Fanfic: O Preço da Felicidade - Vondy | Tema: Romance/Drama

Capítulo 42: Perigosa

Narrado por Poncho

Demorei mais que o habitual para ir embora do colégio. Tudo por culpa dos professores que estavam passando atividades em uma constância bem maior que o normal nessas últimas duas semanas. Decidi responder tudo ali, pois dificilmente eu teria tempo quando chegasse em casa (questões para resolver que não interessam-lhes).

Como já passava do meio-dia, decidir ir na biblioteca e pegar algum livro para ler. Como de costume, não havia muitas pessoas e eu achava melhor assim. Sentei-me em um das cadeiras disponíveis e conferi um que havia escolhido em aleatório. Quando dei por mim já estava ao meio da tarde e se eu não me apressa-se, o ultimo ônibus que fosse em direção a onde eu morava poderia partir.

Meu ponto de ônibus ficava próximo a uma pracinha tendo apenas que percorrer uma rua até o local em especifico. Quando passava pela pracinha, avistei por coincidência Christopher conversando com uma garota. Logo reconheci quem era e não evitei esboçar um pequeno sorriso ao canto da boca. Esse garoto era realmente interessante...

Enquanto eu ainda pensava nisso, avistei já na ultima rua antes de chegar ao ponto de ônibus, uma pessoa encostada a parede de uma casa logo a minha frente. Quando comecei a me aproximar dela para continuar meu caminho, a mesma se colocou em minha direção. Parei subitamente, tinha alguma coisa errada ali.

- Esse é um apelido bem comum nesse país, mas vou perguntar ainda assim – começou a dizer a estranha pessoa. – Lhe chamam Poncho?

Hesitei. Tinha alguma coisa muito errada ali. Era uma mulher, jovem por sinal, de cabelos longos, loiros e cacheados. Mesmo que eu não estivesse próximo, era perceptível a coloração azulada em seus olhos, que chegava a destaca-los. Usava uma roupa totalmente preta, tanto calça, quanto uma jaqueta. Com certeza era estrangeira apesar de não apresentar nenhum sotaque.

- Responda-me, por favor – disse ela.

Com uma olhada mais atenta, percebi que já havia visto seu rosto em algum lugar... Meu coração gelou no mesmo instante, não havia mais ninguém na rua então de automático levei minha mão em direção a minha arma guardada.

Para minha completa surpresa, antes mesmo deu efetuar tal movimento ela já havia retirado duas pistolas de traz de sua calça. Ambas eram de coloração diferente.

- Se eu fosse você não faria isso... – disse enquanto dava uma piscadela para mim.

- O que alguém da máfia esta fazendo aqui?

Ela deixou um sorriso transparecer ao canto de sua boca.

- Hum... você é bem esperto para um garoto do ensino médio. Como me reconheceu?

- Difícil não reconhecer... Isso só me faz querer saber ainda mais o porque de alguém como você estar aqui...

- Certo, vou ser rápida. Nós estamos sabendo de seus pequenos movimentos na cidade e apenas queríamos ter uma confirmação direta do responsável de que não irá entrar em nossos negócios muito menos em nosso caminho.

Era mais que obvio que eu não faria isso. Meus planos não tinham nada que fizessem eles terem que intervir. Eu não seria louco de fazer tal atitude.

- Não – falei.

- Posso confiar?

- Deve.

- Não é de meu feitio.

- Então me mate aqui e agora. Não faz sentido me perguntar se não irá acreditar em minha resposta.

Ela sorriu.

- Você sabe argumentar... – comentou. - O.k... vou acreditar. Confesso que não sei bem o que planeja fazer, mas posso garantir que não parece ser a maneira certa.

- Até alguém como você tem senso de moralismo? Por favor, poupe-me.

Taylor guardou suas duas armas e se virou.

- Bem, se pensa assim, boa sorte em seu objetivo e não se preocupe, você não vai mais me ver aqui. Vou para outro país, rever um amigo que abandonei... Mas vamos ficar de olho em você... – acenando com a mão enquanto estava de costas para mim.

Ela logo desapareceu. Fiquei parado ali por alguns segundos, meu corpo ainda paralisado. Era impressionante a aura de perigo que emanava dela... eu agradeci ali mesmo por saber que nunca mais a veria. Peguei meu celular e disquei um número.

- Você estava certo – pronunciei assim que atendeu. – Era ela mesmo...

- Rum... – grunhiu Vincent. – Essa máfia adora dar uma de ameaçadores, mas agora que já tiveram sua confirmação vamos poder prosseguir.

- Certo... peça para o pessoal localizar o mais rápido possível. Não há como estarem tão bem escondidos assim...

Desliguei o telefone e comecei a andar novamente ao ponto de ônibus. Agora era questão de tempo...

Fim da Narração

Uma pequena participação especial de uma personagem de outra historia minha, quem já leu minhas outras web’s deve saber quem é. Mas vai se limitar só a isso mesmo^^