Fanfic: Innocent AyA | Tema: Ponny

- Sabe, esse café está horrível! – Anahí fez uma cara amargurada e empurrou a xícara em minha direção – Preciso de um doce! Um cupcake talvez! – ela tagarelou e logo chamou o garçom para fazer o pedido.

- Desse jeito vou achar que você está grávida! – ri. Não era algo impossível, mas ela tomava pílulas regularmente.

- Não mesmo! – ela protestou – Só estou com um estômago mais do que vazio! Além disso meu gosto é apurado. Tenho culpa se o café daqui está com gosto de terra?

- Tudo bem então! – levantei os braços como sinal de rendição. Dizem que não se pode discordar de uma mulher. Pois é, estava seguindo bem as regras. O enorme cupcake de chocolate com chantilly chegou e os olhos de Anahí brilharam – Não precisa nem me oferecer um pedaço, dispenso!

- Não iria te oferecer de qualquer forma! – disse petulante e levou um pedaço à boca. Balancei a cabeça negativamente rindo. Essa era a Anahí que eu amava. Poderia ser difícil dizer em voz alta, mas, sim, eu a amava.

- Bom, minha mãe me ligou mais cedo e disse que fará um almoço comemorativo amanhã! Sabe como é, o primeiro netinho dela está a caminho, então dona Ruth está esfuziante! Além disso, quer aproveitar ao máximo a temporada em Madrid. Como ela mesma disse, Cancun é muito turística para uma senhora da idade dela.

- Madrid é realmente mais tranquila e mesmo assim ela está a mil! Imagine como ela estará daqui três meses! Ela irá enfartar no dia do parto! Aliás, na próxima semana faremos o chá de bebê da Mai!

- Mai está tão grande!

- Hey! Não fale assim dela, ela está carregando seu sobrinho! – Anahí me lançou um pedaço de papel. Mas verdade seja dita, Maite estava enorme, carregando meu futuro sobrinho, mas enorme, parecia que estouraria a qualquer momento.

- Coitado do Chris que teve que sair caçando cupcakes por toda Madrid em pleno domingo!

- Sim! E não eram quaisquer cupcakes! Era um cupcake que vende apenas em Barcelona, mas por sorte eles abriram uma filial aqui em Madrid nesse ano! Onde já se viu cupcake de jalapeño?

- Quando chegar a nossa vez você não me fará esse tipo de pedido não é? – perguntei sem pensar e logo o peso daquela pergunta me atingiu em cheio. Assim como atingira Anahí.

Apesar de dividirmos uma cama e uma casa nunca tínhamos falado sobre o nosso futuro tão abertamente, apenas vivíamos cada dia, nos aproveitando ao máximo, mas sem pensar em como tudo aquilo que nós tínhamos acabaria. E, de fato, eu não queria nem pensar. Já era difícil o suficiente admitir a mim mesmo que amava Anahí, pensar sobre o fato de constituir uma família com ela era ainda mais complicado. Envolvia um passado que gostaria de esquecer, mas que me atingia em cheio toda vez que a palavra “filho” vinha à tona. O nosso filho que fora morto ou mesmo o filho mal-agradecido que outrora fui.

- Não sou tão exigente assim! – Anahí disse em um tom de voz desconfortável, estava nítido que ela queria dissipar aquele momento tenso que se criou.

- Amanhã você irá ao almoço, certo? – eu tentei contornar a situação, afinal, aquilo não era bom para nenhum de nós.

- Sim! – ela abriu um pequeno sorriso e eu suspirei aliviado por ter conseguido apagar a chama daquele assunto – Christian tinha me mandado uma mensagem, iria de qualquer forma!

- A família toda estará lá! Eles estão ansiosos pela chegada do Alonsinho!

- E desde quando você escolheu o nome para o bebê? – me perguntou intrigada.

- Aposta quanto que Maite baterá o pé e nomeará o primogênito de Alonso?

- De jeito nenhum que Christian irá aceitar! Isso lá é nome de criança?

- Você precisa pensar no futuro, Anahí. Essa criança, como você mesma diz, um dia será adulta. E acredite, essa fase demorará mais a passar. Não seria legal ela ter um nome infantil, quem o levaria a sério no futuro?

- Ok, eu aposto um cupcake!

- Fechado! – sorri e estendi a mão para ela, que logo foi envolvida pelas mãos macias dela – Se eu ganhar recebo o que?

- Um outro cupcake? – ela sorriu.

- Isso não é tão interessante para mim! – brinquei.

- Ok, então você pode escolher o que quiser!

- O que eu quiser? – disse com um tom malicioso.

- Poncho! – Anahí me repreendeu com os grandes olhos azuis abertos em sua totalidade.

- Você quem sugeriu! – fiz-me de inocente e ela riu.

- Você é ridículo!

- Não é isso que você diz quando está em meus braços... – a provoquei ainda mais, adorava fazer aquilo com Anahí.

- Alfonso Herrera Rodriguez, não ouse! – ela me encarou séria com uma de suas sobrancelhas perfeitamente arqueada.

- Tudo bem, não está mais aqui quem falou! – eu ri – Agora vamos? Temos um almoço a ir em menos de 24 horas!

- Vamos! – ela limpou a boca com o guardanapo e se levantou – Mas hoje eu voltarei para a minha casa!

- De jeito nenhum! – protestei – Christopher programou de ir à casa de Dulce e você ficaria sobrando! Eu garanti a ele que você não estaria lá!

- Mas é o que? – ela me olhou enfezada – Tá, tudo bem! Mas que fique bem claro que hoje eu quero dormir! Entendeu bem?

- Não garanto nada! – enlacei sua cintura e inalei o perfume dela.

- Eu me recuso a chegar com cara de sono no almoço de amanhã!

- Bom, se depender de mim você chegará com cara de satisfeita! – ela deu um belo de um tapa em meu braço e eu ri.

Naquele momento não havia passado nem futuro. Existiam apenas eu e Anahí em uma redoma que ia se fortificando a cada dia. Naquele domo não havia espaço para dúvidas, medos nem suposições. Apenas vivíamos intensamente o tempo presente, porque era ali que construiríamos o nosso futuro!

Pessoal, desculpa a demora para postar, mas a jararaca, digo, minha professora afogou todo mundo em trabalhos loucos. Mas aí estão os posts! Espero que gostem! O final tá chegaaaaando hahaha

Angel_rebelde: depois de momentos tão tensos eles merecem esse momento romântico, né? haha

franmarmentini: Pois é, Poncho ainda está indeciso! Precisa tomar uma atitude logo