Fanfic: Innocent AyA | Tema: Ponny

- Ai meu deus! – Anahí praticamente berrou ao meu lado – Acorda Alfonso! Estamos atrasados!

- Bom dia para você também! – me espreguicei na cama.

- Eu disse que precisávamos dormir ontem! E não fazer... – ela pareceu pensar por um minuto na palavra exata para empregar naquela sentença – o que fizemos!

- Vai dizer que não gostou? – finalmente abri meus olhos e a encarei.

- Isso não vem ao caso agora Alfonso! E pare de me olhar assim! – me acusou.

- Gosto de te observar quando acorda! – a puxei para um abraço e ela caiu em cima de mim.

- Para com isso Alfonso! Hoje é um dia importante, sua mãe irá nos matar se chegarmos atrasados! – ela me deu leves batidas no braço e eu a soltei a contragosto.

- Tá bom, mas depois terminamos o que começamos! – a avisei.

- Não começamos nada, de qualquer forma! – mostrou-me a língua e correu para o banheiro para se arrumar.

Eu fiquei jogado na cama, relaxado. Não poderia mais imaginar minha vida sem ela, seria como algo monótono ou sem graça, não havia essa possibilidade. Logo que ela saiu fui para o banho. Definitivamente agíamos como um casal de verdade, só faltava a oficialização. Mas não estava preparado para aquilo ainda.

- Vamos? – perguntei assim que terminei de me arrumar. Anahí apenas sorriu e esticou as mãos para mim. Estava linda, com um vestido florido solto que ela mesma havia desenhado.

Fomos o caminho inteiro em silêncio. Palavras não precisavam ser ditas, nem nos incomodávamos com aquele silêncio, ele não era pesaroso, era até gostoso. Nossas mãos foram o caminho inteiro entrelaçadas.

- O jardim está lindo! – Anahí comentou assim que adentramos na casa de Maite e Christian – Ainda bem que está um lindo dia de sol!

- Sim, seria um desastre caso chovesse!

- Sua família inteira estará mesmo aqui? – Anahí perguntou e eu segui o olhar dela até ver minha tia parada à porta recepcionando as pessoas que iam chegando.

- Depois de tanto tempo você ainda não a superou, não é?

- Por favor Alfonso, sua prima é simplesmente insuportável! Ela nem deu as caras no casamento da Mai, espero que também esteja em Cancun hoje!

- Pois eu duvido muito que Dama esteja em Cancún! – caminhávamos em direção ao aglomerado de pessoas no jardim. Havia uma mesa farta ao centro, muito bem decorada e imaginei que aquilo havia sido trabalho de minha mãe, que não gostava de nada fora do lugar.

- Dama? Sério, Alfonso? – ela me olhou enfurecida e eu ri. Definitivamente ela não tinha superado a minha prima.

- Certos hábitos não mudam Any, essa é a verdade.

- Claro, vou me reencontrar com o seu primo e chama-lo de Jey, o que acha?

- Não provoca Anahí!

- Bom, não fui eu quem começou com o lance do “Dama” – imitou o meu tom de voz e eu ri ainda mais. Era engraçado vê-la com os nervos à flor da pele.

- Chitoooo!! – Ouvi uma voz esganiçada gritar e logo senti um baque em minhas costas. Sim, Damayante estava lá e adotara um novo apelido carinhoso para mim. Anahí soltou minha mão imediatamente, como se tivesse lhe dando choques e cruzou os braços, visivelmente irritada.

- “Chito”? – Anahí sorriu irônica. Certo, aquilo não seria bom para ninguém.

- Ah, você? – Damayante saiu das minhas costas e olhou para Anahí com desdém.

- Sim, eu querida. Surpresa?

- Para ser sincera, sim. Não esperava que Alfonso seria tão burro a ponto de cair no mesmo golpe de novo!

- Como é que é?

- Da primeira vez eu não estava errada, estava? No fim você é bem pior que Cláudia mesmo!

- Chega Dama! – eu intervi. Sabia o quanto aquilo machucava Anahí, mesmo que ela quisesse demonstrar indiferença.

- Não precisa me defender, Alfonso! Sou imune ao veneno de cobras como o dessa aí!

- Escuta aqui, Ana – gemi. Damayante não iria colaborar de jeito nenhum. – Você pode até tentar destruir essa família novamente, mas se depender de mim não conseguirá nada, ouviu bem?

- Mas o que está acontecendo aqui? – Maite apareceu acompanhada da sua barriga enorme, vulgo meu sobrinho, e Christian – Ah! Deixe-me adivinhar... A minha priminha querida está falando baboseiras logo no começo da festa! – sorriu cínica.

- Está redondamente enganada, priminha. Literalmente, inclusive. – Damayante devolveu com a mesma carga de ironia na voz – Estava aqui abrindo os olhos do Pon, de novo. Sabe como é, da primeira vez ele não me ouviu e deu no que deu!

- Você não sabe de nada! – Anahí replicou.

- Ana, eu sei de tudo! Você realmente acha que não estou à par do seu caso? – ela se aproximou perigosamente de Anahí – Aliás, eu se fosse você ficaria bem longe daqui. Sabe como é, você não pode ser acusada de um outro roubo, né? Sorte sua que eu escondi todas as carteiras dos convidados, para que nenhum incidente aconteça!

Vi Anahí avançar para cima de Damayante, mas a segurei firme contra o meu corpo. Maite também projetou seu corpo para cima de nossa prima, mas Christian a conteve.

- Sai daqui Dama! – ela me lançou um olhar jocoso, deu meia volta e foi em direção à cozinha.

- Argh! Odeio aquela p i r a n h a ! – Maite resmungou – Me larga você também, Chris!

- Hey! Calminha aí, não queremos nosso primogênito nascendo antes da hora, certo?

- Eu vou embora! – Anahí anunciou firme.

- O que? De forma alguma! Você não vai dar ouvidos a ela, vai? – Maite interviu.

- Mai, ela está certa. Quantos aqui sabem sobre o meu caso e me odeiam secretamente? Quantos estariam com medo de estar ao lado de uma criminosa? Eu mesma não deixaria meu filho no mesmo ambiente que uma pessoa assim!

- Any! – a chamei e a encarei fixamente – Isso não importa! Essa não é você, todos sabem! Damayante descreveu uma pessoa qualquer, mas definitivamente não era você!

- Sim, Any! Aqui todos te amam! – Christian complementou – Damayante só quer causar discórdia, não a deixe ganhar!

- Eu... Ah! Droga! – as lágrimas caíram pesadamente, inundando os azuis lívidos. A abracei forte e sinalizei com a cabeça para que Maite e Christian nos deixassem a sós. Puxei-a para um local mais reservado, longe de qualquer olhar curioso e a deixei chorar.

- Calma Any! – acariciei seu cabelo carinhosamente.

- Desculpa Poncho! Não quero estragar a festa! Acho melhor eu ir embora mesmo! Sua mãe deve estar preocupada por ainda não ter te visto! – ela enxugava as lágrimas que inundavam seu rosto.

- Não há motivos para ir embora, Any! Você ficará aqui conosco! Todos te adoram! Se alguém deveria ir embora, essa pessoa é Damayante! Hoje ela passou todos os limites!

- Mas...

- Mas nada Any! Eu vou falar com ela! Essa menina precisa crescer! – puxei seu queixo e a olhei profundamente – Você não é uma criminosa! Até a lei sabe disso! E além do mais, você é a pessoa que eu mais prezo, a pessoa que eu... – travei. Três letras, uma palavra, mas eu não conseguia dizer.

- Eu sei! – ela disse simplesmente e me beijou. Aquilo me acalmou. Ela sabia, assim como eu sabia que era um sentimento recíproco e retribui o beijo com gana.

Angel_rebelde: imagina um baby ponny, que coisa mais fofa? *--*

al.andrade: confesso que imagino esse final há tempos, mas sei que posso ser apedrejada hmmm

E aí, o que acham que vai rolar nessa conversa do Poncho com a Damayante??? Reta final chegaaaaando