Fanfic: Innocent AyA | Tema: Ponny

Os raios de sol invadiram o quarto e brilharam contra os olhos de Anahí. Ela apertou as pálpebras e abriu-as vagarosamente. O dia estava maravilhoso! Espreguiçou-se na cama e seguiu para o banheiro. Alfonso provavelmente já tinha descido para aproveitar melhor a manhã. Era o que ele sempre fazia.

Anahí colocou um vestido florido leve. Ajeitou os cabelos displicentes e desceu para a cozinha. Antes parou ao pé da escada e observou a praia da grande janela de vidro que tinha na sala. A praia vista do alto era maravilhosa. A água do mar batia com força nas pedras moldando-as.

Ficou observando o movimento das ondas até que a barriga se pronunciou com fome. Decidiu prosseguir caminho e se dirigiu à cozinha. Viu um bolo em cima da mesa e correu para atacá-lo. Levantou a tampa que o cobria e o cheiro emanado lhe causou vertigem. Recolocou a tampa em seu devido lugar e decidiu tomar um café puro apenas. Quando aquela maldita sensação de mar iria deixá-la afinal?

Bebeu o conteúdo da xícara em apenas um gole e fez uma careta. Esquecera-se do açúcar. Colocou a xícara na pia e saiu para a varanda. Iria respirar ar puro e aproveitar aquele dia. Mas, ao colocar os pés na grama bem cuidada daquela casa viu que várias pessoas ocupavam o lugar. Claro, esquecera-se que era aniversário de Ruth e provavelmente ela comemoraria em grande estilo, já que o filho estava lá.

Os organizadores da festa passavam por ela com rapidez e seguiam para todas as partes da casa. Anahí se sentia perdida, mas prosseguiu caminho. Foi até o jardim e sentou-se em um banco com vista para o mar. Balançou os pés tranquilamente. O vento batia em seu rosto e soltava alguns fios que estavam perfeitamente alinhados atrás de sua orelha.

Um “click” soou e Anahí olhou para os lados. Era Alfonso com uma câmera na mão. Sorriu e ele tirou mais uma foto. Realmente Anahí estava linda e aquela paisagem só a enaltecia.

- Está linda amor! – Alfonso se aproximou e selou seus lábios aos dela.

- Onde estava Poncho?

- Minha mãe ficou louca e me chamou para ajudar com a decoração. Não que eu não ajudaria, mas é que ela realmente fica uma fera em comemorações como esta.

- Está certa ela! Ruth só quer que tudo dê certo...

- Quer dizer que no dia do nosso casamento serei obrigado a arrumar tudo para não ser alvo de um ataque de fúrias seu?

- Deixa de ser bobo Alfonso Herrera! – riu e bateu de leve nele – Só acho que isso é uma característica feminina. Ficamos nervosas quando não sai tudo como planejamos, por isso temos que nos atentar nos mínimos detalhes durante a preparação!

- Mas vocês viram umas leoas! Dá até medo! – Anahí riu.

- Não é assim também!

- Tomou café da manhã?

- Não, estou sem fome... – mentiu. Na verdade estava com muita fome, mas seu estômago parecia estar enjoado de comida.

- Mas tem que se alimentar Annie! O que pretende fazer hoje?

- Eu? – olhou para ele. Alfonso assentiu – Hmm estava pensando e descansar. Pelo visto conhecerei sua família inteira e ouvirei muitos comentários inoportunos, então preciso estar calma e preparada psicologicamente. Ainda mais se eu conhecer mais Damayantes da vida... – torceu o nariz.

- Deixa Dama pra lá Annie! Ela só é uma mal-amada!

- Bota mal-amada nisso! Aquela menina é insuportável!

- Hei, vamos aproveitar a tarde! Quero te levar para almoçar no centro de Cancun, depois passeamos um pouco e voltamos.

- Sua mãe irá nos matar Poncho! Você mesmo disse que ela está uma fera!

- Mas acho que ela se irritou comigo... – sorriu – Quer dizer, ela que sugeriu que eu saísse de perto dela e te levasse para passear, antes que eu fosse uma pessoa morta!

- Ai que horror! – Anahí riu – Vou só me trocar, ok?

Ela subiu alegre e logo desceu com um vestido creme que ia até metade das coxas, um scarpin vinho envolvia seus pés e uma pequena bolsa preta completava o visual. Simples, mas elegante.

Alfonso a olhava perplexo. Ela era linda! Observou os passos delicados dela para descer as escadas. A segurou pela cintura e guiou-a até o carro. Em pouco tempo estavam no centro, dentro de um restaurante com vista para a praia.

Degustaram um risoto de frutos do mar. Um pouco apimentado para o paladar de Anahí que não estava acostumada com as comidas mexicanas, mas mesmo assim delicioso. Terminaram a tarde caminhando pela orla da praia. Ambos seguravam os calçados nas mãos e seguiam o curso do mar. Conversaram, riram e se divertiram. Há tempos Anahí não se sentia tão livre assim. Era como um pássaro engaiolado que, após ser liberto, sente o ar bater forte em suas asas pela primeira vez. Era maravilhoso esquecer que tinha um mundo lá fora e que ele não era tão bonito assim.