Fanfic: Innocent AyA | Tema: Ponny

Innocent

Capítulo 23 – In love

Anahí espreguiçou-se gostosamente com o corpo relaxado. Virou-se e observou o homem que ressonava ao seu lado. Alfonso estava simplesmente perfeito, com os cabelos bagunçados e a face transmitindo paz. Apenas seis meses a separava da liberdade total. Não poderia negar que tudo caminhava da forma mais perfeita. Estava vivendo com Alfonso por um ano e sentia-se pronta para fazer o pedido assim que se livrasse da pena. Sabia que ele não a pediria em casamento tão cedo, via que a guarda dele ainda estava levantada, não queria se machucar, e não poderia culpa-lo, uma vez que ela mesma havia provocado isso.

Acariciou o rosto dele em movimentos circulares lentamente. Alfonso remexeu-se, abrindo os olhos e encarando-a.

- Bom dia! – disse com a voz rouca de sono.

- Bom dia meu amor! – Anahí respondeu suavemente.

Ele subiu o rosto e a beijou com gana. Tudo havia acontecido rapidamente, o coração de um sempre pertenceu ao outro, portanto não fora tão difícil chegarem ao ponto de dividirem uma cama e uma vida novamente. Não demoraram muito e juntaram os corpos uma vez mais, tornando-se um só.

Alfonso POV on

Deixei a água cair sobre os meus cabelos. Não sabia exatamente se o que estava fazendo era certo. Havia conversado com Maite a respeito do nosso pai e tudo o que ela disse era que no passado não se mexia. Eu concordei com ela, ou ao menos deveria ter concordado, mas algo não saia da minha cabeça: “E se...”.

Minha mente trabalhava em inúmeras hipóteses. Se Anahí não tivesse ido trabalhar com o meu pai ele estaria vivo? Se eu não o tivesse abandonado tudo seria diferente? Era uma culpa dúbia, eu sabia. Não poderia jogar a responsabilidade toda em Anahí, afinal, aquela morte não fora nem premeditada! E céus, eu a amava! Tanto que cada célula do meu corpo ansiava por ela! Eu só não sabia dizer qual dos amores era maior.

Desliguei o chuveiro e enrolei a toalha em minha cintura. Anahí ainda estava embolada no lençol, deixando boa parte das costas a mostra, consequentemente as marcas da minha mão também. Aquilo me dizia claramente que ela era minha e eu era dela.

Suspirei profundamente. Não poderia simplesmente abandoná-la, aquele não era eu. Pensava nos últimos dois anos, em tudo o que acontecera entre nós. Primeiro o dia do casamento da Mai, depois Anahí começara a trabalhar na HD Modas Design e a atração foi irrefreável. Em apenas seis meses após ela ter sido declarada inocente já dividíamos uma cama e não demorou muito até praticamente dividirmos uma casa.

Abri o armário e observei minhas roupas de um lado e os da Annie de outro. Definitivamente éramos um casal. Balancei a cabeça negativamente com um sorriso no rosto. Sim, aquele amor era maior porque era real e podia-se vislumbrar um futuro. O amor que sentia pelo o meu pai era eterno, mas ficaria guardado para sempre em meu coração, incapacitado de ser abalado, mudado ou mesmo aumentado.

- Amor? – ouvi a voz quebrada de sono de Anahí me chamar. Ela piscava lentamente, tentando obrigar seus olhos se acostumarem com a iluminação. Caramba! Aquilo era perfeito, ela era perfeita!

- Boa tarde Annie! – respondi após vestir uma bermuda qualquer. Caminhei até a cama e me esparramei ao seu lado – Com fome?

- Céus! Que horas são? – ela desviava de mim e tentava pegar o relógio.

- Posso te garantir que o horário do almoço já foi há muito tempo, o que nos resta ir a um café comer algo!

- Sabe, você poderia ter sido romântico e trazido uma bandeja de café para mim, como os caras dos filmes fazem! – ela fez um bico que eu logo beijei.

- Mas você sabe que a nossa vida é totalmente contrária! Quer dizer, eu sou o mocinho e você a heroína!

- O romantismo não precisa seguir essa mesma regra! – ela resmungou – Mas tudo bem, vamos a um café. Aliás, meu chefe vai me matar porque eu deveria estar passando meu final de semana terminando um projeto e não dormindo aqui!

- Tenho certeza de que ele ficará mais feliz em te ver dormir do que um projeto pronto na segunda! – entrei na brincadeira – Agora vamos! Antes que os cafés também fechem e nos reste um restaurante para a janta!

- Então o que estamos esperando? – ela levantou-se rapidamente tentando se cobrir inutilmente com o lençol e eu ri – Hey! Do que está rindo? Não tem graça nenhuma!

- Pois eu deveria te filmar então! A propósito, não há nada que eu não tenha visto e que seja necessário esconder aí! – puxei a ponta do lençol e recebi um tapa em resposta.

- Não ouse! – me encarou com os olhos azuis hipnotizantes. Ah, como ela era linda! – Vou tomar um banho, me trocar e poderemos ir!

- Ok, só não demore! – a observei se trancar no banheiro, coloquei uma camiseta e resolvi espera-la na sala.

Pronto, momento love de AyA para vocês hahaha Confesso que já tenho os capítulos finais da 2ª temporada prontos, mas estou com uma dorzinha no coração de postar e acabar, mesmo com uma 3ª temporada kkk Mas enfim, quero terminar logo com a tormenta, porque pretendo iniciar a nova temporada no aniversário da Anahí... Ay caramba, o que acham que pode acontecer para me levar a escrever em Innocent? Hmmm mistéeeerios...