Fanfics Brasil - "Ministro-pé-no-saco-inglês" Pretty Reckless

Fanfic: Pretty Reckless | Tema: Laliter


Capítulo: "Ministro-pé-no-saco-inglês"

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P.O.V Mary


– Que filha? Ele nunca quis saber da garota e agora quer ser o papai perfeito?? Vai pra puta que o pariu minha filha! Me deixa em paz! – Desliguei o telefone. Porra! Desabei no sofá... respirei fundo e me levantei, ainda tinha que buscar a Bowie na escola. Tenho planos para o jantar e não vai ser o filho da mãe do Bernard que vai estragar tudo!


–  Aconteceu alguma coisa Mary? –  Eu ainda tava meio nervosa e irritada com a ligação da advogada tosca do "Ministro-pé-no-saco-inglês".


– Não. Por que a pergunta?


–  Vocé parece mais estranha do que usualmente já é.


– Vou fingir que não escutei isso. –  Pego a mochila dela e coloco em meu ombro.


– Você sabe que pode me falar a verdade Mary, nós vamos lidar com a situação, como duas adultas. 


­– Desencana Bowie! E  eu só tô vendo uma adulta aqui! Por que ia tá acontecendo alguma coisa?


– Porque você tá carregando meus materiais. Você nunca faz isso.


–  Ah, eu não posso fazer nada legal que você desconfia de alguma coisa! Não é nada!


–  Desculpa, não pergunto mais –  Para minha surpresa, Bowie para de insistir. Chegamos no nosso apartamento em Williamsburg e Bowie foi direto pro quarto trocar de roupa. Meia hora passou.. Estranho... Ela nunca me deixa em paz por tanto tempo! Começo a ficar preocupada. Encontro-a fazendo o dever de casa. 


–  Tudo bem aí? 


–  Estava com dor de cabeça, mas já tomei um remédio, logo passa.  –   Ela responde indiferente. 


–  Ok.. Espero que não seja muito grave essa sua dor de cabeça, a gente tem reserva no Daniel às nove. – Ela sorri, me perdoando. 


–  Não é nada grave. 




P.O.V Peter


É a primeira noite de outono. Deixei meu apartamento esperando um inocente jantar com mamãe.  Liguei o meu BMW e fui busca-la no Village`s, onde ela mora desde que divorciou-se de papai. 


Estou vestindo o blazer horroroso que ela me deu e tento de todas as maneiras concentrar-me em sua conversa animada, mas minha mente vagueia em devaneios de toda a espécie com a mulher em que eu esbarrei na rua. Meu Deus, como pode? É possível que alguém, em apenas um momento, roube seu coração e bagunce sua mente de tal forma a inspirar-te medo e adoração, paixão e temor? E se eu nunca mais  a ver?


A garotinha do parque também não me sai da cabeça, foi um breve momento de ternura, porém o fascínio que ela provocou em mim é tão forte que começo a perguntar-me se não existe uma ligação entre as duas.  Pouco provável, enquanto uma assemelha-se a um anjo barroco com inteligêcia arguta, a outra é uma beldade morena, de voz grave capitosa e sensualidade pungente. 


– Querido, estou falando com você.


– Desculpe, o que estava dizendo?


–  Onde está a querida Claire? – Pergunta impaciente.  


– Ela não vem, já havia marcado um compromiss.. –  Há algo acontecendo que rouba minha atenção. 


Ainda mais bela do que na primeira vez em que a vi, ela aparece na recepção. Hoje, está usando um vestido curto preto que evidenciava suas curvas e meias- arrastão, mas ambos não cobrem totalmente as longas pernas. As madeixas escuras em ondas que caiam-lhe pelas espáduas emolduram feições convidativas e ela segura pelas mãos a garotinha loira. 


–  Peter? –  Minha mãe chama pela minha atenção. 


–  Hmm. –  A garota do parque indica uma mesa perto da nossa.  Mamãe olha para a mesma direção que eu e as vê aproximando-se de nós.


– Mary Golightly! –  grita animada e levanta para beijar-lhe a face. Estou estático. Olho interrogativamente para mamãe. 


–  Sra. Lawford! Oi! E.. Peter! –  Ela sorri ao me reconhecer. Levanto-me e beijo sua bochecha e troco um sorriso cúmplice com Bowie. 


– Oi! –  digo. – Você está diferente. Na última vez que te vi seu cabelo era rosa.


– Penúltima vez, na última você me sujou com cachorro quente e depois ficou me olhando sem reação feito um bocó. –  ela brinca. 


–  Me lembro de quando vocês nadavam pelados na piscina do quintal! –  Minha mãe solta, querendo participar da conversa.  Bowie, tenta em vão segurar uma risada –  Minha nossa, você está uma mulher! Por favor, sentem-se! Quem é esse anjinho? – Diz, olhando para Bowie.


– Vocês se conhecem de onde? – Bowie pergunta


– Nós eramos muito próximos, do tipo melhores amigos até a sétima série. – Explico.


– Hmm. E aí? – Ela pergunta, exigindo maiores detalhes.


– Ah, eu virei uma vaca e decidi que ele era uma companhia boa demais para mim. – Ela solta. Vejo um pouco da Mary de antes nela, um pouco da garotinha que costumava copiar meu dever de casa e me fazer rir de bobagens na escola.


– Hmm, eu me lembro disso. Soube que você virou uma vagabunda e começou a dar a rodo.  Daí aconselhei meu filho a se afastar de você. Sem ressentimentos! – Minha mãe esquece-se que tem uma criança sentada conosco. – Só não queria um caso de gravidez na adolescencia na minha família.


– O que é dar a rodo? – Mamãe percebe que cometeu uma gafe e nós ficamos sem reação.


–  É quando uma mulher fica com geral, sabe? –  Para a nossa surpresa Mary começa a explicar, quando afortunadamente o telefone dela toca.


– Com licença. –  Diz, passando  mão na cabeça da filha e se levantando. 


Estou envergonhado, minha mãe havia sido grosseira. Depois de sete anos sem vê-la, esperava um reencontro um pouco mais romântico e menos constrangedor.


Bowie coloca o guardanapo sobre o colo.


Mamãe lê o cardápio.


Decido procurá-la, quero um momento sozinho com ela.


– Podem fazer o pedido por nós. – Passo a mão na cabeça de Bowie e me retiro dali.




P.O.V Mary


– Quem é? – Pergunto, grosseiramente, já tinha uma vaga ideia de quem tava me ligando


– Mary Golightly?


– Na verdade, é Mary Blood. – Escutei uma voz familiar, sem saber ao certo quem era.


– Vou direto ao ponto.  Sou rico, poderoso e muito influente, ao passo que você é apenas uma bateristazinha fracassada. Você não tem chace alguma de ficar com a menina, então, sejamos inteligentes, se você entrega-la a mim por vontade própria, dou a você 100.000 dólares. – Tá. Só uma pessoa no mundo é idiota a esse ponto.


– Você acha que eu vou entregar a filha da minha irmã pra você?! 


–  Eu sou o pai dela e você a registrou como sua filha biológica, o que vai te complicar ainda mais. Sabe de uma coisa Little Mary? Eu já esperava que você fosse burra como a Andy!


– NÃO ABRA A SUA BOCA DE MERDA PRA FALAR DA MINHA IRMÃ!! – Joguei o celular no chão e comecei a pisar nele. – Babaca, filho da mãe! – Começou a ficar difícil controlar o choro, se não fosse pelo Peter que apareceu do nada e me segurou, eu nem sei...


– O que foi que aconteceu com você? – Estava nervosa demais pra falar qualquer coisa, simplesmente o abracei.




P.O.V Peter


Ela me abraça forte, despejando suas lágrimas na minha camisa de linho. Não me importo. Abraço-a de volta e nós ficamos assim por tempo célere, o qual não fiz questão alguma de contar. Nem mesmo ouso interromper-lhe o pezaroso pranto. Sinto o perfume do seu shampoo, no alto da sua cabeça e acaricio-lhe o cabelo lustroso. Sinto o que ela sente, sofro o que ela sofre.  


Eu sou Mary. Ela está sempre na minha mente, não como um prazer, do mesmo modo que eu não sou sempre um prazer para mim mesmo, mas como o meu próprio ser. Meu amor por ela  assemelha-se às rochas eternas que existem por baixo: uma fonte de pouco deleite visível, mas necessárias. *


– Com quem você estava falando?


Ela luta contra o choro. Tão vulnerável, tão linda. 


–  Era o pai da Bowie. Ele me ofereçeu cem mil dólares para eu entrega-la, o que não faz o menor sentido, ele não quis nem conhecer a filha, nunca ajudou em nada, abandonou minha irmã grávida.  Não posso entregar a filha dela para um cara assim. Sei que ele tem uma estabilidade financeira, mas eu não confio nele. Minha irmã errou em confiar naquele homem e o erro dela, se não fosse por mim, teria feito com que Bowie estivesse hoje num orfanato, ou sei lá. 


–  Calma, eu não vou deixar ele leva a Bowie de você. –  Preciso ajuda-la. Os tormentos dela tornaram-se meus tormentos à medida que o que eu sentia tornava-se mais forte, mais certo, mais intenso.




P.O.V Mary


Voltamos pra mesa, sem deixar que a Bowie ou a mãe do Peter percebessem que tinha alguma coisa errada. Nesse ponto a gente é bem parecido. Não somos bons em dividir os problemas com as pessoas. A comida tinha acabado de chegar e nós pedimos um  White Cosmopolitan ( vodka com suco de limão e suco de oxicoco) para acompanhar. Entornavamos aquilo de forma que o garçom nem se distanciava da nossa mesa, ficava por ali mesmo, esperando que a gente pedisse outra dose.


– Vamos fazer um brinde. – Digo.


– À Bowie. ­ – Ele fala, enquanto Bow, olha para ele descofiada.


– À Bowie. – Repito.


  


 



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Só pra poder deixar claro: Eu até postaria aqui, mas como a web não é só minha, não posso... não tem capitulos prontos pra isso! Sorry!


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 63



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  • amolaliter Postado em 06/04/2012 - 23:56:10

    Continua.....

  • maandy Postado em 05/04/2012 - 17:38:36

    Ain eu adorei posta mais!

  • mdani Postado em 19/03/2012 - 23:27:07

    posta mais por favor

  • mdani Postado em 19/03/2012 - 23:27:02

    posta mais por favor

  • mdani Postado em 19/03/2012 - 23:27:00

    posta mais por favor

  • mdani Postado em 19/03/2012 - 23:27:00

    posta mais por favor

  • mdani Postado em 19/03/2012 - 23:27:00

    posta mais por favor

  • mdani Postado em 19/03/2012 - 23:26:59

    posta mais por favor

  • mdani Postado em 19/03/2012 - 23:26:59

    posta mais por favor

  • mdani Postado em 19/03/2012 - 23:26:59

    posta mais por favor


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