Fanfics Brasil - Capítulo 01: Tudo o que vai, volta! Uckermann ♥

Fanfic: Uckermann ♥


Capítulo: Capítulo 01: Tudo o que vai, volta!

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Dulce estava caminhando pela praça da cidade. Acabara de voltar do cemitério onde Laura e sua mãe foram enterradas.


Agora já não doía tanto. As lembranças ruins quase se tornaram saudosas. Porque apesar do inferno que a família vivera, Dulce ainda preferia tê-los de volta a sentir-se tão sozinha como se sentia naquele momento.


Lembrava-se com clareza daquela noite, três anos atrás, quando seu irmão Poncho chegara bêbado na cobertura de luxo onde ela trabalhava, avisando que recebera uma ligação do hospital dizendo que a mãe deles havia piorado. Ela não hesitara em partir para a sua cidade natal, apenas para descobrir que a situação da mãe não havia mudado em nada. Fora uma ocorrência estranha, e o hospital nunca encontrou o culpado pela tal ligação de mau gosto, mas talvez tivesse sido melhor assim.


Poncho foi voluntariamente de volta para a clínica de reabilitação, e Dulce teve algum tempo com sua mãe.


Blanca chegou até mesmo a acordar, depois de quase um mês que a filha chegara à cidade. Infelizmente, porém, dois dias depois ela faleceu.


Daniel voltara do litoral também, aparecendo no hospital no dia seguinte à chegada de Dulce. Ele fora seu porto-seguro naqueles dias. Como na adolescência, eles só tinham a eles mesmos. Também como na adolescência, Daniel acabou por ir morar na antiga casa dos Saviñón novamente. Dulce era grata pela companhia. Nunca estivera sozinha, e definitivamente não queria começar a tentar naquele lugar terrível, naquele momento terrível. Odiava a cidade, odiava a casa da família... No entanto, algo a prendia àquele lugar. Sabia que se falasse para seu melhor amigo que queria se mudar, ele arrumaria uma mala e a seguiria para onde quer que ela decidisse ir. Mas sua família, ou o que restara dela, estava ali. Não havia um lugar ao qual pertencesse mais do que sua pequena cidade interiorana.


Por isso, naquela tarde, ela estava conformada com sua vida pacata. Entre tudo que podia imaginar em seu futuro, definitivamente não esperava esbarrar com Paul Uckermann ali.


– Desculpe, senh... – ela piscou ao perceber em quem tropeçara. – senhor Uckermann?


– Ei! – ele rapidamente abriu aquele sorriso impecável.– Que prazer revê-la... Hm, Dulce, não é?


– S-sim, senhor.


– Ora, vamos. Apenas Paul, por favor. – ele pegou a mão dela, dando um dos beijos cavalheirescos que eram sua marca registrada. – Como vai, Dul?


– M-muito bem, sen... Paul. Um pouco surpresa emencontrá-lo aqui, confesso.


– Ah, você sabe, temos casa aqui perto, então acabo tendo amigos e clientes na região. Mas eu não sabia que você morava aqui. Se soubesse teria feito uma visita antes... – ele hesitou. – Fiquei sabendo que foi embora por causa de sua mãe.


– Sim. Consegui estar presente nos últimos dias dela, mas já faz quase três anos que ela faleceu.


– Sinto muito em ouvir isso.


Dulce ficou em silêncio, porque nunca sabia o que dizer quando alguém expressava seus pesares. Não era como se ela pudesse falar “tudo bem” ou “não tem problema” e soar sincera ao mesmo tempo.


– Perdão, mas preciso perguntar... por que você não voltou para a casa do meu filho? Digo, você voltou para cá pela sua mãe, certo? Mas agora... Com todo o respeito, Dulce, o que lhe prende aqui?


– Eu... – ela piscou. Não esperava essa pergunta. – Eu não tinha motivos para voltar, acho.


– Oh, nós dois sabemos que isso não é verdade. – ele abriu outro sorriso encantador. – Venha, vamos tomar um sorvete ali e conversar melhor.


Assim como Leighton, os convites de Paul não eram perguntas,eram ordens. Então, ela atravessou a rua com ele até a pequena sorveteria.


Eles se sentaram e pediram seus sorvetes, que logo foram trazidos por uma garçonete.


– Obrigado, querida. – ele sorriu e deu uma piscadela para a moça, que quase se derreteu ali mesmo. Dulce entendia e sentia pena simultaneamente. – Sua cidade é encantadora, Dulce. Mas você não parece feliz aqui. Ouso dizer até que parece desconfortável.


Dulce realmente se sentia assim, mas o fato de Paul perceber e apontar aquilo a deixou ainda mais desconfortável.


– Não parece mais o meu lugar. – se viu respondendo,antes que pudesse se conter. – É como tentar fazer uma roupa antiga servir, quando claramente não dá. Esse lugar... faz anos que não é o lugar a que pertenço. Não sei nem dizer se algum dia o foi.


Paul concordou com a cabeça, compreensivo.


– Então por que não voltou ao litoral? – insistiu ele.


– Senhor... – ela suspirou. – Paul. Eu não sei se me sinto à vontade falando disso com você. Desculpe.


– Não tem problema, querida. É só curiosidade minha, perdoe a intromissão. É que desde que te conheci, notei que você é uma moça forte e decidida. Você tem potencial para muito mais do que essa cidade oferece. No entanto, é como se você se escondesse aqui... Como se tivesse medo.


Dulce deu uma risada irônica, anasalada. Entendeu porque Taylor se apaixonara por Paul. Além do irresistível vórtice do charme dos Uckermann, ele também tinha a mania de se meter a psicólogo, assim como a amiga.


– Seu filho e eu... – disse, por fim. – Não sei exatamente explicar, porque nem eu entendo. Mas não acho que ele iria querer que eu voltasse.


– Christopher? Não vejo porque ele teria algum problema com isso. – ele tomou uma colherada de seu sorvete.


Dulce sorriu, lembrando-se de que aquele era o sabor favorito de Taylor, o que a fez se perguntar se os dois ainda estariam tendo um caso. Como não achou uma maneira sutil de perguntar, ficou em silêncio tomando seu sorvete e esperando que Paul retomasse a conversa.


– Christopher está bem. – disse ele, por fim. – E, de qualquer forma, você não precisaria voltar necessariamente para a casa dele, se isso fosse deixá-la desconfortável.


Dulce sentiu seu coração se contrair um pouco. Christopher estava bem... É claro que ele estava bem. Era um Don Juan incapaz de ser fiel e já se passara três anos desde a última vez que se viram. Se até ela já tinha seguido em frente, por que ele não teria?


– Não sei se entendo o que quer dizer, Paul.


– Quero dizer, minha cara, – ele pegou a mão dela,novamente o sorriso que conseguia tudo estampado em seus lábios. – Que não posso contratá-la para trabalhar para meu filho, de qualquer maneira. Mas eu posso oferecer um emprego. Na minha empresa.


Dulce piscou algumas vezes, enquanto ele continuava segurando uma de suas mãos e sorrindo irresistivelmente. Aquilo estava mesmo acontecendo?


– Um emprego... – repetiu cautelosamente. – Na Uckermann’s?


– Exato. – ele soltou a mão dela, voltando a remexer em seu sorvete conforme falava. – Minha querida secretária, Ruth, teve que se afastar por questões de saúde. Estou procurando uma nova secretária, de qualquer maneira. Sei que você é confiável e que merece algo melhor do que ficar presa em uma cidadezinha pequena. Então, por que não?


– Eu... – ela balançou a cabeça, tentando absorver aquilo. – Eu precisaria pensar. E mesmo que fosse, precisaria de tempo. Não tenho lugar para ficar e...


– Ah, isso não é problema. – ele cortou, empolgado. – Taylor tem ficado direto no apartamento de Christopher, desde que ele despediu a última funcionária, há alguns meses... Leighton com certeza precisa de alguém. E ela sempre gostou de você, então é quase certeza que não haverá problema.


– Eu... – ela se sentia encurralada, mas, ainda assim,algo em seu peito ascendeu, como se ganhasse vida.


A perspectiva de voltar para a vida agitada dos Uckermann era empolgante. Ela não podia negar que apesar de tudo, ainda preferia a vida deles do que sua própria cidade pacata e rotina imutável. Além disso... sentia falta de Taylor, Leighton, dos garotos.


Ela suspirou, fechando os olhos.


– Você não precisa responder agora. – ele continuou, ao que ela voltou a encará-lo. – Aqui, este é meu cartão. Vou anotar meu celular particular atrás, assim você pode falar comigo a qualquer horário. Infelizmente, estou indo embora hoje. Mas, por favor, considere minha proposta e ligue-me assim que tomar uma decisão. Suspenderei as entrevistas até lá. Torço para que eu já tenha encontrado a pessoa certa para o cargo, aqui mesmo.


Ela sorriu, pegando o cartão.


– Obrigada, Paul.


– O prazer é meu, querida.


 


...


 


– Você está louca?– Daniel olhava para a amiga como se nunca a tivesse visto.


Era noite, ele acabara de chegar e a encontrara preparando as malas. Quando ela lhe contou a razão, ele ficou incrédulo e agora tentava dissuadi-la da ideia.


– Você não pode voltar para o Litoral. E você definitivamente não pode voltar para o círculo dos Uckermann!


– Por que não? –indagou, fazendo o queixo do amigo cair.


– Por que? Sério?Você precisa mesmo perguntar? Qual o seu problema, Dul? Você já se esqueceu de tudo?


– Não. Mas eupensei bem e... Eu estou voltando, Dan. Você pode vir comigo, ou você pode ficar nessa cidade esquecida no tempo. Eu não aguento mais viver aqui, viver assim. Nessa casa que foi cenário dos meus piores pesadelos? Eu não quero isso.


– Você só pode estar brincando...


– Não estou brincando. Mas voltarei ao jogo, se for preciso. E desta vez, não sairei como perdedora. – ela sorriu, tentando encorajar o amigo. – Por favor, Dan. Você sabe que é a única coisa que me importa nessa cidade, é o único que poderia me fazer ficar... Mas eu imploro não faça isso. Eu tenho morrido mais a cada dia, todos os dias. Eu não posso ser feliz aqui.


– E você acha que a felicidade está lá? Você acha que ele estará te esperando?


– Não é sobre ele! – ela virou para encarar o amigo, ofendida. – Eu não deixei só ele lá. Lembra?


–Nenhum deles te ligou em três anos, Dulce!


– Eu também não liguei. Quem está mais errado? Não posso culpá-los... Eu deixei meus amigos, eu deixei duas crianças que dependiam de mim, e tudo isso com apenas uma carta. Eu entendo que eles tenham ficado magoados.


– Pois eu não entendo. Eles sabiam que era por causa de sua mãe. Por que ninguém te ligou para saber como as coisas estavam? Por que ninguém te deu apoio?


– Eu não sei, Dan... Mas mesmo depois de tudo isso, eu também não consegui ligar para eles, não foi? Eu tive medo da reação deles e fugi. Tive medo de ouvir a mágoa na voz deles... Pelo menos agora eu posso consertar meus erros. Pedir desculpas...


–Céus, Dulce! – ele se sentou na cama e enterrou o rosto nas mãos, irritado.


Ela se sentou ao lado dele, apoiando a cabeça em seu braço.


– Por favor, Dan. Eu só tenho você. No mundo inteiro, você é a única pessoa em quem posso confiar. Não fique bravo comigo.


Ele levantou o rosto, olhando-a com um sorriso cansado. Por fim, passou o braço pelos ombros dela, trazendo-a mais para perto.


– Eu não poderia ficar bravo com você. Não de verdade. Nem em um milhão de anos. – ele beijou a testa dela. – Você também é a única pessoa que tenho no mundo. E eu te amo.


–Então...?


– Se você quer ir, tudo bem. Não vou ficar em seu caminho... Ligue para o tal Uckermann. Pergunte se ele tem mais uma vaga na empresa. Não vou deixá-la entrar na cova dos leões sozinha.


O rosto de Dulce se iluminou com um sorriso.


– Você é o melhor, Dan! – ela se jogou no pescoço dele para abraçá-lo, ao que os dois caíram na cama, rindo.


– Eu sei. – ele riu, ao que ela revirou os olhos.


Então,ainda rindo, ele levantou o queixo dela e a beijou intensamente.


 


...


 


Já era noite. Dulce e Daniel ainda estavam entre as cobertas, abraçados. Ainda era estranho, ainda parecia errado. Ambos sabiam que aquilo não era amor, nem de longe. Mas eram duas pessoas solitárias, que não podiam contar com mais ninguém. Nenhum dos dois queria voltar para a vida de primeiros encontros — não com ninguém daquela cidade, pelo menos. E às vezes eles simplesmente precisavam de companhia.


A princípio, Dulce simplesmente precisava tirar a prova de que o sentimento que nutrira por Daniel durante a adolescência era meramente platônico; de fato, era. Ele, por sua vez, provavelmente sentia falta de Laura e de toda a história que eles nunca viveram. Era um pouco perturbador se ela pensasse muito no assunto, por isso ela evitava pensar. Ou falar sobre.


Aliás,foi assim que as coisas chegaram aonde chegaram. Um dia os dois se beijaram e, para não terem que se encarar depois, acabaram prolongando o beijo, transformando em sexo. Depois, tinham a desculpa de estarem cansados para dormirem e enrolarem a conversa mais um pouco. Na manhã seguinte, ambos fingiram que nada aconteceu.


Mas aconteceu. E aconteceu de novo. E de novo. E outra vez. Até que se tornou algo normal. Mesmo sem nunca terem conversado a respeito, porém, eles sabiam que eram apenas bons amigos...


Mas Dulce também sabia, porque conhecia o amigo há anos e não precisava de mais do que a respiração ou a tensão nos músculos dele para saber, que as coisas mudaram após o anúncio do encontro com Paul e a proposta de trabalho. Porque se eles voltariam para a casa dos Uckermann...


– Precisamos conversar. – ele disse, interrompendo o pensamento dela enquanto tornava seus devaneios reais.


– Eu sei. Eu só... não quero.


– Eu sei pela maneira que você me beija que você sente o mesmo que eu. Somos amigos, ótimos amigos. Mas nós dois também sabemos que isso não está certo. E sabemos que você sentia algo por Christopher. Se vamos para o litoral, precisamos parar de fazer isso. Precisamos voltar para a realidade... porque isso que estamos fazendo, somos apenas nós dois nos iludindo e passando o tempo.


– Você tem noção de que soaria como um completo babaca se estivesse errado? – ela riu.


– Eu não estaria. Eu te conheço há mais de dez anos. Eu lembro como você era quando achava que gostava de mim... E mesmo naquela época, eu sabia que você não gostava.


– Ah, é? Porque nem eu sabia, naquela época.


– Para você ver como te conheço bem!


–Idiota.


– Já ligou para ele?


–Paul? Não, ainda não. Está tarde.


– Não está, não. Não se esqueça que em lugares normais as pessoas dormem mais tarde.


Dulce revirou os olhos, mas se estendeu por cima de Daniel para pegar seu celular e o cartão que Paul lhe dera.


A chamada foi atendida após o segundo toque.


– Boa noite, Dul.


– Como você sabia que era eu?


Ele riu.


– Eu não sabia, querida. Mas todos que me ligam nesse número são amigos ou família, se aparece um número desconhecido, eu só posso ter a esperança de que seja você.


– Ah certo...


–Então, já tomou uma decisão?


–Depende. – ela olhou para Daniel, em cujo tronco ela se apoiava. – Seria possível arrumar mais uma vaga? Eu tenho um amigo... somos quase família. Não posso deixá-lo para trás.


–Considere feito. Ele pode morar comigo ou com o Christian até arrumar um lugar. Mais alguma coisa?


– Não.– Dulce ficou surpresa com a rapidez dele em aceitar seu pedido. – Não, era só isso.


– Ótimo. Então, estão contratados. Ligarei para o motorista de minha esposa, que fica aí na região. Amanhã de manhã ele os pegará, ok? Assim vocês chegam de noite, a tempo para a festa.


– Festa?


– Ah, sim. Tenho o vestido perfeito para você, pedirei para Nora entregar ao motorista para você poder se trocar. Não se preocupe, minha querida. Nos vemos amanhã de noite, sim?


– Sim, senhor.


– Boa noite, Dul.


– Boa noite, Paul. – ela apertou a tecla para encerrar a ligação e olhou para Daniel. – Estamos contratados. Prepare suas malas, amanhã de manhã o motorista dele vem nos buscar... E chegaremos direto em uma festa.


–Bem-vinda de volta à vida dos Uckermann, não é?


Dulce respirou fundo, na esperança de que aquele ar também a munisse da coragem que precisaria para enfrentar o que quer que estivesse por vir. Daniel sentou-se e beijou a amiga nos lábios pela última vez. Então, levantou-se e pegou uma mala para começar a arrumar suas coisas.


– Então...o que faremos sobre Poncho? – perguntou ele.


– Porque faríamos algo?


Daniela olhou repreensivo, mas ela deu de ombros.


– Ele está bem, Daniel. Ele escolheu ficar na clínica. Ele escolheu morar lá e ser voluntário. Ele arrumou um trabalho ajudando a cuidar de pessoas como ele. Ele não é mais o adolescente irresponsável que matou a nossa menina. O que você quer que eu diga? O que você quer que eu faça?


– Deveríamos pelo menos avisá-lo, não acha?


– Não. De jeito nenhum! Se fizermos isso... Poncho vai ficar com medo de ser descoberto. Ele vai viver olhando por cima do ombro e isso vai fazê-lo ter uma recaída... Ou pior, ele vai querer ir conosco.


– Você deveria dar um voto de confiança a ele, Dul.


– Não quando o risco é maior que a recompensa.


– Você que sabe. Mas esteja ciente de que ele pode descobrir a qualquer momento.


– Quantos meses faz que ele não nos visita, Dan? Ficaremos bem. Só precisamos vir visitá-lo daqui a algumas semanas... Ficará tudo bem.


Daniel deu de ombros, sem querer prolongar a discussão, mas Dulce quase podia ouvir a dúvida dele ecoando em sua própria mente: Ficará mesmo?


 


...


 


Naquela noite, Daniel dormiu normalmente, como era esperado. Dulce, porém, teve que se contentar com cochilos entrecortados, pensamentos turbulentos e revirar-se na cama.


Quando a manhã começou a despontar no céu, ela se levantou para preparar o café. Daniel se juntou a ela algum tempo depois, mas apenas desejou um bom dia. Enquanto comiam, permaneceram em um silêncio cheio de dúvidas. Foram terminar de se arrumarem e cedo demais ouviram um carro buzinar na frente da casa. Se entreolharam e Daniel se levantou para pegar as bolsas, enquanto Dulce ia até o motorista.


– Senhorita Dulce María Saviñón? – perguntou o motorista, saindo do carro, ao que ela confirmou.


Ele foi até o porta-malas e pegou um cabide com capa, abrindo o zíper e mostrando o vestido, como se precisasse da aprovação dela. Sem saber o que fazer, ela acenou com a cabeça e sorriu. Ele entregou a roupa a ela e foi até Daniel, que fechava a casa, para ajudá-lo com a bagagem.


Dulce decidiu que não havia nada para fazer ali fora, então entrou no carro e sentou-se, deixando o ar fresco do ar condicionado do veículo acariciar sua pele. Infelizmente, não era o suficiente para confortá-la.


Achou que voltar para o litoral era a melhor coisa que podia fazer, mas as dúvidas começaram a encontrá-la antes mesmo de começar a descida para Santos.


Fechou os olhos e suspirou. Não queria pensar no que a esperava. Só queria um recomeço. Um lugar distante e diferente daquela cidade que ela tanto desprezava.


Daniel tomou uma de suas mãos, mas ela não abriu os olhos. Apenas abriu um pequeno sorriso para o caso de o amigo estar preocupado. Ele logo se aproximou e passou um braço por seus ombros, trazendo-a para dentro do calor confortável dos braços dele.


 


...


 


O motorista os levou até o salão em que a tal festa dos Uckermann ocorreria. Ela não sabia do que se tratava, mas decidiu confiar em Paul e colocar a roupa que ele lhe enviara. Daniel, que já estava vestido socialmente, esperou-a do lado de fora do carro, no estacionamento, enquanto Dulce se trocava dentro do carro mesmo.


Afinal, se você corre o risco de encontrar algum Uckermann a qualquer instante, melhor estar vestida propriamente para isso.


Por sorte, a maquiagem leve que fizera ainda estava relativamente intacta, porque de qualquer forma não havia tempo de refazer. Ela simplesmente retocou o batom e inalou profundamente algumas vezes, tentando forçar seus músculos a se descontraírem e seu coração a desacelerar. Foi inútil, é claro.


Quando ela saiu do carro, o olhar de Daniel a validou e acalmou ao mesmo tempo. Pela expressão de grata surpresa que o amigo exibia, a roupa lhe caíra bem. E aquele sorriso que ela poderia desenhar de olhos fechados em um quarto escuro eram o melhor amuleto que poderia pedir. Conseguiria passar pelo que fosse tendo aquele homem ao seu lado.


– Você está maravilhosa, Dul. Mas está pronta para voltar à rotina louca dos Uckermann? – perguntou ele.


– Nunca se está pronto para isso. – ela passou seu braço por dentro do braço que ele lhe estendia. – Mas vamos lá.


 


...


 


Na porta alguém pegava o nome dos convidados, conferindo em uma lista. Dulce sentiu seu estômago dar uma cambalhota. Aquilo começava a parecer cada vez mais real. Precisava de uma taça de champanhe urgentemente.


Ao entrar no salão, Dulce sentiu a temperatura cair terrivelmente. Seu nervosismo estava levando a melhor. Olhou em volta, o mar de rostos não significava nada para ela, eram todos desconhecidos. Precisava de alguém familiar antes que a ideia de fugir de volta para casa começasse a ser tentadora demais.


– Dulce – a voz de Paul a saudou alegremente, e ela se virou grata para encará-lo. –, você está absolutamente deslumbrante. O vestido lhe caiu ainda melhor do que eu esperava!


Ela olhou para a própria roupa, em reflexo. O vestido realmente era lindo, com o corpo nude preenchido com rendas no mesmo tom de azul marinho da saia curta. Seu cabelo contrastava perfeitamente com a cor, chamando ainda mais atenção. Mesmo um pouco mais exposta do que gostaria, reconhecia que se sentia poderosa naquela roupa.


– Muito obrigada. Paul, este é Daniel Lautner.


– Ah, sim! Um prazer conhecê-lo, meu caro. Venha, vou apresentá-lo a algumas pessoas... – ele virou-se para Dulce e pegou as mãos dela, apertando-as de leve. – Você se sairá bem, já conhece o ambiente... Procure por Taylor ou os meus filhos, se enturme novamente. Espero vê-la depois, mas em último caso, nos vemos na empresa, ok?


E antes que ela pudesse responder, Paul saiu levando um Daniel que pedia desculpa com os olhos. Automaticamente, ela endireitou a postura e passou a mão no vestido, alisando um amassado imaginário. Decidida, marchou em direção ao bar, detestando-se por estar em tal estado de nervos.


– Por que está tão nervosa? – a voz lhe atingiu como uma chicotada antes mesmo que ela virasse o rosto para reconhecer a pessoa ao seu lado.


Anahí a encarava, seus grandes olhos azuis repletos de curiosidade, mas sem a malícia que sempre destilara ao se dirigir à empregada. Por outro lado, Anahí poderia ter dito a pior das ofensas, e Dulce ainda não poderia impedir o alívio que era reconhecer um rosto na multidão.


A ruiva deu de ombros e se ateve a questão mais importante, procurando por pistas que, no fundo ela sabia, já teriam desaparecido de vista há tempos.


– Como você está, Anahí?


Para sua surpresa, a loira piscou diversas vezes, então riu e aproximou-se mais para sussurrar-lhe.


– Perdão. – o alerta ecoou no cérebro da ruiva. Desde quando Anahí pedia perdão? – Já nos conhecemos? Eu não me lembro de você...


Diversas emoções percorreram o corpo de Dulce junto com um calafrio inesperado. Aquilo estava errado, totalmente errado.


– E-eu...


– Mãe, o Guilherme... – mas antes que pudesse terminar a frase, o garoto viu com quem a mãe conversava e parou subitamente.


– Ei... Ei, Lu. – era difícil conter o aperto em seu peito e as lágrimas de culpa e saudade que queriam se formar. – Como você cresceu! Lembra-se de mim?


Lucas continuava olhando-a como se não pudesse acreditar no que via. Mas não era alegria que seus olhos exibiam... era traição. O rancor e a dor do silêncio do garoto a acertaram mais do que qualquer palavra poderia.


– Eu tenho muito o que te explicar... – começou, tentando aproximar-se, mas ele deu um passo para trás em resposta.


Dulce suspirou e se endireitou novamente. Anahí olhava do filho para a ruiva em confusão.


– Ei, pirralho! – Guilherme deu um peteleco na cabeça do irmão mais novo. – Eu mandei você ficar quieto, não mandei?


Vendo a falta de reação de Lucas, o olhar do mais velho seguiu e encontrou o que o deixara em transe.


– Dulce. – a forma ácida como ele pronunciou seu nome a fez desviar o rosto. – O que ela está fazendo aqui?


– Eu não sei, Guille... Eu não lembro dela. – Anahí suspirou e abaixou a voz. – Quem é ela?


O garoto demorou um pouco para responder. Dulce sentia o olhar duro dele lhe cravejando enquanto formulava a resposta.


– Ninguém, mãe. – respondeu por fim. – Vamos, Lucas.


Conforme os dois se afastaram, Dulce pegou sua bebida e virou de um gole, a queimação do álcool em sua garganta combatendo a queimação das lágrimas que queriam se formar em seus olhos.


– Estranho. Eles não reagem assim às ex-namoradas do meu ex-marido. Perdoe-me pela indiscrição, mas, sério, quem é você?


Ela genuinamente não sabia o que responder àquela pergunta, então decidiu circular pelo ambiente.


– Nos vemos mais tarde, Anahí. – respondeu tentando sorrir, enquanto pegava uma taça de champanhe e caminhava para o mais longe que podia.


Cada parte de seu corpo estava arrepiado pela agonia de estar ali. Sentia-se impotente. Sabia que devia explicações às pessoas que deixara para trás, mas não estava pronta para lidar com aquele tratamento gélido.


Talvez tivesse sido uma má ideia voltar. Talvez tivesse sido uma péssima ideia, a pior de todas...


Caminhando solitária e sem direção por entre as pessoas risonhas, ela não sabia mais se queria ou temia encontrar outro conhecido. Seus cálculos para voltar ao litoral incluíam apenas deixar sua cidade, mas havia muito mais que ela se esquecera de considerar. Agora era tarde. Só podia fazer o que aprendera e a principal regra de sobrevivência entre os Uckermann — fingir até o último fio de cabelo.


– Dulce?


Instintivamente, a ruiva virou o rosto procurando pela dona da voz.


– Ei, Tay...


– Lucas me disse... – ela parecia atordoada conforme se aproximava com Leighton em seu encalço. – Você realmente está aqui.


– Sim. Daniel também. Está em algum lugar com Paul...


A careta que Taylor tentou disfarçar fez Dulce abrir um sorriso sincero. Talvez não estivesse tudo tão perdido assim.


– Ei, Leighton. – Dulce virou-se para a herdeira que a observava em um silêncio atípico. – Agradeço muito por me deixar trabalhar na sua casa. Você vai desfilar hoje?


– Eu o quê? – Leighton ergueu as sobrancelhas, surpresa.


– P-Paul... – Dulce sentia-se como em um daqueles sonhos em que você está correndo sem sair do lugar. – Paul me disse que... Eu... Perdão. Eu...


– Você precisa virar essa champanhe imediatamente. – Leighton foi ao lado dela e enlaçou o próprio braço no de Dulce. – Vamos, temos que pegar algo mais forte também. Você vai precisar.


As três voltaram ao bar, mas por sorte Anahí estava em um canto distante. Leighton pediu bebidas enquanto Taylor olhava para a ruiva como se tentasse decifrá-la, ou como se ela pudesse se dissolver em pleno ar a qualquer instante.


– Você pelo menos sabe onde raios se meteu, Dulce?


Ela olhou para Taylor, confusa. Leighton deu uma meia risada anasalada e balançou a cabeça para Taylor.


– Deixe-a beber antes. Confie em mim, será melhor.


– Não vá embebedá-la, Lê. Você sabe que esse lugar já está prestes a desmoronar como está. Não precisamos de mais shows à parte.


– Ela não vai fazer confusão. Não é, Dul? – a pergunta em tom de ameaça a confortou, e ela começou a perceber que devia estar realmente desesperada se as piores coisas a faziam tão bem. – Ótimo. Vire. Você também, Tay.


Ambas pegaram as bebidas que a irmã de Christopher oferecia e obedeceram-na.


– Então... Daniel está aqui? – Taylor perguntou, sem olhá-la.


– Sim. Com Paul.


– Inacreditável...


As três estavam apoiadas lado a lado contra o balcão do bar.


– Taylor, eu gostaria de expl...


– Shiu, shiu, shiu! – Leighton endireitou-se de um salto, sorrindo e olhando para Taylor. – É agora.


A herdeira virou para pedir mais bebidas, o que começava a incomodar Dulce. E a loira abriu o maior dos sorrisos, com algo travesso brilhando em seu olhar.


– Vocês estão bêbadas?


– Nenhuma bebida é o suficiente no dia do apocalipse. – Taylor disse sombriamente. – Céus, eu estou tão morta agora!


– Do que vocês...


– A música, a música! – Leighton cortou apressada e Dulce prestou atenção nos acordes segundos antes de a voz de Taylor sair pelo salão.


Conforme a voz começava a ser reconhecida e a letra a fazer sentido, algumas pessoas se moviam procurando Taylor, outras procurando...


Então, Dulce viu. Do lado oposto do salão, o sorriso de Belinda caia aos poucos e ela esquadrinhava o local com olhos coléricos em busca de Taylor. Alguém segurou o braço dela, impedindo-a de sair derrubando mesas e arrancando cabeças. Christopher era a pessoa que segurava o braço dela. Em público, em meio ao salão lotado. E ninguém parecia achar aquilo nem remotamente estranho.


 


She underestimated just who she was stealing from


(Ela subestimou a pessoa de quem ela estava roubando)


She`s not a saint and she`s not what youthink


(Ela não é uma santa e ela não é o que você acha)
She`s an actress, whoa


(Ela é uma atriz, whoa)
But she`s better known for the thingsthat she does


(Mas ela é mais conhecida pelas coisas que ela faz)
On the mattress, whoa


(Na cama, whoa)
Soon she`s gonna find


(Logo ela descobrirá que)
Stealing other people`s toys on theplayground


(Roubando os brinquedos dos outros no playground)
Won`t make you many friends


(Não fará muitos amigos)
She should keep in mind, she should keepin mind


(Ela deveria ter em mente, ela deveria ter em mente)
There is nothing I do better than revenge


(Que não há nada que eu faça tão bem quanto revidar)


 


Belinda encontrou Taylor, que sorria travessa, respondendo o olhar diretamente. Christopher suspirou e balançou a cabeça com censura para a loira, mas logo a ruiva ao lado da amiga roubou sua atenção. Os olhos deles se encontraram daquela forma que parece só acontecer em filmes, quando os barulhos ao redor deixam de existir, e ela sentiu o momento em que ele prendeu a respiração. Ambos queriam, mas não conseguiam desviar o olhar. Então, a música de Taylor os trouxe a realidade novamente.





 


She lives her life like it`s a party


(Ela vive como se a vida fosse uma festa)
And she`s on the list


(E ela estivesse na lista)
She looks at me like I`m a trend


(Ela olha para mim como se eu fosse uma tendência)
And she`s so over it


(Que ela acha ultrapassada)
I think her ever present frown


(Eu acho que a careta constante dela)
Is a little troubling


(É um pouco preocupante)
And she thinks I`m psycho


(E ela acha que eu sou uma psicopata)
`Cause I like to rhyme her name withthings


(Porque eu gusto de rimar o nome dela com coisas)
But sophistication isn`t what you wear


(Mas sofisticação não é o que você veste)
Or who you know


(Ou quem você conhece)
Or pushing people down


(Ou derrubar as pessoas)
To get you where you wanna go


(Para chegar aonde você quer)
They didn`t teach you that in prep school


(Eles não te ensinaram isso na escola)
So it`s up to me


(Então cabe a mim)
But no amount of vintage dresses gives you dignity


(Mas nenhuma quantidade de vestidos vintage te dará dignidade)


 


Taylor levantou sua taça em um brinde naquela frase, enquanto cantarolava, e Belinda quase entrou em combustão espontânea. Ela se virou, reclamando algo com Christopher, que tentava com todas as suas forças não olhar para as três mulheres do outro lado do salão.


Paul logo se juntou aos dois, tentando pegar o braço de Belinda e acalmá-la, levá-la para algum lugar menos visível, mas ela se desvencilhou. Paul a segurou novamente, com mais força, e cochichou-lhe algo. Por fim, as mãos dela indicaram rendição e ele se afastou do casal.





 I`m just another thing for you to roll your eyes at, honey


(Eu só outra coisa para a qual você revira os olhos, querida)
You might have him but haven`t you heard


(Você pode tê-lo, mas você não sabe?)
I`m just another thing for you to roll your eyes at, honey


(Eu sou só outra coisa para a qual você revira os olhos, querida)
You might have him but I always get the last word


(Você pode tê-lo, mas eu sempre tenho a última palavra)


 Belinda suspirou pesadamente e colocou as mãos na nuca de Christopher. Ele pareceu um pouco mais tranquilo e envolveu a cintura dela em resposta. Ela se aproximou e beijou-o.


Dulce não podia desviar os olhos, como quando se passa perto de um acidente e apesar de querer desviar os olhos continuar hipnotizado pela cena catastrófica.


Após separarem-se, Belinda lançou um último olhar de descaso e desafio para Taylor e saiu de vista. Christopher olhou para o lado das três novamente também, mas sua expressão era de decepção. Dulce não sabia se tinha a ver com Leighton e a música de Taylor, ou se era direcionado a ela própria. Talvez um pouco dos dois. Então, ele seguiu na mesma direção que Belinda fora.


 


And do you still feel like you know what you`re doing?


(E você ainda acha que sabe o que está fazendo?)
`Cause I don`t think you do, oh


(Porque eu acho que não que você saiba, oh)
Do you still feel like you know what you`re doing?


(Você ainda acha que sabe o que está fazendo?)
I don`t think you do, I don`t think you do


(Porque eu não acho que você saiba, eu não acho)
Let`s hear the applause


(Vamos ouvir os aplausos)
C`mon, show me how much better you are


(Vamos lá, me mostre o quanto você é melhor)
See, you deserve some applause


(Viu, você merece os aplausos)
`Cause you`re so much better


(Porque você é tão melhor)
She took him faster than


(Ela o levou mais rápido)
You could say sabotage


(Do que você poderia dizer ‘sabotagem’)


 


– A festa acabou, meninas. – anunciou Paul, que aparecera ao lado de Taylor. Assim como Belinda, ela se desvencilhou da mão dele em seu braço. Diferente da outra, porém, ela saiu sem esperar que ele dissesse mais nada.


Leighton seguiu a amiga, sem olhar para o pai, e Dulce soube que tinha duas escolhas. Para o seu próprio bem, seguiu as outras, lançando um olhar de desculpas para Paul, que apenas acenou com a cabeça para que ela não se preocupasse.


Aquilo fora pior do que imaginara... em vários níveis.


Oque acontecera com os Uckermann nos últimos três anos? Porque tudo parecia estar de cabeça para baixo. E se pretendia seguir ali, ela teria que se apressar em atualizar nas regras do jogo.



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Autor(a): akcardoso

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O trajeto de carro até o apartamento de Leighton foi silencioso. A mais velha dos filhos de Paul foi no banco do passageiro, ao lado de seu motorista, com quem conversava animadamente, deixando Dulce e Taylor atrás. A loira ainda ostentava um pequeno sorriso, mas mantinha-se calada. A ruiva, por sua vez, tinha medo de puxar assunto. Havia tanto o que ser dito q ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 447



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  • vondyfforever Postado em 25/05/2016 - 18:56:22

    Eeeei volte

  • ✌Ask✌ Postado em 05/10/2015 - 02:19:30

  • #Pequena_Girl Postado em 20/08/2015 - 19:03:06

    Por que você não continua????

  • jhessyvondy Postado em 18/08/2015 - 01:54:13

    Dulce só pode estar louca de ir falar coma BBelinda , deixa ela saber que a Belinda tem parcela de culpa na parte dela ir embora , ai chorei com a história do Guilherme tadinho , cara ficarei bem feliz se o Christopher desse atenção pra os filhos , pq tenho quase certeza que vondy não voltar a ficar junto por um tempo :((((( cooontinua

  • #Pequena_Girl Postado em 16/08/2015 - 21:03:05

    Oi leitora nova gatita a fanfic eh vondy quer dizer no final de tudo ele vai ficar com a Dul neh

  • vondyfforever Postado em 14/08/2015 - 14:57:32

    Que bom que vc voltoooo! Amandooo postaa maiss! Que bom que eles estao se entendendoo! *-*-*-*-**-*-*-*--*-**-

  • jhessyvondy Postado em 14/08/2015 - 14:45:31

    UAL que bom qe você voltou . Naomi ra viva ? Não creio , adorei os vondys nesse astral lindo , cooooontinu

  • PamLopes Postado em 14/08/2015 - 12:05:43

    Ainda bem que vc voltou a postar adorei....continue

  • vondyfforever Postado em 09/02/2015 - 01:11:37

    Omg! Serioo nao intendi muitok o fiNal estou confusa era o Christopher que ela estava falandoAi meu deus ansiosaa para a parte 2 e ve no que vai dar. Postee logooo

  • luanavondy Postado em 08/02/2015 - 23:39:15

    ansiosíssima pela parte 2.quantas emoções eu não esperava por isso. qual será o destino dos personagens? Posta mais!! estou muito feliz por vc ter voltado a posta. amo sua web


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