Fanfic: Innocent AyA | Tema: Ponny

Innocent

Capítulo 12 – Catch my breath

Anahí abriu os olhos lentamente, seu corpo estava enroscado no de Alfonso. Ela aspirou seu perfume, era como conseguir sentir-se bem novamente. Ficou parada, apenas o observando. Como conseguira simplesmente deixá-lo?

Alfonso se remexeu, desfazendo assim o abraço em que estavam enroscados. Anahí aproveitou para se levantar e tomar um banho. Deixou a água escorrer por seu corpo durante muito tempo, até que a pele apresentasse pequenos vincos de ruga. Desligou o chuveiro e enrolou-se na toalha. Secou-se sem pressa e colocou a camisa de Alfonso no corpo, caia-lhe até o meio das coxas. Abriu a porta e o viu colocando o café na mesa.

- Bom dia! – Anahí murmurou.

- Bom dia. – a frieza estava em sua voz – Mandei trazerem um café para nós.

- Obrigada! – caminhou até a mesa e sentou-se. Afastou um pouco a cortina e observou Londres de cima.

Ambos comeram silenciosamente, mal trocaram olhares, era cada um na sua, não havia muito o que ser dito. Anahí sorveu o último gole de seu café e recolocou a xícara no pires. Não ousou mirar Alfonso, sabia que se os olhares se encontrassem ela sentiria um choque percorrer seu corpo.

- Anahí! – ele a chamou. Ela o olhou em silêncio – Temos alguns assuntos pendentes.

- Que eu saiba não tenho mais nenhuma pendência com você...

- Escuta Anahí!

- Escuta você Alfonso! Eu não tenho mais nada para te falar. Já falei tudo o que você queria saber, seu filho está morto, não há nada que mude isso! – os olhos começaram a lacrimejar.

- Calma Annie... – ele pediu pausadamente – Não quero discutir com você! Mas acho que tem muito mais coisa por trás de tudo isso!

- Tudo isso o que?

- O seu sumiço, a minha empresa ter falido, o Ponce ter morrido...

- Você está me acusando sem provas!

- Estou me baseando em fatos Anahí! – retrucou.

- Olha, não fui eu que matei o Ponce, estava do seu lado, você viu!

- Sim, mas vi também quando você saiu correndo. Parecia que estava atrás de alguém...

- Mas é claro que estava! Quem quer que tenha matado o Ponce deveria estar pelas redondezas naquele momento!

- Certo... – ele teve que concordar, se seguisse a linha de pensamento dela veria que fazia sentido.

- E não fui eu que te roubei. – disse por fim.

- Isso já não faz tanto sentido... – murmurou.

- O que? – franziu o cenho, ele não acreditava nela, era isso mesmo?

- Foi fácil ligar os pontos Anahí! Sabe, também fiz uma pequena pesquisa sobre você e olha que coincidência! Todos, exatamente TODOS os homens com quem você se relacionou perderam tudo o que tinham além de terem morrido... Estranho isso, não acha? – arqueou a sobrancelha.

Anahí arfou e olhou para os lados. Tentativa de fuga talvez, mas não tinha para onde fugir. Tudo o que lhe restava era falar a verdade ou inventar mais uma mentira. Aliás, sua vida não era construída numa tremenda mentira? Uma a mais não faria diferença. Isso se não fosse Alfonso que esperasse uma resposta.

- E-eu – gaguejou, a voz saiu fraca – Eu não sei do que está falando... – soltou num único suspiro. Ótimo, agora não teria como voltar atrás.

- Você não sabe? – caçoou.

- Bom, você está vivo, não está? – retrucou.

- Talvez eu tenha sido uma exceção, ou uma falta de sorte... – colocou a xícara na boca.

- Ou então meu único amor... – falou baixo, Alfonso apenas observou o mover dos lábios.

- O que disse? – ficou a observá-la.

- Nada – voltou a olhá-lo com os olhos cheios d’água – Você quer a verdade, não é Alfonso? Acho que essa hora chegou...

Alfonso recolocou a xícara na mesa e parou com tudo que estava fazendo. Era o momento de escutá-la. Não sabia por que Anahí decidira se abrir com ele do nada, mas era bom não perder a oportunidade. A olhou atentamente, dando o tempo necessário à ela, até que resolvesse falar.