Fanfic: Innocent AyA | Tema: Ponny

Alfonso não falou mais nada. Não a levou para o médico, tampouco seguiu para o apartamento dela. Dirigiu até onde estava hospedado. Não a deixaria sozinha e já que hospital estava fora de cogitação cuidaria ele mesmo dela.

- Quando eu disse que não queria um médico eu disse no sentido amplo da palavra! Sem ninguém para cuidar de mim! – ela reclamou ao entrar na garagem.

- Teoricamente não sou nenhum médico, então, no sentido amplo da palavra – a imitou – isso não me inclui!

- E o que exatamente farei aqui, posso saber?

- Você vai sair daqui assim que estiver bem!

- Me trata como um médico e não quer que eu o chame assim... – resmungou.

- Como?

- Nada! – espirrou.

- Viu como precisa de ajuda? Venha, vamos para o meu apartamento...

Entraram no elevador e subiram até o andar de Alfonso. Ele abriu a porta e deu passagem à ela. Realmente não estava bem, tanto que na primeira pisada no quarto as pernas bambearam e ela desfaleceu. Alfonso foi rápido o suficiente e evitou uma queda, a colocou em cima da cama e fechou a porta. “Exatamente como aquele dia”, pensou ao se lembrar do dia que Anahí chegara em sua sala mal.

Cuidadosamente retirou as roupas molhadas dela. Pegou uma toalha e a secou como pôde. A vestiu com uma de suas camisas e depois a cobriu com as cobertas. Passou os dedos em seu rosto, estava ardendo em febre.

Fez pequenas compressas e colocou em sua testa, era a única coisa que sabia fazer. Não conseguiria fazê-la ingerir um remédio, por menor que fosse o comprimido. Tentou acordá-la, suavemente ela abriu os olhos.

- Só tome esse comprimido, certo?

Ela assentiu meio tonta e engoliu o remédio com a ajuda de água. Logo desabou na cama novamente. Alfonso se levantou, mas sentiu uma mão envolver-lhe o pulso com pouca força.

- Fica... Aqui... – ela falou fraco.

- Só vou trocar de roupa e já volto, ok?

- Durma comigo... Por favor... – saiu quase em um sussurro.

- Descanse Annie... – foi tudo o que ele conseguiu responder.

- Por favor... – a mão foi caindo lentamente e os olhos se fecharam.

Alfonso se sentou no recamier e a observou. Tudo aquilo voltou com uma intensidade esmagadora. Não queria, tentou evitar, mas como evitar Anahí?

Suspirou fundo e afrouxou a gravata, tomaria um banho e depois arrumaria um espaço no sofá para descansar em paz. Ao lado de Anahí, do corpo dela mais especificamente, não teria paz.

Deixou a água cair em seu corpo e logo voltou para o quarto. Usava uma calça apenas. Ajeitou o sofá e quando ia deitar ouviu um gemido de Anahí, pesadelos provavelmente.

- Poncho! – ela levantou arfando. Olhou para os lados e encontrou os orbes verdes dele, logo sentiu uma pontada na cabeça e a apertou com força.

- Shh, tá tudo bem! – ele sentou na cama e acariciou seus braços.

- Dorme comigo Poncho! – pediu com os olhos suplicantes.

- Tudo bem... Só fique calma, ok? – ele a encarou profundamente.

Anahí apenas assentiu e voltou a se deitar. Alfonso deu a volta na cama e se deitou ao seu lado. Ela se virou e o olhou. Não disseram nada, a morena apenas se aninhou nele inconscientemente e voltou a dormir tranquilamente. Ele a olhou e aos poucos foi descendo os braços, até que a envolvesse em um abraço terno e assim dormiram. Um rodeado pelos braços do outro, novamente.

Love is a ruthless game

O amor é um jogo impiedoso

Unless you play it good and right

Ao menos que você jogue certo e limpo