Fanfic: Innocent AyA | Tema: Ponny

- Anahí? – se assustou e recuou um passo – O que faz de pé?

- Exatamente o que eu deveria ter feito há muito tempo... Ter te ameaçado, pegado nessa arma e te dado um tiro! – disse sádica.

- Você não seria louca...

- NÃO SERIA LOUCA? – gritou e soltou um riso irônico ao fim – Eu fui louca quando abandonei tudo por você! Esse foi meu ato de loucura! Nunca me senti tão sã quanto antes Rodrigo!

- Anahí, abaixa essa arma...

- Anda! – deu um passo para frente. Rodrigo recuou até o centro do galpão e Anahí o acompanhou de perto – Essa vai ser a minha vingança, a minha última vingança e depois estarei livre! – uma pequena lágrima escorreu pelo seu rosto.

- Ou não... – Kuno apareceu por trás colocando o cano da arma nas costas dela – Voilá Anahí, pelo jeito não pensou em tudo!

- Antes de morrer levarei ele junto! – disse sem desviar o olhar do de Rodrigo.

- Não se você for antes... – engatilhou a arma. Anahí repetiu o gesto.

- Você quer me matar, é isso mesmo Anahí? – Rodrigo riu irônico – Pensei que fosse você que prezasse pela vida das pessoas e que achou um absurdo o fato de eu ter matado inúmeras! Pelo jeito era só conversa, não é mesmo?

- Cala a boca – disse entre dentes.

- Não, espera! – fez cara de pensativo – Agora me lembro! Era só conversa mesmo, afinal você já matou uma pessoa!

- Eu o que? – exclamou indignada – Eu não me sujeitaria a isso jamais! Só sujaria minhas mãos para te matar, mais nada! E sabe por quê? Porque eu cansei de ser idiota e acreditar que a justiça irá reinar! Eu posso fazer justiça pelas minhas próprias mãos e é exatamente isso que irei fazer!

- Uma injustiça trocada pela justiça... É, faz sentido... – disse e vislumbrou uma sombra ao fundo do galpão, pôde reconhecer instantaneamente – Afinal, quando você matou o Sr. Rodriguez foi puramente justo, não é mesmo?

- Quando eu o que? – franziu a testa.

- Quando você o conquistou, roubou toda a fortuna dele e ainda de sobra deixou o velho morrer... Não se faça de inocente Anahí, porque você não é!

- Pelo o que eu sei você que mata, não eu!

- Esse nem foi preciso! Ele poupou meu trabalho e morreu por conta própria... – fingiu pesar.

- Ele não morreu por minha causa! – rosnou.

- Ah não, foi por causa de Alfonso... Aliás, você sabia que o coitado se culpou durante anos por causa disso? Mal sabe ele que justo você que é a verdadeira culpada – soltou uma gargalhada – Ou será que ele sabe? – franziu a testa – É, acho que agora ele sabe! – O viu sair das sombras dos barris.

- Anahí? – Alfonso a chamou, os olhos inchados e vermelhos.

- Alfonso? – o olhou assustada. Queria sair daquela inércia e correr em direção à ele e explicar-lhe tudo, mas simplesmente não conseguia. Ou mesmo que quisesse, o risco agora era maior, Kuno poderia simplesmente mudar de alvo e atirar em Alfonso, não poderia arriscar.

- Será que... – respirou fundo – Será que agora você vai admitir que é culpada?

- Cala a boca Rodrigo! – Anahí rosnou, não sabia em quem se concentrava – Alfonso, saia daqui!

- Sair daqui Anahí? – a olhou indignado – É isso mesmo? Você quer que eu saia? Não quer terminar de me contar sua história? Aliás, pelo visto eu não conheço da missa, a metade!

- Vai embora, só isso... – disse baixo, quase num sussurro – Não quero que tudo o que você ouviu se torne real!

- Já se tornou real! Real até demais Annie... – balançou a cabeça negativamente.

Anahí engoliu o choro e engatilhou novamente a arma, olhando firmemente para Rodrigo.

- Vamos terminar logo com isso, não era assim que você costumava dizer?

- O show está apenas começando linda! Eu posso partir dessa para a pior, mas com toda certeza você estará numa pior ainda! – deu uma risada sádica, sabia que Anahí não ficaria em bons lençóis – A não ser que queira fugir comigo... – levantou o braço para tocá-la no rosto, mas logo foi reprimido com um tapa.

- Não vou mais fugir! Cansei disso! Já fugi de tudo, meu limite se esgotou!

- Mesmo se a vida de quem você mais preza estiver em jogo? – Kuno se pronunciou e mudou sua mira para Alfonso.

- Pensei que ele fosse seu amigo, Kuno! – respondeu sarcástica.

- Pois é, pelo visto temos algo em comum, Anahí! – soltou uma risada fraca – Trabalhamos no mesmo ramo, para o mesmo chefe, viemos da mesma cidade... Mas sabe qual a nossa diferença? Eu realmente me desliguei, não tenho sentimentos... – deu um meio sorriso e atirou.

Ok, podem me xingar, ameaçar de morte etc. Estou pior que a Anahí e políticos em campanha, fazendo promessas que não posso cumprir. A verdade é: eu esqueci completamente desse site e, portanto não postei. Além disso, tive uma crise de criatividade drástica, mesmo! Nem sei se ainda consigo escrever a web! Apesar de tudo não quero deixar a web ao léu sem dar a ela um fim no mínimo digno para todas as leitoras que leram e esperaram por ele. A ideia inicial (de 2014) era continuar uma 3ª temporada, mas como sua autora já não sabe mais o que faz, acho que vou acabar encerrando na 2ª mesmo. Hoje postarei os capítulos que já estavam prontos e me forçar a terminar um próximo capítulo enquanto ainda desfruto de um tempinho. Obrigada, de coração por todos que tiveram a paciência de ler Innocent!!!