Fanfics Brasil - 1 O homem perfeito - vondy - adaptada

Fanfic: O homem perfeito - vondy - adaptada


Capítulo: 1

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Esse primeiro capítulo vocês com certeza vão achar estranho... mas depois vai fazer todo o sentido...


 


— Isto é ridículo! —Agarrando com força a bolsa até que os nódulos se puseram brancos, a mulher dirigiu uma mirada furiosa ao diretor da escola, sentado do outro lado da mesa. — Disse que não tocou o hámster, e meu filho não mente. Faltaria mais! 
J. Clarence Pascual levava seis anos de diretor da Escola Média Ellington, e antes disso vinte anos de professor. Estava acostuma-do a tratar com pais enfurecidos, mas aquela mulher alta e magra que estava sentada frente a ele e o menino tão pacífico que ocupava outro assento junto a ela o estavam pondo nervoso. Odiava empregar linguagem vulgar, mas é que os dois eram esquisitos. Embora sabia que era perder o tempo, tentou raciocinar com ela.
— Havia uma testemunha...
— A senhora Whitcomb lhe obrigou a dizer isso. Jess jamais teria feito mal a esse hámster, não é verdade querido?
— Não, mãe. —O pequeno o disse com uma voz quase sobrenatural, de tão doce que era, mas seus olhos mostravam uma expressão fria quando se posaram sem piscar no senhor Pascual, como se estivessem sopesando o efeito que causava nele aquela negativa.
— Vê-o? Já o havia dito! —exclamou a mulher em tom triunfante.
O senhor Pascual tentou de novo.
— A senhora Whitcomb...
— ... não gostou de Jess desde o primeiro dia de colégio. É ela a quem você deveria interrogar, não a meu filho. —A mulher tinha os lábios apertados de raiva. — Faz duas semanas falei com ela da imundície que está metendo na cabeça dos meninos, e lhe disse que enquanto eu não pudesse controlar o que dizia a outros meninos, não penso permitir que fale de —lançou um olhar fugaz ao Jess— sexo a meu filho. Esse é o motivo pelo que tem feito isto.


— A senhora Whitcomb conta com um excelente histórico como professora. Ela jamais faria...
— Pois o tem feito! Não me diga o que não faria essa mulher quando é evidente que o tem feito! Olhe, não me surpreenderia o mínimo que ela mesma tivesse matado ao hámster!
— Esse hámster era seu mascote pessoal, trouxe-o para a escola para ensinar aos meninos o de...
— Mesmo assim pôde matá-lo. Deus Santo, se não era mais que um rato grande —disse a mulher em tom depreciativo. — Até no caso de que o tivesse matado Jess, o qual não é certo, não entendo que se armou tanta bulha. Meu filho está sendo açoitado —recalcou a palavra — e eu não penso consenti-lo. Ou se encarrega dessa mulher, ou o farei eu por você.
O senhor Pascual se tirou os óculos e limpou as lentes devagar, só para ter algo que fazer enquanto tratava de pensar em um modo de neutralizar o veneno daquela mulher antes de que ela estragasse a carreira de uma boa professora. Raciocinar com ela ficava descartado; até aquele momento não lhe tinha permitido terminar nenhuma só frase. Olhou ao Jess; o menino continuava observando-o fixamente, com uma expressão angélica que contra-dizia por completo aquela frieza de seus olhos.
— Posso falar com você em privado? —perguntou à mulher.
Ela pareceu desconcertada.
— Para que? Se está pensando que vai me convencer de que meu querido Jess...
— Será só um momento —a interrompeu o diretor ocultando a leve sensação de alívio que experimentou ao ser ele quem interrompesse dessa vez. A julgar pela expressão da mulher, a esta não gostou absolutamente. — Por favor. —Acrescentou esse rogo, embora quase lhe custava ser educado.
— Está bem — repôs ela a contra gosto. — Jess, querido, vá lá fora e fica ao lado da porta, onde possa ver-te.
—Sim, mãe.


O senhor Pascual se levantou e fechou firmemente a porta depois de que o menino saíra. A mulher pareceu alarmar-se ante aquele giro dos acontecimentos, por não poder ver seu filho, e se levantou pela metade da cadeira.
— Por favor —repetiu o diretor. — Sente-se.
— Mas Jess...
— Não lhe acontecerá nada. — Outra interrupção que se marcava por sua parte, pensou. Voltou para sua poltrona, tomou uma caneta e deu com ele uns golpezinhos sobre a sua mesa, enquanto tentava pensar em uma forma diplomática de expor o tema. Então compreendeu que não existia nenhuma forma que fosse o bastante diplomática para aquela mulher, e decidiu entrar em tumba aberta. — Pensou alguma vez em levar ao Jess a que o veja um profissional? Um bom psicólogo infantil...
— Está louco? —disse ela com o rosto convulso em um acesso instantâneo de raiva, ao mesmo tempo que ficava em pé. — Jess não necessita nenhum psicólogo! Não lhe acontece nada. O problema o tem essa zorra, não meu filho. Deveria haver imaginado que esta entrevista ia ser uma perda de tempo, que você ia ficar do lado dela.
— Eu desejo o melhor para o Jess —disse ele, conseguindo manter um tom de voz calmo. — O hámster é só o último incidente que teve lugar, não o primeiro. Vieram-se dando uma série de condutas perturbadoras que constituem algo mais que simples uma travessura...
— Outros meninos estão com ciúmes dele —acusou a mulher. — Sei que esses pequenos descarados se metem com ele e que essa vadia não faz nada para evitá-lo ou protegê-lo. O menino me conta tudo. Se você acha que vou permitir que fique neste colégio para que o acossem...
— Tem você razão —replicou o diretor brandamente. No tabuleiro de pontuações as interrupções dela superavam em número às suas, mas esta era a mais importante.


— Provavelmente o melhor seja trocar de colégio, chegados a este ponto. Jess não se encaixa aqui. Posso lhe recomendar alguns bons colégios privados...
— Não se incomode —saltou ela ao mesmo tempo que se encaminhava rapidamente para a porta. — Não vejo por que pensa você que eu vou confiar em uma recomendação dela. — E com aquela última surriada, abriu a porta de um puxão e agarrou ao Jess pelo braço — Vamos, querido. Já não vais ter que retornar nunca mais a este lugar.
— Sim, mãe.
O senhor Pascual se aproximou da janela e observou como mãe e filho se introduziam em um velho Pontiac de duas portas, amarelo e com manchas marrons de óxido que picavam o lado esquerdo do pára-choque dianteiro. Havia resolvido seu problema imediato, o de proteger à senhora Whitcomb, mas era muito consciente de que o problema mais importante acabava de sair andando de seu escritório. Que Deus ajudasse aos professores do próximo colégio ao que fosse parar o Jess. Possivelmente mais adiante alguém tomasse cartas no assunto e enviasse ao menino a um profissional antes de que estivesse tudo perdido... a não ser que já fosse muito tarde.
Dentro do automóvel, a mulher conduziu furiosa, em um tenso silêncio, até que perderam de vista o colégio. Então se deteve junto a um sinal vermelho e, sem prévio aviso, propiciou ao Jess uma bofetada com tal força que a cabeça lhe golpeou contra o vidro.
— Maldito idiota —disse apertando os dentes. — Como te atreve a me humilhar assim! A que me chamem ao escritório do diretor e me falem como se fosse imbecil. Já sabe o que te espera quando chegarmos a casa, não? Não sabe? —As últimas palavras as pronunciou gritando.


— Sim, mãe. —O menino mostrava um semblante inexpressivo, mas em seus olhos brilhava algo que quase poderia ser um prazer antecipado.
Sua mãe agarrou o volante com ambas as mãos, como se tentasse estrangulá-lo.
— Vais ser perfeito, embora tenha que lhe ensinar isso a golpes. Ouve-me? Meu filho será perfeito.
— Sim, mãe —respondeu Jess.


 


Comentem plixxx *-*


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Autor(a): natyvondy

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 109



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  • vondyatrevidinha Postado em 20/06/2012 - 13:56:22

    Oh My Gosh! A Dulce é diva até na hora de brigar!kkkkk... mas esse bêbado é mt folgado mermo (não q tds os outros não sejam u.u) #PostaMais!

  • vondyatrevidinha Postado em 20/06/2012 - 13:56:22

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  • vondyatrevidinha Postado em 20/06/2012 - 13:56:21

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  • vondyatrevidinha Postado em 20/06/2012 - 13:56:21

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  • vondyatrevidinha Postado em 20/06/2012 - 13:56:20

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  • vondyatrevidinha Postado em 20/06/2012 - 13:56:20

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