Fanfic: Innocent AyA | Tema: Ponny

Em um movimento rápido Anahí se levantou e começou a andar sem se importar em deixar Alfonso para trás. Parou em frente ao elevador e apertou o botão para chamá-lo. Alfonso chegou ao seu lado, mas nada disse. O silêncio era ensurdecedor.

Quando o elevador parou no andar em que se encontravam, ambos se apressaram em entrar. Alfonso apertou o botão do estacionamento e ficou um pouco à frente de Anahí. Ela o observou com cuidado. Como conquistaria alguém como ele, que sabia ser frio e encantador ao mesmo tempo? Suas antigas missões tinham sido tão fáceis! Todos os outros se entregaram rapidamente a ela e em menos de duas semanas Anahí conseguia fugir com toda a fortuna. Dessa vez, porém, era diferente. Nem ao menos conseguira uma aproximação com ele.

Desceram silenciosamente do elevador. Alfonso seguiu em direção a seu carro e Anahí prosseguiu para o seu. Ela revirou a bolsa em busca das chaves, mas não as achou. Pensou em voltar para buscá-las. Olhou para Alfonso uma última vez e saiu em direção aos elevadores. Ele estranhou tal atitude e foi em seu alcance.

- Aconteceu algo? – perguntou ao se aproximar.

- Não, apenas esqueci minhas chaves... – não o mirou.

- Eu te acompanho!

- Não precisa se incomodar...

- Pois eu faço questão! – disse decidido.

Anahí esboçou um sorriso tímido e agradeceu. Em seu íntimo gostou da atitude dele. Talvez fosse uma oportunidade de começar o jogo de sedução. “Não”, repreendeu-se. Era melhor esperar, afinal, Alfonso se mostrava uma pessoa séria e nada aberta a relações com funcionários. Chegaram ao andar da presidência, Anahí saiu correndo do elevador e buscou suas chaves, em pouco tempo estava de volta, pronta para ir embora.

- Agora podemos ir! – riu-se com as chaves nas mãos.

- Ótimo! – retribuiu o sorriso. “O sorriso mais lindo”, pensou Anahí.

Afastou tais pensamentos e encarou-o. Seus olhos eram uma incógnita para ela. Tão profundos e intensos, mesclavam-se entre mel e verdes escuros. Ficaram se olhando durante toda a descida, era como se algo os impedisse de desviar o olhar.

- Alfonso, que bom que te encontrei! – disse Maite assim que as portas se abriram. Ambos a olharam com certa vergonha. – Interrompi algo?

- Não, o Sr. Herrera apenas me acompanhou... Tinha esquecido as chaves do carro... – justificou Anahí.

- O Sr. Herrera, é? – riu – Tudo bem! Só não quero que me chame de Sra. Herrera, ok? Senão pensarão que sou mulher desse chato aí! – apontou para Alfonso com um sorriso largo nos lábios.

- Chato? Vai ver quem é o chato! – começou a dar cócegas em Maite. Anahí riu com tal situação. Há quanto tempo não via uma cena familiar como aquela?

- Bom, vou indo! – interrompeu – Muito obrigada Sr. Herrera e...

- Nem pense! Mai, apenas isso! – a cortou sorrindo.

- Certo! Muito obrigada Mai! Tchau! – se despediu com um aceno, entrou no carro e partiu.

Agora viria a parte mais difícil de toda a missão, encontrar com Rodrigo e constatar que não avançara nem um passo sequer. O que aquela cidade exercia sobre ela? Sempre que voltava para Madrid era a mesma coisa, uma paixão com uma decepção de brinde. E o que restava de lá era apenas tristeza.