Fanfic: Pretty Reckless | Tema: Laliter

Vamos aos esclarecimentos... essa é mais uma web laliter que eu to escrevendo em junto com a Georgie (Geórgia Brünt) minha amiga. Espero que gostem... e comentem por favor!!

P.O.V Mary.

Acordei com ela vestida gritando no meu ouvido pra me fazer levantar. Também, já tinha passado da hora e meu despertador estava quebrado no chão. Que pena, eu até gostava dele! Droga! Tínhamos que estar no parque em quinze minutos. Peguei meus jeans que estavam no chão e vesti uma regata branca, que até podia ser bonitinha se não estivesse manchada de café. Amarrei uma camisa xadrez na cintura enquanto ela guardava na bolsa os seus remédios e a chave de casa.

Ela agitou os cachinhos e balançou a cabeça para o meu café irlândes (café e whisky) enquanto bebia o seu expresso.

– Você não tem medo de contrair cirrose, Mary?

– E você?? Maior pirralha viciada em cafeína! – Bowie sabe ser chata como ninguém. Quando eu tinha quinze anos e soube que minha melhor amiga, irmã e tutora tinha morrido no parto e me deixado sozinha e com a sua bebezinha cuidar, tinha esperança de pelo menos me dar bem com ela! Coisa que quase nunca acontece, Ok! NUNCA acontece, mas mesmo assim, eu gosto muito da pestinha.

– Já te disseram que você anda feito um macaco? – Ela diz, interrompendo meus pensamentos.

– E quem aqui pediu opinião pro jardim de infância?

– Amanhã estarei na primeira série! – responde com um sorriso irônico e me dá a mão pra atravessar a rua.

– Então amanhã eu pergunto o que você acha! – Ela ia responder quando Sam se aproximou de nós duas me puxando pra perto dele.

– Bom dia linda! – Ele disse com um sorriso safado me dando um beijo daqueles.

– Por que vocês não arrumam um quarto?

– Por que vocês não arrumam um quarto? – Disse com a voz mais fina que pude imitando o jeito que ela falava. Sam passou a mão sobre a cabeça dela bagunçando o cabelo que ESTAVA todo certinho.

– Hey hot, tá querendo seduzir Nova York inteira com essa blusa transparente gata? – Ele voltou a me beijar.

– Vocês usam preservativos? – Sam parou de me beijar na mesma hora.

– O que você sabe sobre isso? – Perguntou meio confuso depois de um comentário desses.

– Eu me lembro de quando a Mary estava preocupada, vocês não usaram e a menstruação dela estava atrasada. O que acontece quando as pessoas não usam preservativos? – Depois disso minha cara foi parar no chão, minha única solução foi mudar de assunto o mais rápido que pude.

– Então... o que queria falar comigo?

– Bom... andei conversando com o nosso agente e adivinha? – Me puxou até um banco me fazendo sentar.

– Nem ideia!

– Vamos gravar um Disco! – Falou isso com um sorriso de orelha a orelha.

– Não brinca! Sério mesmo?

– Claro que é sério gata! Hoje a gente vai pro estúdio lá de casa ensaiar pra turnê, nenhum problema pra você né?

– As aulas da Bowie começam amanhã, ela não vai aguentar ficar esperando.

– Mary, anda! – Disse encarando o relógio.

– Larga mão! Você deixa ela dormindo no meu quarto, o estúdio fica no andar de cima!

– Mary falta apenas um minuto para dar o horário do meu remédio!

– Hoje tudo bem Sam, mas acho que eu vou precisar deixar ela com alguém quando a gente for ensaiar até tarde.

– Vamos logo, vamos logo, Mary nós precisamos ir! Vamos logo! Agora!

– Não faz diferença! Só não pode deixar de aparecer no ensaio! Sabe que é importante!

– Mary, seu eu não me medicar na hora certa vou ter uma crise!

– Tá. Eu apareço por lá então

– Anda, anda, anda, anda, anda, anda!

– Relaxa Bowie! – Sam gritou com ela depois de tanta perturbação. – Trouxe seu remédio?

– Trouxe, pois sabia que a Mary não me levaria pra casa a tempo de tomá-los.

– Ótimo! Toma esse dinheiro e vai comprar uma água pra você! – Ela saiu contrariada e eu e Sam continuamos conversando. Dessa vez em paz!

P.O.V. Peter

É o último dia do verão, estou sentindo frio. O problema em si não é a privação de calor, mas a falta de alguém para me abraçar, alguém que ande de braços dados junto a mim, alguém pra dividir um cigarro. Não consigo pensar em nada mais melancólico do que a minha caminhada solitária pelo Central Park.

Não que eu não tenha alguém, estou com a minha namorada, Claire, há dois anos e ela é uma ótima pessoa. A questão com a Claire é que ela revoga a mim com uma facilidade perturbadora, raramente está comigo e às vezes sinto que não passamos de dois completos estranhos.

Vejo alguns adolescentes que aproveitam o fim de suas férias, mas logo meu olhar se desvia para uma garotinha que se debulhava em lágrimas. Observo-a enxugar seu rosto excepcionalmente bonito e sinto-me muito inclinado a socorrê-la, pois ela estava completamente só. Desejo ter seis anos novamente, tudo que eu quero é poder expressar minhas frustrações, gostaria de ter a liberdade dessa criança.

– O que ouve com você? – pergunto a ela, que a principio assusta-se com a minha presença.

– Desculpe, eu não falo com estranhos. – Disse com uma expressão desafeta e voltou a chorar abraçando os joelhos. Logo em seguida, enxuga as lágrimas e pondera. – Se bem que, eu falo com a Mary e com os amigos dela. Na verdade você é uma das poucas pessoas normais que eu já conheci.

- Acredito que estou perdida. Eu ia comprar uma água, mas me confundi com o caminho e agora o horário do meu remédio passou! Começo a sentir os efeitos colaterais da minha abstinência! Por favor, poderia me informar a direção dos quiosques?

– Está bem distante, você deveria voltar para sua Mãe. A propósito, porque você está sozinha?

– De que adiantaria se a Mary está com o namorado idiota dela conversando sobre aquela tentativa de banda que na verdade é mais um amontoamento de bêbados fazendo barulho? – Ela me surpreende com esse comentário precoce e crítico.

– Eu posso levar você para comprar água, depois ligamos para a sua mãe.

– É uma ideia. – Caminhamos em silêncio, que eu esperava ter sido quebrado por ela, mas na verdade eu fiz a primeira pergunta.

– Como você se chama?

– Bowie. – Diz, revirando os olhos. – A Mary é fã do David Bowie e quem paga por isso sou eu!

– Não importa a origem, você tem um nome diferente, combina com você. Eu me chamo Peter. Quantos Peters você conhece? – Nós rimos e eu peço uma água mineral ao vendedor. Ela tira da bolsa dois comprimidos grandes que toma com apenas um gole. Tira da bolsa o celular e começa a discar.

– Bowie, onde você se meteu?

- Está tudo bem Mary. Eu estou em frente ao quiosque de água.

– Espera, eu to te vendo! Olha pra sua esquerda. – Vejo ao longe uma moça acenando.

– Ok, estou indo até você. – Desliga o telefone e aperta minha mão. – Obrigada, foi um prazer conhecê-lo. Espero vê-lo novamente.

- O prazer foi todo meu. – Estou sozinho novamente.