tem muito mais a perder. E se ele não se importa com nada disso, ele é o imbecil da história.
 – Obrigada, Dul. De verdade...

...

 – Tay? – chamou Christopher, entrando na cozinha e fechando a porta atrás de si.
 – O jantar já está pronto. Estou fazendo um suco enquanto a Dulce está colocando os lugares à mesa.
 – Tanto faz. Eu só quero saber se você sabe de algo.
 – Perdão?
 – Como ela está? O que está acontecendo? Ela simplesmente me deixou sem explicação nenhuma depois que o irmão chegou.
 – Ah, estamos falando da Dulce?
 – De quem mais seria, Taylor?!
 – Ela ainda está um pouco esquisita, mas acho que está segurando bem considerando tudo. A mãe dela está internada, Christopher. O irmão saiu do hospital no interior do interior do estado e veio bater na porta do serviço dela após não se comunicarem há mais de um ano e meio. Ela está esquisita, mas seria mais esquisito se ela não estivesse assim.
 – Certo... E o que eu posso fazer?
 Taylor desviou o olhar das frutas pela primeira vez e encarou Christopher firmemente. No começo, ele manteve o olhar, mas logo desviou.
 – Não faça isso, Christopher. – ela pediu em um suspiro.
 – O quê?
 – Christopher, – ela virou, ficando totalmente de frente para ele, as mãos na cintura. – ela está destruída. Neste momento, você é a última coisa que ela precisa. Não contribua em machucá-la, não se aproveite do momento.
 – Céus, o que você pensa de mim, Tay? Às vezes parece que nem me conhece! – replicou indignado. – Não vou me aproveitar da fraqueza dela, não vou usar os problemas emocionais dela para leva-la para a cama...
 – Não seria a primeira vez, quero dizer a Belin...
 – Não é a mesma coisa! Não é nem remotamente parecido! Eu só quero ajudá-la, ok? Ela me ajudou. Talvez você não saiba, mas nos dias que ficamos sozinhos na casa dos meus pais... Ela me ajudou. Ela me ouviu e foi gentil. E eu quero retribuir a ajuda. Ela não é uma presa fácil numa sexta-feira à noite em um bar. Ela é a Dulce. A nossa Dulce. E eu sei, eu sei que faz pouco tempo que ela está aqui, mas não parece. Porque ela conseguiu entrar nas nossas vidas de uma forma que parece que ela esteve lá há muito tempo. Então não se preocupe, eu não vou ser o canalha desta vez. E se ficar longe é o melhor, então considere feito... Eu só quero ajudar. Desta vez eu não estou mentindo.
 Taylor continuou a encará-lo por alguns segundos, então o canto do seu lábio se curvou um pouco em um pequeno sorriso.
 – É. Eu sei que você não está mentindo desta vez. O que é bom, porque você realmente tem que ficar longe.
 – Ei, Tay, o suc...? – Dulce abriu a porta, batendo-a em Christopher, que estava atrás. – Ah, perdão... Christopher! Eu...
 – Aqui, Christopher, os dois sucos já estão prontos. Leve para mesa, por favor? E, Dulce, chame o seu irmão para o jantar.
 – Ah... Não precisa, eu levo algo para ele no quarto, não...
 – Não seja boba, ele vai comer conosco. – Christopher rebateu, enquanto Taylor empurrava as duas jarras na direção dele. – Maite me ligou há pouco, já deve estar chegando.

...

 – Perdão o atraso! Eu aproveitei para adiantar algumas coisas, como sempre e... – Maite havia entrado e ocupado seu lugar à mesa, beijando o rosto do noivo ao seu lado, porém só então percebendo o visitante. – Er... Olá!
 Poncho abriu um sorriso charmoso e levantou-se, estendendo à mão por cima da mesa para cumprimenta-la propriamente. Dulce revirou os olhos, indignada com o contraste da maneira como ele tratara seu patrão.
 – Quais às chances de ele ser um Uckermann perdido? – Taylor sussurrou para a amiga, também notando a diferença como ele tratava as mulheres e os homens. Dulce, porém, não respondeu.
 – Prazer, Alfonso Saviñón. Sou o irmão mais novo da Dulce, e o seu noivo teve a gentileza de deixar-me ficar hospedado aqui por alguns dias. Isso, é claro, se não tiver nenhum problema pela senhorita.
 – Não, – ela abanou a mão, levantando-se para cumprimenta-lo de volta. – não, de forma alguma, Alfonso. 
 – Muito obrigada! E pode me chamar de Poncho, senhorita. – disse ele, sentando-se novamente.
 – Só se você me chamar de Maite.
 – Combinado, Maite. É muita gentileza de vocês.
 – Quais às chances de ele ser um
 – Poxa, Dulce, eu não sabia que a Dulce tinha um irmão! – Maite comentou, parecendo um pouco chateada pelo fato, como se esperasse que Dulce fosse lhe contar tudo.
 – Eu...
 – Ela não teve tempo, querida. – Christopher salvou-a da confusão que aparentava. – Mal adaptou-se à nossa casa já tivemos a festa de lançamento. Depois você foi acompanhar a semana de moda e desde que chegou antes de ontem nem eu tenho te visto direito!
 – Touché. – deu-se por vencida.
 – Além disso, – Poncho disse casualmente enquanto servia-se. – ela não fala de mim. Você não saberia que eu existo se eu não estivesse bem na sua frente, Maite.
 Dulce virou-se para ele com os olhos arregalados de maneira ameaçadora. Desconcertada, Maite tentou aliviar a situação:
 – Todos os irmãos brigam. Bom, é o que dizem, porque eu sou filha única. Mas mesmo assim, sei que no fundo todos se amam e se apoiam e se defendem quando precisam.
 – RÁ! – Poncho riu, ainda totalmente descontraído. – Você não conhece mesmo a nossa família. Não é, irmãzinha? Conte para ela sobre...
 – Chega, Poncho. – cortou Dulce, entredentes. – Por favor.
 – Viu? – ele deu de ombros, inabalável. – Ela tem tanta vergonha de mim que nem me deixa falar. Acha que eu vou manchar a imagem dela de alguma forma... Acho que foi por isso que ela nunca me visitou enquanto eu estava internado.
 Dulce apoiou um cotovelo na mesa e escondeu o rosto na mão. Já não tinham passado por aquilo? Será que ele faria isso o tempo inteiro?
 Christopher e Taylor estavam calados, cada um encarando seu próprio prato. Enquanto isso, Maite olhava de um para o outro, desesperada, buscando entender o que estava acontecendo.
 – Mas eu também não teria ido visita-la se a situação fosse ao contrário. Na verdade, eu também não estaria aqui se tivesse outra opção. Mas a minha mãe sofreu um acidente e como eu havia acabado de receber alta, precisava ficar com alguém da família. Não me restou muita família sem ser minha irmã mais velha super-ptoetora... Sabe o que dizem, família a gente não escolhe, não é mesmo?
 Estarrecida, Maite sequer sabia o que dizer. Poncho, por sua vez, continuava sereno, como se a conversa fosse a mais leve e superficial imaginável. Felizmente, o silêncio constrangedor foi quebrado pelo celular de Maite que tocou alto, assustando-a.
 – Droga. – resmungou, olhando o visor e então virando-se para o noivo. – Sinto muito, tenho que atender essa.
 – Ah não, é hora do jant...
 – Sinto muito mesmo! – ela pegou a mão dele e atendeu: – Ei, Christian! O que houve?
 Christopher revirou os olhos e suspirou, visivelmente incomodado pela interrupção.
 – Certo. Espere um minutinho, ok? – Maite tampou a parte inferior do telefone com a mão e sussurrou outro pedido de desculpas, levantando-se e retirando-se da sala de jantar.
 – Ah, então os dois não são exclusivos, né? – Poncho perguntou, com cara de interesse genuíno. – Ei, imagina que engraçado, maninha! Você dormindo com ele, eu dormindo com ela... É até meio nojento, né?
 – Chega! – Christopher bateu na mesa. – Eu aguento que você aja dessa forma prepotente e arrogante, você pode ficar até com a minha suíte se quiser, eu realmente não me importo. Mas eu já te avisei uma vez e eu vou te avisar de novo: não se meta com elas.
 – Elas. – Poncho deu uma risadinha curta e anasalada, de forma irônica. – Só faltou dizer “não se meta com as minhas mulheres”.
 – Pois bem, se assim você entende: Não se meta com as minhas mulheres. Nenhuma delas. Não as toque e não as ofenda. Não se atreva.
 Pela primeira vez, Poncho foi calado, surpreso com a resposta de Christopher.
 – Se me dão licença, eu preciso ir até a empresa. Já não fui hoje e tenho que adiantar algumas coisas para amanhã... Obrigada pelo jantar, garotas.
 Ele se levantou e deu um beijo na cabeça de Taylor e outro na de Dul ao passar por elas, finalmente parando ao lado da cadeira de Poncho e estreitando os olhos para ele.
 – Eu falei sério. Não me teste, Alfonso. – ele virou-se para sair. – Qualquer coisa, estou com o celular!
 – Vou para o meu quarto. – retrucou um Poncho carrancudo, sumindo rapidamente da sala.
 – É, isso foi agradável. – Taylor ironizou.
 – Confie em mim, – Dulce suspirou, quase derrotada. – foi melhor que o esperado.

...

 Quando Maite voltou, Dulce e Taylor estavam começando a retirar os pratos. 
 – Se quiser, podemos esquentar sua comida.
 – Não, Tay, obrigada. Vou só tomar meu suco. Tem gelo?
 – Já trago.
 – Ei, Dul, onde está o meu noivo?
 – Ahn... Ele precisou ir à empresa. Ele disse que se atrasou com algo por não ir hoje.
 – É claro. – foi a vez dela revirar os olhos. – Eu saio para atender uma ligação, ele deduz que eu vou voltar para o trabalho, dá uma desculpa qualquer e corre para se enfiar debaixo da saia de uma das amantes. Diga que estou errada, Dul.
 – Ahn... Eu...
 – Aqui está. – disse Taylor, voltando com um copo cheio de gelo.
 – Eu realmente sou tão estúpida? Taylor, você me contaria, não contaria? Se soubesse de algo, eu quero dizer.
 – Oh, Maite... – Taylor parecia realmente infeliz. – Ele ainda é meu patrão. Eu não poderia me meter, nem se quisesse.
 – Não é momento para hipocrisia. Você se mete o tempo todo, Taylor. Você é família, e sabe disso. Pare de se fazer de cega. Ou melhor, pare de se fazer de muda! Porque eu sei que você vê o que está acontecendo, eu sei que você sabe tudo o que eu não sei... Então por que você simplesmente não me ajuda e diz de uma vez?
 – Você quer saber?
 – Não. Mas eu preciso. Eu não serei a próxima Anahí. Enlouquecendo e tentando prendê-lo com filhos, me tornando obcecada e ciumenta ao extremo. Eu tenho uma carreira, não posso perder o foco agora.
 – Você sempre ouviu as lendas, Maite. Por que só agora está considerando que elas sejam reais?
 – Christian disse que... – ela balançou a cabeça. – Não importa. Eu só preciso descobrir. Eu vou me casar com ele!Como eu vou me casar com ele? Como, se eu não o conheço, se eu não confio, se cada vez que ele sai... Eu não quero viver assim. Eu já estou me cansando e eu não vou aguentar isso para sempre. Eu não quero e eu não consigo.
 – Você não deve acreditar em tudo o que te dizem. – Taylor cede. – Mas se muitas pessoas dizem a mesma coisa, talvez deva desconfiar.
 Maite fica em silêncio por um instante, sustentando o olhar de Taylor e tentando decifrá-lo, tentando ler os segredos que eles sabem, mas não há pistas ali. A morena suspira, sentindo-se cansada e derrotada. 
 – O problema não é desconfiar, isso eu já faço – sussurra. –; o problema é confiar...
 Ela vira as costas e vai para a sala sem dizer mais nada.
 Dulce fecha os olhos com força.
 – Não.
 – O quê? – confusa, ela abre os olhos para encarar a amiga.
 – Não tenha outra crise. – Taylor abaixa a voz. – Chega de culpa, Dul. Passou, nada aconteceu, foi só um beijo estúpido. Pare com isso agora mesmo.
 – Perdoe-me, mas você não pode realmente me dizer o quê sent...
 – Perdoe-me – a loira interrompe. –, mas você tem problemas maiores para lidar no momento. Não acha?
 Dulce respira fundo e concorda a contragosto. Então as duas voltam à tarefa de arrumar à mesa.

...
 
 Taylor foi lavar a louça, enquanto Dulce guardava o resto das comidas e dos sucos e limpava a mesa. 
 Ao terminarem, as duas foram se juntar à Maite na sala, para certificarem-se de que o humor da patroa melhorara e, o mais importante, que Poncho não fosse falar baboseiras para encher ainda mais a cabeça dela.
 A TV estava ligada em um canal qualquer, e Maite prestava – ou ao menos, fingia prestar – muita atenção à tela, sentada com as pernas de lado em cima do sofá e o cotovelo apoiado no braço do mesmo. Ela nem piscou quando as funcionárias entraram, sendo assim, as garotas apenas se sentaram no outro sofá e focaram a tela também, tentando entender o que estavam vendo.
 Não demorou muito e o interfone tocou, causando estranheza nas três. Taylor levantou e correu para atender. A expressão que trazia no rosto ao voltar, porém, não era nada boa.
 – Anahí está subindo. – anunciou.
 – Ah, maravilha! – Maite riu com amargura, sentando-se e passando as mãos pelos cabelos.
 – O que ela quer? – Dulce perguntou confusa. – Christopher saiu e os meninos não estão aqui.
 – Exatamente. Ele deveria tê-los buscado esta tarde. – disse Taylor indo para o hall.
 – Eu vou para o quarto. – Maite disse. – Vocês podem cuidar deles? Eu não estou com cabeça para isso, me desculpem...
 – Sem problemas. – respondeu Dulce, indo para o hall atrás da amiga, enquanto Maite se retirava.
  – Eu tenho vontade de não abrir o elevador e deixá-la presa aí, mas ela está com os garotos e eles ficarão melhores conosco do que com uma Anahí contrariada.
 – Abra de uma vez, Tay.
 – Já abri. Infelizmente.
 De fato, segundos apenas dizer isso o elevador apitou, abrindo às portas e revelando uma Anahí vestida para sair, um Guilherme emburrado e um Lucas com cara de sono.
 – Por que eu tenho que ser anunciada? Onde está o Christopher? Quero que ele me explique que tipo de palhaçada é esta!
 Lucas foi abraçar as empregadas, aliviado por sair de perto da mãe. Guilherme se mantinha carrancudo, de braços cruzados e passou direto por todos, indo em direção à sala. Anahí nem pareceu notar, e se notou certamente não se importou.
 – E o quê raios era tão importante – continuou ela. – que o fez esquecer de buscar os filhos?!
 – E o que raios você teve que fazer – Taylor retrucou, fazendo careta. – para conseguir entrar em um vestido tão curto e tão colado?
 Anahí a fuzilou com o olhar.
 – Sou uma mulher solteira em uma sexta à noite. Meus filhos ficarão na casa do pai. Nada me impede de fazer o que eu bem entendo. E eu certamente não lhe devo explicações.
 – Não, sua roupa é autoexplicativa mesmo.
 – Olha, sua vad...
 – Ei, irmãzinha... – Poncho parou de falar quando viu Anahí.
 Dulce piscou lentamente, sentindo um mau pressentimento ao ouvir a voz do irmão enquanto ele adentrava a sala naquele momento.
 Anahí também havia parado de falar, a boca aberta no meio de um xingamento lentamente se transformando em um sorriso malicioso enquanto ela media Poncho com os olhos, de cima à baixo, como se ele fosse uma peça à venda.
 – Uau, como é possível que esse babaca tenha tantas mulheres bonitas?
 Anahí riu e Taylor e Dulce fizeram caretas idênticas, incrédulas de que aquilo estivesse acontecendo.
 – Se está falando do meu ex-marido, ele realmente é um garanhão imbecil. Prazer, Anahí Uckermann.
 – Prazer, Any. Sou Alfonso Saviñón, mas pode me chamar de Poncho. Afinal, sou o homem que vai mudar seu sobrenome.
 – Ah é? – ela arqueou a sobrancelha, desafiadora.
 – Quer que eu prove?
 – Claro. Você prova, eu provo...
 – Céus! – Taylor choramingou, atraindo a atenção dos dois. – Seu filho está aqui, Anahí! Mantenha sua amiguinha dentro do vestido.
 – Que amiguinha? – perguntou Lucas, confuso.
 – Uau, um filho? – Poncho surpreendeu-se. – Aposto que o babaca te engravidou quando eram adolescentes.
 – Na verdade são filhos. No plural. Tem outro garoto, mais velho. – Dulce adicionou e também recebeu um olhar gelado de Anahí.
 – Éramos jovens e idiotas... – ela justificou.
 – E você continuar jovem, e ele continua idiota. Algumas coisas nunca mudam. Então, Any, acha que poderia me mostrar algum lugar interessante? Estou morrendo de vontade de sair, mas não conheço a cidade...
 – Aliás, como conhece o babaca do meu ex-marido?
 – Sou irmão da Dulce.
 Anahí visivelmente engoliu sua vontade de surpreender-se. Sua expressão ainda indagava clara e mudamente “da empregadinha?”. Ela conseguiu não fazer nenhum comentário a este respeito e entrou no elevador.
 – Certo. Vamos, vou te levar a lugares inesquecíveis.
 Poncho sorriu, entrando no elevador também.
 – Não me espere acordada, mana. – sorriu ele enquanto a porta se fechava.


 


---------------
Comentários: Meninas, peço mil perdões pela demora! Achei que ninguém estivesse mais acompanhando por aqui, então deixei de lado e dei prioridade para a postagem no orkut. Mas enquanto tiver alguém lendo (e comentando, porque senão como eu vou saber que alguém está lendo?) eu continuarei a postagem aqui normalmente. Novamente, peço desculpa pela demora e agradeço quem continua lendo!


Besitos,


- A. K. Cardoso



Compartilhe este capítulo:

Autor(a): akcardoso

Este autor(a) escreve mais 5 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?

+ Fanfics do autor(a)
- Links Patrocinados -
Prévia do próximo capítulo

  Poncho dizia estar recuperado, mas Dulce duvidava seriamente disso. E temia pelo irmão. Muita coisa estava acontecendo desde que ele tivera alta – a mãe internada, a mudança drástica de casa, as desconfianças que geraram alguns atritos e ofensas... E, como se não faltasse nada, agora ele saíra com Anah&ia ...


  |  

Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 447



Para comentar, você deve estar logado no site.

  • vondyfforever Postado em 25/05/2016 - 18:56:22

    Eeeei volte

  • ✌Ask✌ Postado em 05/10/2015 - 02:19:30

  • #Pequena_Girl Postado em 20/08/2015 - 19:03:06

    Por que você não continua????

  • jhessyvondy Postado em 18/08/2015 - 01:54:13

    Dulce só pode estar louca de ir falar coma BBelinda , deixa ela saber que a Belinda tem parcela de culpa na parte dela ir embora , ai chorei com a história do Guilherme tadinho , cara ficarei bem feliz se o Christopher desse atenção pra os filhos , pq tenho quase certeza que vondy não voltar a ficar junto por um tempo :((((( cooontinua

  • #Pequena_Girl Postado em 16/08/2015 - 21:03:05

    Oi leitora nova gatita a fanfic eh vondy quer dizer no final de tudo ele vai ficar com a Dul neh

  • vondyfforever Postado em 14/08/2015 - 14:57:32

    Que bom que vc voltoooo! Amandooo postaa maiss! Que bom que eles estao se entendendoo! *-*-*-*-**-*-*-*--*-**-

  • jhessyvondy Postado em 14/08/2015 - 14:45:31

    UAL que bom qe você voltou . Naomi ra viva ? Não creio , adorei os vondys nesse astral lindo , cooooontinu

  • PamLopes Postado em 14/08/2015 - 12:05:43

    Ainda bem que vc voltou a postar adorei....continue

  • vondyfforever Postado em 09/02/2015 - 01:11:37

    Omg! Serioo nao intendi muitok o fiNal estou confusa era o Christopher que ela estava falandoAi meu deus ansiosaa para a parte 2 e ve no que vai dar. Postee logooo

  • luanavondy Postado em 08/02/2015 - 23:39:15

    ansiosíssima pela parte 2.quantas emoções eu não esperava por isso. qual será o destino dos personagens? Posta mais!! estou muito feliz por vc ter voltado a posta. amo sua web


ATENÇÃO

O ERRO DE NÃO ENVIAR EMAIL NA CONFIRMAÇÃO DO CADASTRO FOI SOLUCIONADO. QUEM NÃO RECEBEU O EMAIL, BASTA SOLICITAR NOVA SENHA NA ÁREA DE LOGIN.


- Links Patrocinados -

Nossas redes sociais