Fanfic: Innocent AyA | Tema: Ponny

- Maite? – Alfonso tocou no ombro da irmã de leve – Posso falar com você? – ela assentiu e ele viu Christian parado em frente aos dois – A sós.

- Claro! – olhou de relance para Christian e ele assentiu – É aquela conversa pendente? – perguntou após se afastarem.

- Sim.

- Então...? – perguntou ao ver a longa pausa.

- Bom, você sabe que Anahí matou o nosso pai...

- Espera aí Alfonso! – o cortou ríspida – Ela não matou o nosso pai! Ele se matou.

- Tá bom, mas ela roubou o nosso pai e...

- E você não sabe como lidar com isso, não é? – arqueou a sobrancelha. Alfonso apenas assentiu de leve.

- Quer dizer, ela roubou o nosso pai e ele se matou por causa disso... Eu não sei... Ela é culpada. Indiretamente, mas é.

- Poncho, não a culpe por algo que ela não fez! Anahí errou sim, ao roubá-lo, mas você mais do que ninguém sabe que ela não tem tanta culpa assim!

- Eu não sei se consigo viver com isso Mai! E eu a amo! Céus! – passou as mãos pelo cabelo, deixando-o bagunçado.

- Sabe o que você quer? Escutar que a culpa é dela, totalmente dela e tirar o peso dos seus ombros por não ter estado com o papai naquela empresa. Você só quer se sentir livre dessa acusação da sua consciência.

- Não vou conseguir perdoa-la!

- Claro que não! Enquanto você não se perdoar não vai conseguir mesmo! Poncho, por favor, seja racional!

- Ela me roubou também! A nossa família é o alvo dela por acaso?

- Você só está assim por ter se apaixonado pela pessoa que roubou o papai e você moveu céus e terra para achar? Francamente... – soltou um suspiro.

- Eu jurei que vingaria o papai!

- E já vingou! – Maite disse óbvia – Vingar não significa necessariamente fazer o mal, mas alcançar algo também. Você vingou a empresa do papai, não foi? Isso basta! – Alfonso desviou o olhar e Maite o puxou pelo queixo para encara-lo – Hey! Não se torne uma pessoa amargurada! Você tem muito o que viver Poncho, vá ser feliz com a Annie, esqueça esse negócio de vingança! Viva seu amor!

- Obrigado Mai! – a abraçou. Mas algo ainda apertava seu coração. Não era aquilo o que queria escutar. Talvez Maite estivesse certa, tudo o que ele queria era alguém para jogar em cima a culpa que sentia. Mas perdoar não era algo fácil, pior era conseguir perdoar a si mesmo ou quem se ama.