Fanfic: Innocent AyA | Tema: Ponny

Uma hora e meia se passara para a alegria de Anahí, mais alguns minutos e já embarcavam. Não via a hora de sentar na poltrona do avião e fechar os olhos, deixando Madrid repousar em sua mente como apenas um sonho com um final triste.

 - Atenção passageiros do voo AF5049 com destino à Paris. Compareçam ao portão de embarque número 11. – Os alto-falantes do aeroporto soaram alto. Anahí e Anuar se levantaram e seguiram rumo ao portão de embarque.

Ela continuava com a cara fechada. Puxou os óculos escuros da bolsa e colocou sobre os olhos. Chegaram em frente ao portão 11. Anahí pegou o passaporte e a passagem, Anuar fez o mesmo.

- Annie, me espera um minuto? – Anuar falou – Acho que esqueci meu celular no banco do café em que estávamos...

- Depois você compra outro Anuar... – disse um pouco impaciente, queria ir logo.

- Calma! Será rápido, juro! – e saiu correndo.

Anahí recostou-se na parede do aeroporto, tirou os óculos e o esperou, não poderia fazer mais nada mesmo. Olhou paras as próprias unhas e levantou o olhar para frente e um choque percorreu seu corpo. Os orbes azuis se encontraram com os verdes.

Alfonso enfrentara um engarrafamento, mas lá estava com um buquê de rosas vermelhas na mão. Queria que Anahí lhe explicasse o que estava acontecendo, o porquê daquela mudança repentina de atitude.

Ela não tinha para onde fugir. Seus olhos não conseguiam se desviar dos de Alfonso, eram como ímãs. Ele se aproximou até ficar a um braço de distância dela, perto o suficiente para que o coração de Anahí batesse mais forte. A boca seca, as pupilas dilatadas, a respiração pesada, tudo denunciava o medo de amar dela.

Ficaram se encarando por alguns segundos, que mais pareceu uma eternidade. As pessoas passavam apressadas por eles, mas parecia que nada mais importava. Agora era apenas Alfonso e Anahí, frente a frente. A oportunidade de esclarecer tudo, de contar toda a verdade.

Alfonso despertou do transe primeiro e estendeu o buquê de rosas para Anahí. Ela o olhou fixamente. Ela que deveria estar fazendo de tudo para agradá-lo, não o contrário. Mas aquele era Alfonso Herrera, aquele por quem ela se apaixonou perdidamente.

Anahí estendeu a mão e trouxe para junto do corpo as flores. As cheirou e fechou os olhos. Céus, sentiria falta daquele carinho, daquele amor incondicional. Mas agora era a hora de vestir a faceta de fria e calculista que só ela sabia desempenhar. Seria melhor uma despedida assim, que ele ficasse desiludido, mas que na primeira mulher que ele visse encontrasse esperança.

Respirou fundo e levantou o rosto para encará-lo. Era ainda mais difícil ver que os olhos dele estavam inchados devido ao choro e que em sua mão estava a carta que tinha escrito.