Fanfics Brasil - Capitulo II Barriga de Aluguel

Fanfic: Barriga de Aluguel | Tema: Guns N' Roses


Capítulo: Capitulo II

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- Não faça tanto mistério John. – Eu o olhei e fiz um ligeiro biquinho.


 


- Não vou contar não adianta me olhar com essa cara de gatinho do Shreek. – Ele nem se deu o trabalho de me olhar nos olhos apenas continuou dirigindo. Com certeza ele não queria causar um acidente. – Chegamos. – Ele apenas me ignorou.


 


O prédio o qual tínhamos entrado para a reunião dos acertos da barriga de aluguel era imponente. Todo feito em mármore preto, elevador com vista panorâmica e moveis de último design. Me sentia uma barata naquele lugar. Quem não se sentiria assim se estivesse de calças jeans, camiseta básica e all-star?  Eu sei que foi besteira ir encontrar um astro do rock sei-lá-quem desse jeito, mas e daí? John disse que seria uma reunião informal e eu acreditei.


 


Ao sair daquele elevador, seguimos um corredor muito mais caro que minha casa, as peças e a mobília que tinham ali valia mais que minha humilde residência, entramos em um apartamento. Eu contemplei a visão do paraíso naquela sala. Uns anos mais velhos, um dred horroroso, umas marcas do tempo, mas enfim Axl W. Rose. Quase igual aos meus tempos de adolescência. Não preciso comentar que eu parecia uma retarda olhando –o.


 


- Você é Grace Rodman, certo? – Eu apenas movimentei a cabeça em concordância. – Acho que sabe quem eu sou, mas de qualquer forma... Axl Rose, prazer.


 


- Prazer. – Seria tudo ótimo se eu não tivesse tido um acesso de tosse nervosa. Tiveram que me dar água com açúcar, me perguntaram se eu não queria um cházinho calmante. Alguns minutos depois a situação se normalizou. Claro tirando o fato d’eu ter derrubado o copo, ter tropeçado no tapete e por fim ter outro ataque de tosse.


 


- Mais calma agora? – Ele sorriu para mim eu derreti literalmente.


 


- Um pouco. – Eu havia assinado o contrato sem ler eu queria o dinheiro. John cuidaria de tudo a primeira metade seria recebida agora e resto após os nove meses. Eu poderia abater a divida somente com a primeira parte.


 


- Vamos comemorar então. – Nós fomos para uma espécie de bar dentro do apartamento. Era surreal. O paraíso dos bêbados.  Axl distribuiu um copo com um liquido âmbar em cada copo. Eu venci a timidez e tive que contar.


 


- Sabe, eu nunca bebi. – Soou mais como “Sabe não tive adolescência então... Me vê uma água, por favor”.


 


- Ótima ocasião para começar. – John virou seu copo com tudo. Saiu após o primeiro drink disse que tinha que resolver uns assuntos. Ele ate me perguntou se eu queria ir, mas a vontade de estar ao lado do cantor da banda mais perigosa do planeta venceu.


 


Uma hora depois o advogado de Axl saiu. Nós ficamos sozinhos. Não havia silencio entre nós ele era curioso e queria saber tudo sobre minha vida.


 


- Sua família? – Ele disse.


 


- Minha mãe morreu há uns anos atrás. Meu pai desgraçado e cretino morreu agora. – Eu estava um tanto desinibida devido à bebida. – Você acredita que ele deixou uma divida enorme. Nem seu trabalhasse a vida inteira eu iria pagar.


 


- É mesmo? – A essa altura eu nem sabia identificar a expressão que ele fazia.


 


- Tudo bem com o dinheiro desse contrato minha pele esta salva. – Eu nem media mais minhas palavras.


 


A conversa rendeu horrores e bebida parecia nunca acabar. Por mais que eu force minha memória eu não consigo lembrar o que aconteceu. O dia seguinte foi um dos mais constrangedores da minha vida.


 


Eu acordei com uma enorme dor de cabeça, numa cama de casal king size e completamente nua. Havia marcas de dedos por toda parte do meu corpo. O pior foi ver Axl deitado do meu lado. Como assim eu tinha tido a noite mais maravilhosa da minha vida e não lembrar?


 


- Dormiu bem, Grape¹? - Vocês não ouviram errado Grape meu apelido de infância, eu adorava suco de uva. Eu fiquei tão atordoa. Não sabia se era pelo fato dele saber meu apelido ou dele ter dormido comigo e eu não lembrar.


 


- Eu acho que sim. – Eu devia estar mais vermelha que um tomate nos sol.


 


- Você não se lembra, certo? – Eu balancei a cabeça, que a essa altura não doía nem um pouco. – Foi uma noite bem selvagem. – Tomate no sol. Tomate no sol. – Você falou sobre sua vida toda também. Você é uma pessoa bem flexível devo acrescentar. Se é que me entende? – Eu ia ter uma síncope. – Vai entrar para uma das melhores noites da minha vida. Acho que deveríamos esquecer a inseminação e ver no que isso vai dar. – Ele levantou da cama e agiu como se não estivesse nu. Eu pude contemplar a visão da sua bunda branca e caída. Os anos chagam para todos, baby.


 


Nós tomamos café juntos no apartamento. Ele era muito agradável realmente um homem encantador. A idade era só um número. A conversa foi somente constrangedora no inicio, ele suavizou o assunto um tempo depois com coisas banais.


 


- Lamento pelo o que seu pai vez com você. – Ele me disse isso enquanto me deixava em casa, ou melhor no apartamento do John. O apartamento do John era como meu refugio secreto, minha Grape Caverna mais exatamente. A casa dele tinha uma das minhas coisas favoritas: uvas. Foi a primeira coisa que ataquei da geladeira.


 


- Mulher quer me matar do coração? – Achei que ele estivesse preocupado sobre eu não ter avisado sobre onde dormi. – Como assim você entra na minha casa na surdina? – Pelo visto eu estava errada.


 


- Obrigado pela sua preocupação. – Deixei a ironia de lado e passei a ser obvia. – Eu sempre faço isso. Esqueceu? – Arqueei uma sombra celha.


 


- A inseminação esta cancelada. – Ele comia uma maça enquanto tinha me dado a noticia.


 


- Por quê? – Eu perguntei com um pouco de receio. Será que Axl tinha desistido.


 


- Porque simplesmente você acaba de voltar de uma noite de sexo selvagem. – Minha aparência denunciava tanto assim. – Você tem três chupãos no pescoço. Seu cabelo ainda ta desgrenhado. Você esta com um ar mais... Não sei dizer. Arrisco alegre. – Ele me olhou com uma cara muito sem vergonha.


 


- A melhor noite da minha vida e eu estava muito bêbada para lembrar. Satisfeito agora? – Eu abaixei a cabeça.


 


- Foi o que eu percebi. Grace chata, certinha e sem graça nunca faria uma coisa dessas. – Ele me olhou todo divertido e deliciado com a situação. – Reze para não dar certo. – Eu fiz uma expressão de confusão. – Assim vocês repetem a dose... – Eu não deixei John terminar a frase taquei-o uma laranja na cabeça. A fruteira estava perto de mim.


 


- Eu estava tão bêbada que falei sobre minha vida inteira. – Eu o olhei fingindo falsa desolação.


 


- Não se preocupe. A pior coisa já fez... Foi o que mesmo? Xingar seu pai? Nadar na piscina a meia noite? Arrumar um namorado que seu pai não gostasse? – Ele me olhava debochado.


 


- Seu viado. Você devia me consolar não ridicularizar minha situação. – Eu lhe falei num tom brincalhão. A conversa mudou de rumo naturalmente.


 


- O que vai fazer com o resto do dinheiro? – Ele tomava um conhaque ás 10 horas da manha. Humpf! Bêbado!


 


- Não sei ainda. – Eu estava pensando em reformar minha casa, comprar um carro e guardar o resto para alguma emergência futura.


 


- Invista na loja de CDs do pai. Serei seu sócio o que acha? – Ele estava visivelmente animado com idéia.


 


- Acho que eu posso te vender a loja e eu não preciso entrar lá e lembrar aquele desgraçado. Alem do mais ninguém quer comprar CDs quando se pode baixar na internet. – Eu fiz uma cara de birra.


 


- Eu estava pensando em transformar aquilo num clube à noite e de dia a loja mesmo. – John fitava o horizonte. O assunto entre nós se encerrou e eu pude viajar no tempo.


 


Há dez anos eu tinha 13 anos. A loja era a mais famosa da cidade. Todos adolescentes iam para lá, era o Point Hot Five, encontros tudo acontecia lá, era melhor do que a lanchonete. Eu era filha do dono, então estava sempre lá para aprender os negócios da família. Eu invejava todos aqueles jovens cheios de si, alegres e despreocupados. Enquanto eu enfrentava uma longa batalha em casa. Uma dupla vida, uma dupla jornada. Fora de casa eu era feliz e perfeita, já dentro eu não posso dizer o mesmo. Estar lá me trazia lembranças doces com gostos amargos. Eu queria esquecer o meu passado, esquecer meus princípios. A única que devia ocupar minha mente nesse momento era cumprir meu contrato.



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  • vivizinhaahlu Postado em 07/03/2012 - 21:32:08

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