Fanfic: O Preço da Felicidade - Vondy | Tema: Romance/Drama

Capítulo 12: Começando

Narração por Christopher

Eu ainda não estava acreditando no que aquela garota havia me proposto. Por que ela estava tão interessada assim em me ajudar? Será que eu realmente deveria confiar nela? E se ela acaba-se contando para todo mudo que eu gostava da Dulce?

- Você não precisa me ajudar – falei.

Estávamos indo em direção ao local onde se guardava as bicicletas.

- Realmente não preciso, mas eu quero.

Balancei a cabeça negativamente.

- O que você quer que eu faça? Tenho certeza que não sairá de graça... – eu disse me aproximando de minha bicicleta.

Ela me olhou com um sorrisinho ao canto do rosto.

- Não irei cobrar nada. Vamos dizer que um lavará a mão do outro.

- Certo... só espero que não seja algo fora da lei...

Dessa vez ela sorriu.

- Está me achado com cara de criminosa?

Fiquei meio envergonhado.

- Não... eu não queria te...

- Estou brincando – ela falou dando uns tapinhas em minha costa. – Claro que não vai ser algo ilícito. Se fosse eu não iria pedir a você.

- E por que não?

Ela sorriu de novo.

- Christopher... posso te conhecer pouco, mas da pra ver na sua cara que tipo de garoto você é.

Não sei se aquilo foi um elogio ou não. Destranquei o cadeado e retirei minha bicicleta. Ela fez o mesmo.

- Vou com você até sua casa – me avisou.

- Por que?

- Ora, por que. E se eu precisar ir lá para te dar algumas dicas? Se vou te ajudar, precisamos entrar mais em contato.

Eu não estava gostando dessa história... Ainda mais que eu teria que leva-la para casa. Havia anos que eu não levava um colega, e muito menos uma garota.

- Acho melhor deixar essa ideia...

- Não seja bobo! Vamos logo!

Respirei fundo e juntos seguimos em direção a minha casa. No caminho, passamos por um estranho garoto andando perto a calçada e usando uma camisa de minha sala. Somente depois que passei por ele percebi que era Poncho, um colega que se sentava atrás de mim. Bem, não tenho muito a comentar sobre ele. O pessoal dizia que ele era perigoso, que já foi expulso de varias escolas e toda aquela ladainha que costuma ser quase tudo inventado. Não posso dizer que me dava bem com ele, mas nunca tive nenhum problema. Devo dizer também que se quer falei mais que duas palavras com ele...

Quando passei por Poncho, olhei rapidamente para traz para ver seu rosto. Era ele mesmo... estranho ele vir nessa direção. Que eu saiba Poncho morava longe e precisava pegar um ônibus que ficava em outra direção.

- O que foi? – perguntou Anahí ao meu lado em sua bicicleta.

- Nada... – olhei para frente e percebi um pequeno aglomerado de pessoas indo em direção a nova lanchonete. – Pelo visto a inauguração ira ser boa.

Anahí olhou na mesma direção.

- A sim, a lanchonete nova. Me chamaram para ir, mas acabei não aceitando.

Ninguém havia me chamado... mas era de se esperar, eu não tinha amigos. Isso já era normal... Demorou cerca de 10 minutos até chegarmos em minha casa. Não era muito longe da escola.

Minha casa em si não era nada impressionante. Havia um muro bem alto, uma pequena área na frente e um enorme quintal. Era feita de madeira (uma das mais antigas do bairro) e por isso dava a impressão de ser meio que mal assombrada. Realmente nada especial.

- Bela casa – disse Anahí ao pararmos.

- Sei... – abri o portão e entramos. – Não ligue para a bagunça, não temos empregada e eu ainda não tive tempo para arrumar.

- Sem problema.

Abri a porta da casa e logo entramos. Coloquei minha mochila na sala e me sentei logo em seguida. Ela deu uma olhadinha ao redor e logo se sentou também.

- E então? – perguntei.

- Com certeza, uma bela casa.

- Eu não quis dizer isso! Quero saber como você vai me ajudar.

- A sim, desculpe. Para começar, vou te lembrar de que não prometi nada, tudo vai depender de você. O máximo que farei, vai ser te auxiliar com dicas ou lhe da uma mãozinha.

- Entendi.

- A primeira coisa que você deve colocar na cabeça é que não deve ficar com medo, vergonha ou receio de se aproximar dela. Se quer que ela goste de você, precisa surgi na vida dela, ela precisa saber que você existe.

 - Então, não vou precisar me declarar?

- Hein? Claro que não! Pelo menos não agora. Imagina se uma garota que você nunca havia visto na vida de repente aparece na sua frente e diz que gosta de você? O que diria?

- Bem...

- Deixa quieto! Eu havia me esquecido que você é homem...

Ela estava muito a vontade para o meu gosto. Ficar me ofendendo não iria me ajudar em nada.

- O que você precisa saber é que Dulce só vai gostar de você depois de conhecê-lo, depois de enxergar suas qualidades.

- E como vou fazer para me aproximar? É só ir falar com ela?

- Você é tímido, mesmo que eu disse-se, dificilmente iria. Eu tenho uma outra ideia.