Fanfic: Innocent AyA | Tema: Ponny

Alfonso chegou ofegante na delegacia. Estava ansioso. Andava na frente de Christopher e Dulce e um sorriso estampava seu rosto.

- Poncho está ansioso! – Christopher comentou com Dulce.

- E como está! Até quase nos matou virando o carro com tudo naquela rua! – resmungou.

- Ele tem seus motivos!

- Acontece que a delegacia não ia sair do lugar, muito menos Anahí!

- Talvez ele queira compensar o tempo perdido...

- Mas não precisava compensar o tempo pegando aquele atalho da morte, né? – Christopher a olhou com reprovação – Ok, não está mais aqui quem falou! – ergueu as mãos em rendição.

- Hoje Annie volta com a gente pra casa! – ele disse animado.

- Assim espero, por isso faça bem seu trabalho Ucker!

- Mas hoje você está venenosa, hein?

- Talvez seja consequência do estresse que passei ao ficar sozinha no aeroporto e sem minhas malas!

- Ok, desculpa Dulce!

- Tá, tá. Não quero saber de desculpas! Vamos que Alfonso já entrou! – começou a correr em direção à porta da delegacia sendo acompanhada por Christopher.

Entraram na delegacia e o ar-condicionado lhes enrubesceu a face. Alfonso já falava com um dos agentes que estava na recepção, pedira para falar com o delegado Ian.

- Podem entrar! - Alfonso logo foi e Christopher e Dulce seguiram-no.

- Alfonso? – Ian levantou-se da cadeira – O que faz aqui?

- Trouxe um advogado – apontou para Christopher – Viemos tirar Anahí daqui.

- Creio que não será mais preciso – riu nervosamente enquanto remexia em alguns papéis.

- Por quê? – Christopher perguntou sem entender.

- Não sabem? – arqueou uma sobrancelha e voltou a se sentar – Anahí não se encontra mais nessa delegacia.

- Ela já foi transferida? Mas vocês disseram que... – Alfonso falava, mas fora interrompido pelo delegado.

- Não, acho que vocês não entenderam... Anahí não se encontra aqui muito menos no presídio... – Eles olhavam Ian atentamente – Ela fugiu!

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- Deu tudo certo! – Kuno adentrou a saleta enquanto retirava o boné de policial.

- Ótimo! Como despistou seu sumiço?

- O delegado pediu para eu ir em busca de Anahí – riu – Eu obedeci e fui, só que felizmente eu sei exatamente onde ela está, o que me economiza tempo.

- E claro que você não irá entregá-la para a polícia! – Rodrigo começou a rir junto.

- Infelizmente terei que mentir e dizer que não a encontrei – fingiu uma cara de triste e logo voltou a gargalhar – Vou pedir afastamento, alegando ter ficado com algumas sequelas por causa da coronhada... Aliás, você precisa me deixar com um galo, para a minha história parecer real...

- Claro! Faremos isso mais tarde! Agora preciso de um outro favor!

- Diga!

- Se livre desse corpo! – apontou para o motorista morto – Quero que pareça um assassinato, faça parecer que ele estava envolvido com drogas! – disse e entregou um pacotinho cheio de uma substância branca para Kuno.

- Certo! – pegou o pacote e saiu carregando o corpo morto.

Anahí apertou os olhos, estava despertando enfim. Remexeu-se um pouco no sofá e abriu os olhos lentamente. A visão turva logo foi ganhando nitidez e logo pôde avistar o corpo magro de quem tanto odiava: Rodrigo.

- Ora, ora, veja só quem acordou! – ele andou em direção à ela – A princesinha fugitiva!

- Ro... – começou, mas não teve forças suficientes para continuar.

- Shh... – colocou os dedos sobre os lábios dela – Não gaste suas energias meu bem! Sabe, você me causou muitos problemas... Imagine, a polícia achou que eu era um traficante de mulheres! Um absurdo, não acha?

- Te odeio! – rosnou.

- Tive que fazer várias coisas para limpar minha barra... – continuou a falar sem se importar com Anahí – E uma das coisas era raptar você!

- A polícia vai chegar até você! – falava com certa dificuldade.

- Ah eu acredito que não queridinha. Talvez a polícia chegue até você! – enfatizou a última palavra e apontou para Anahí – Quem não deve não teme Anahí, por que motivos você teria fugido então?

- Eles vão descobrir que a culpa é sua!

- Eu não teria tanta certeza disso! – disse tranquilo – Sabe, o que você fez foi muito grave! Deu uma coronhada na cabeça de um policial e aproveitou a situação para fugir!

- Kuno! – se lembrou vagamente de ter visto o rosto do agente.

- Pois é, Kuno ficou com sequelas graves, tanto que não poderá mais voltar ao trabalho!

- Vocês não prestam!

- Talvez não... Mas você também não é flor que se cheire minha querida. Afinal, indiretamente você matou milhares de pessoas! Homens inocentes! – fingiu uma cara de horror – Depois disso Anahí, esqueça Alfonso, esqueça tudo, você voltará para seu lar doce lar!

- Eu vou te matar! – tentou se levantar.

- Ameaças, apenas ameaças... Sabe Annie, você fala demais e faz de menos, essa é sua fraqueza. Agora volte a dormir, meu anjo! – tirou um lenço do bolso e colocou no nariz de Anahí, ela se debateu, mas por pouco tempo, logo estava dormindo novamente no sofá.

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