Fanfic: Innocent AyA | Tema: Ponny

O carro estacionou e Anahí saiu cuidadosamente, evitando amassar o vestido. Maite e Dulce ajudavam como podiam. Por fim, lá estava ela, em frente a uma porta enorme com um domo na forma de um triângulo arredondado e com um tapete vermelho pronto para recebe-la.

- Chegou a hora! – Maite bateu as palmas alegremente, o que a fez se recordar do dia que conhecera a cunhada.

- Sim, o dia definitivo! – sorriu – Agora vão para o altar porque já vou entrar!

Dulce e Maite a olharam cúmplice e seguiram para dentro da igreja. Anahí se posicionou na entrada, agradecendo a si mesma por não ter colocado uma longa cauda ou um véu enorme no vestido. Entraria sozinha, somente com os pais no coração. Ah, como eles ficariam felizes em vê-la com o vestido branco e pronta para entregar-se de corpo e alma ao amor verdadeiro. Respirou fundo e ouviu os acordes iniciais soarem. Aquele era o momento de ela entrar.

One and only – Adele

Anahí caminhava lentamente enquanto a música soava. Um sorriso estampava sua face. Olhou cada convidado e acenou levemente com a cabeça. Aquele era o começo de algo mágico, ela podia sentir. A partir daquele dia seria de Alfonso para sempre, sem que ninguém pudesse colocar um defeito sequer.

Os olhos encheram-se de lágrimas quando se encontraram com os verde-oliva dele. Sua vontade era sair correndo pela igreja para chegar mais perto dele, mas isso não seria nada bonito, pelo menos não com câmeras apontadas para ela. Além disso, teria uma vida inteira para ficar ao lado dele, o que seriam mais alguns segundos perante a eternidade?

Seu coração se aqueceu, estava perto do altar, a um passo do paraíso. A música entrou em seus ouvidos e Anahí poderia cantarola-la, se quisesse.

I don`t know why I`m scared

I’ve been here before

Every feeling, every word

I`ve imagined it all

You`ll never know if you never try

To forgive your past and simply be mine

Um filme passava em sua cabeça, ela mal podia acreditar que Alfonso havia perdoado todas as burradas que ela havia feito e que a amava tanto quanto ela o amava. Sentia-se a pessoa mais sortuda do mundo. Viu um sorriso talhado no rosto dele e não havia mais o que temer. Ela era dele e vice-versa, nada no mundo poderia mudar esse fato.

So I dare you to let me be your, your one and only

I promise I`m worthy

To hold in your arms

So come on and give me a chance

To prove I am the one who can walk that mile

Chegou até Alfonso e ele estendeu a mão para traze-la mais perto de si. Os olhos não se desgrudavam, pareciam conectados por alguma estática. Ele deu um longo beijo na palma dela, sem quebrar a conexão dos olhos e se endireitou.

O padre começou a cerimônia e Anahí tremeu de felicidade. Estavam selados enfim, e na lua de mel ela daria o melhor presente de casamento ao... Marido. Aquela palavra a fazia sorrir. Um marido que logo seria pai. Sim, o ventre dela estava cheio e completo novamente, como da primeira vez e isso a fazia sentir-se inteira, não poderia pedir mais nada.

Alfonso absorvia cada palavra do padre, apesar de soar frio. Respirava fundo, mas continuava tenso com aquele casamento. Ousou olhar para o lado e viu Anahí sorrindo genuinamente e aquilo o acalmou um pouco.

Em um momento ficaram de frente um para o outro a pedido do padre e aquela era a pior posição que poderia existir para Alfonso. Olhou para frente e viu Damayante e Cláudia com um sorriso jocoso no rosto, aquilo contorceu seu estômago. Decidiu desviar o olhar e mirou sua mãe encolhida em meio ao choro de felicidade, imaginou naquele momento seu pai afagando os cabelos dela carinhosamente e aquilo simplesmente lhe tomou o ar. Seu pai. Era um fardo que precisaria carregar eternamente. Voltou os olhos para Anahí e os azuis estavam ainda mais vivos.

- Alfonso – ouviu o padre mencionar seu nome. Suas mãos apertaram as de Anahí, ele soava frio – aceita Anahí como sua legítima esposa para amar e respeitar, na saúde e na doença em todos os dias de sua vida?

Come on and give me a chance

To prove I am the one who can walk that mile

Alfonso apertou os olhos e voltou a abri-los ao ouvir a fatídica pergunta. Anahí viu a dúvida riscar os verde-oliva naquele momento e o sorriso foi morrendo aos poucos. Ele folgou as mãos dela e respirou fundo, tentando fazer o coração parar de acelerar, em vão. Apertou os lábios em um risco e após uns segundos, o que pareceu uma eternidade para Anahí que começava a tremer, finalmente respondeu.

Until the end starts.

- Não!

FIM DA SEGUNDA TEMPORADA