Fanfic: Innocent AyA | Tema: Ponny

Innocent

Capítulo 7 – Tears

Anahí entrou na Herrera Enterprises e, por costume, seguiu para o andar da presidência. Saiu do elevador e se deparou com Alfonso.

- Bom dia Anahí! – Alfonso sorriu.

- Bom dia Alfonso! – retribuiu o sorriso – Acho que errei de andar! – riu.

- Na verdade acho que você adivinhou! Estava descendo para falar com você! Pode me acompanhar até a minha sala?

- Claro! – seguiu Alfonso até a sala da presidência.

Adentrou o local e sentou-se na cadeira de frente a Alfonso.

- Bom, serei breve! – disse Alfonso ao sentar-se em sua cadeira – Terei que viajar à Milão para fechar alguns negócios... Precisarei de dois favores seus! – Anahí assentiu – Primeiro preciso de croquis prontos da nova coleção para semana que vem, acha que é possível?

- Se Chris e eu trabalharmos duro... Não há problema algum!

- Ótimo! Já falarei com Christian sobre isso! Mas precisarei de outro favor seu...

- Pode falar!

- Estou sem secretária e minha viagem é na semana que vem... – fez uma pausa – Precisarei que alguém me acompanhe...

- Quer que eu o ajude a achar alguém? – interrompeu Alfonso com um sorriso angelical.

- Na verdade eu gostaria que você me acompanhasse!

- Eu? – arregalou os olhos – É... É claro! – disse nervosamente.

- Desculpa te sobrecarregar, mas precisaria que uma secretária e um estilista me acompanhassem e preferi ser prático. Afinal, você já foi minha secretária... Tudo bem que foi só por um dia, mas achar alguém confiável em menos de uma semana seria difícil... – Alfonso se explicou.

“Confiável”, pensou Anahí. Alfonso confiava nela apesar de mal conhecê-la. Essa seria a hora do golpe final, essa viagem seria perfeita para seus planos.

- Tudo bem! – Anahí disse de forma confortadora – Agradeço a confiança Alfonso!

- Acha que consegue conciliar essas duas tarefas?

- Com certeza! Vou me esforçar! – abriu um sorriso. Eles ficaram se encarando por um longo tempo – É... Vou indo então! – Anahí quebrou o silêncio, levantou-se e andou em direção à porta.

- Annie! – Alfonso a chamou.

- Sim? – Anahí se virou, ele estava de pé em frente à sua cadeira.

- Sobre ontem... Bem, eu... – gaguejou.

- Tudo bem! Eu entendo!

- Almoçamos juntos hoje? Poderíamos conversar mais...

- Ótimo! Nos vemos no almoço então! – Anahí sorriu e saiu da sala de Alfonso.

Ela caminhou triunfante pelos corredores em direção ao elevador. O jogo de sedução começara. Andava distraída quando esbarrou em alguém.

- Desculpa! – logo disse e levantou o olhar para encarar a pessoa. O homem um pouco mais alto que ela, de cabelos jogados para trás perfeitamente alinhados com gel e com olhos castanhos a encarou.

- Não tem problema, também estava distraído! – sorriu – A sala de Alfonso é aqui? – apontou para a porta fechada da presidência.

- Sim! – Anahí respondeu ainda desnorteada. Sentia que conhecia aquele homem, mas não lembrava de onde.

- Obrigado Annie! – e saiu.

Agora tinha certeza, o conhecia e descobriria de onde! Como poderia saber o nome dela se nem ao menos se apresentaram? Seu celular tocou, tirando-a de seus devaneios. Pegou-o na mão e viu o nome de Rodrigo no visor. Demorou um pouco, mas decidiu atender apesar de ainda estar com raiva dele.

- Fala! – bufou.

- Nossa gata, pensei que seria mais receptiva! – Anahí revirou os olhos – Como está?

- Não quer ir direto ao assunto? – ironizou – Com certeza não está preocupado em saber como eu estou!

- Realmente me conhece! – Rodrigo riu do outro lado da linha – Ótimo, serei direto! Fiquei sabendo que fará uma viagem romântica com Herrera...

- Viagem de negócios! Mas que seja, o que quer afinal?

- Essa será a hora do golpe final, minha cara! Dê um jeito de invadir o computador dele e faça como sempre, desvie tudo para a nossa conta em Bahamas! – ordenou.

- Sei disso! Não precisava ter gastado seu precioso tempo para falar o que eu já sei! – reclamou – Olhe, não é tão fácil quanto você pensa! Ele vive enfurnado naquele escritório!

- Dê seu jeito! Faça-o cair de amores por você que tudo fica mais fácil! Impressiona-me que tenho que repetir isso toda vez! – bufou.

- Ta bom Rodrigo, já entendi! – disse com raiva – Vou fazer do meu jeito, ok? – desligou o celular sem ao menos se despedir.

Estava cansada daquela vida. E algo em Madrid a fizera despertar para isso. Entrara nesse ramo obrigada, mas com o tempo se acostumara e tudo fazia parte de uma rotina, da qual ela já estava quase gostando. Mas Madrid sempre mexia com seus sentimentos. Rever os amigos a fizera relembrar como sua vida era boa, quando não precisava mentir para alcançar seus objetivos, quando ainda era inocente.

Mas a vida era dura e mostrara para Anahí que nem tudo é um conto de fadas, como sonhara um dia. A menina rica e mimada virara uma ladra sem escrúpulos. Anahí suspirou. Até quando deveria obediência a Rodrigo? Até não ser mais útil e bonita? Até não conseguir conquistar mais ninguém? Talvez sim, e ele a jogaria na sarjeta como fizera com tantas outras...

Capítulo dedicado à Carol!! Obrigada pelos comentários!! :D