Fanfic: Innocent AyA | Tema: Ponny

- EU NÃO ACREDITO! – Ian bateu a mão com força em sua mesa – Como isso aconteceu?

- Eu... Eu não sei doutor... Foi tudo muito rápido! Eu abri a cela e então tudo ficou preto! – Kuno contava sua história.

- Ela te deu uma coronhada? – Kuno assentiu – Como uma mulher de estatura mais baixa, três vezes mais magra e muito provavelmente mais fraca consegue deixar um policial treinado no chão? – dizia nervoso.

- Desculpa doutor...

- Tá, tá... – disse sem paciência – Agora junte uma equipe e tragam-na de volta!

- Sim senhor!

- Vá logo! – gritou e desabou em sua cadeira assim que ele saiu – Droga! O que você queria com todo esse teatrinho afinal, Anahí?

⋆­ ⋆­ ⋆

O carro preto estacionou em um enorme galpão no subúrbio de Londres. Dificilmente alguém acharia Anahí por lá. O homem desceu do carro, pegou Anahí no colo e adentrou o lugar.

O galpão era escuro e fedia a mofo. Era de uma antiga fábrica de roupas, provavelmente do século XIX, da época da revolução industrial. As máquinas mais que obsoletas encontravam-se encostadas em uma das paredes onde a infiltração era visível. Nada lá era agradável.

Bem ao fundo era possível observar uma saleta com iluminação fraca. O homem carregou Anahí até lá, onde provavelmente encontraria Rodrigo.

- Que bom que chegou! – Rodrigo se pronunciou ao ver o homem entrando com Anahí no colo.

- Onde a deixo? – ele suava frio. Nunca tinha feito nada do tipo.

- Coloque-a no sofá... – mexeu a mão com desdém.

O motorista se encaminhou até o tal sofá. Era de um verde musgo e algumas molas saltavam, era visível a precariedade daquilo.

- Aqui mesmo? – retorceu o nariz.

- Se quiser deixá-la no chão... – Rodrigo respondeu com indiferença.

O homem olhou para o chão, era ainda pior que o sofá, de tão encardido podia-se ver uma camada preta por cima do piso bege. Resolveu deixá-la no sofá mesmo, ao menos aparentava menos sujeira.

- Está feito! – voltou-se para Rodrigo quando deitou Anahí – E agora?

- Agora, meu caro, vem a parte mais interessante! – Rodrigo mostrou um sorriso sádico. O homem recuou um passo – Não sei se você sabe, mas dentro do nosso negócio é melhor não arriscar...

- Se-sei sim! – gaguejou ao tentar se mostrar firme.

- Então... – se levantou da cadeira e começou a andar em direção a ele – Todos sabem dos riscos que se corre aqui dentro, muita gente, o que significa que é muita informação compartilhada...

- Sim, mas eu não sei de nada! – tentou se proteger.

- Eu sei que não... Mas, infelizmente, a única coisa que você sabe é o que pode me destruir! E adivinhe? Eu não quero ser destruído! – lançou-lhe seu sorriso maníaco e retirou a arma do cós da calça.

- Vo-você não pode me matar! – esticou as mãos em forma de proteção.

- Me dê um ótimo motivo!

- Eu posso ajudá-lo, ser útil...

- Desculpe, mas não vejo muita utilidade em você! – disse analisando-o da cabeça aos pés.

- Se eu morrer alguém pode desconfiar!

- Quem? – riu – Sua mãe? Seu pai? Ah! Me esqueci! Eles estão mortos! Não, você não tem utilidade e não, ninguém vai desconfiar! Satisfeito? Agora se me dá licença, tenho mais o que fazer do que ficar aqui perdendo meu tempo com você! – disse sério e engatilhou a arma. O homem até tentou correr, mas não tinha pra onde, a saída era muito longe, tudo o que lhe restou foi levar um tiro certeiro no coração.

- Tolo... – Rodrigo riu e voltou a se sentar na cadeira – Agora é só esperar a minha princesa acordar! – ficou por observá-la.

⋆­ ⋆­ ⋆