Fanfic: Innocent AyA | Tema: Ponny

Anahí apertou mais o blazer sobre o corpo quando adentrou no tribunal. Nunca sonhara em passar por um momento como aquele. Seus olhos se focalizaram e ela viu Dulce, Maite e Christian sentados no banco e logo foi na direção deles.

- Vai dar tudo certo! – Dulce foi a primeira a abraça-la.

- Não se preocupe com nada Annie, estamos do seu lado! – Christian deu um sorriso.

- E em pouco tempo você estará livre, leve e solta! – Maite bateu as palmas, alegre.

- Obrigada! – Anahí agradeceu sinceramente – Alfonso? – perguntou estranhando sua falta. Desde que voltara de Londres não o tinha visto muitas vezes, sempre haviam contratempos que os impediam de se encontrar, mas esperava reencontrá-lo em seu julgamento, ao menos.

- Ele é testemunha, provavelmente está em uma sala esperando o momento para depor! – Christopher logo lhe explicou e ela assentiu quieta.

- Quem mais irá depor além de Poncho e Angel? – perguntou após alguns minutos.

- Bom, digamos que eu precisava de alguém que soubesse que você não tinha nada a ver com as mortes. E, veja bem, você não me disse nenhum nome, então cacei com as armas que tinha em mãos...

- Eu não podia arriscar! – o interrompeu – Não sei se há alguém que ainda protege o legado de Rodrigo! – disse óbvia.

- Sei que não, mas lhe garanto que não há ninguém protegendo o legado dele. – imitou o tom de voz dela e Anahí revirou os olhos – Continuando, não havia quem garantisse sua inocência, mas, como bom advogado que sou, revirei meio mundo e achei alguém que pudesse te livrar dessa acusação...

- Quem? – perguntou num misto de curiosidade e ansiedade.

- Anuar!

- Impossível! – ela arregalou os olhos – Ele... Ele estava sendo ameaçado!

- Como disse Annie, não há ninguém protegendo o legado de Rodrigo! Ninguém se arriscaria tanto! – ela franziu o cenho e ele suspirou – Pense bem, estava tudo perdido. Se alguém tentasse dar continuidade ao trabalho dele logo seria descoberto e preso. Digamos que quem vive nesse ramo não sonha em dormir e acordar em uma cela moribunda...

Ela se permitiu sorrir. Anuar sempre dissera para ela não temer a Rodrigo e ela nunca escutara. Realmente, todos estavam livres, totalmente. E pra ela não importava mais ficar em uma cela, só o fato de saber que fora responsável pela liberdade de Anuar e Angel já valia todo o sacrifício. Finalmente todos poderiam viver suas próprias vidas, sem a interferência de Rodrigo. Eles escolheriam o próprio destino, cometeriam os próprios erros e não precisariam dizer a ninguém ao final do dia.