Fanfic: Innocent AyA | Tema: Ponny

Anuar se aproximou e observou a cena. Olhou para o rosto dos dois e as rosas que Anahí segurava, entendeu tudo de imediato. Ou ela ia agora ou ficava, era uma decisão só dela, não iria se intrometer.

- Vou entrando... Estarei do seu lado independente do que decidir... – disse baixo para Anahí, pegou suas malas e entrou no portão de embarque.

I have to go, I have to go,

Eu tenho que partir, eu tenho que partir,

I have to go, and leave you alone

Eu tenho que partir, e deixa-lo sozinho.

Anahí enxugou as lágrimas e olhou para Alfonso. Ele estava visivelmente triste. Por isso ela não queria ter se despedido dele, por medo e insegurança, mas principalmente por não querer vê-lo sofrendo.

Pegou o carrinho com as malas e virou o corpo em direção ao portão de embarque. Iria, tinha que ir. Era isso ou a dor de perda triplicaria.

- Não vá Annie... – Alfonso estendeu a mão para impedi-la – Por favor...

- Poncho não... Agora tudo o que eu preciso ouvir é que você se lembrará feliz de cada dia que passamos juntos. Só isso, por favor...

- De que adianta eu lembrar se você vai esquecer?

- Jamais te esquecerei Poncho! Tem um pedacinho seu dentro de mim! Mas eu preciso que você me esqueça e viva sua vida! Só se lembre dos momentos de alegria, faça do passado um passado e siga em frente!

But always know, always know

Mas sempre saiba, sempre saiba

Always know, that I love you so

Sempre saiba, que eu te amo tanto

- Última chamada para o voo AF5049. Por favor senhores passageiros, compareçam ao portão de embarque número 11.

Anahí limpou o rosto e olhou para Alfonso. Ele estava totalmente desestabilizado, era evidente, mas ela precisava ir imediatamente.

- Adeus meu amor... – Anahí sussurrou. Não soube dizer se ele a escutou, virou as costas e entrou.

Alfonso tentou segui-la, mas os seguranças o impediram de entrar no recinto, afinal, estava sem passagem. Anahí olhou uma última vez para trás e os olhares se encontraram novamente. Ela murmurou um “eu te amo” e seguiu caminho. Ele apenas gritou que a amava, em vão, ela já tinha embarcado.

Anahí sentou-se na poltrona ao lado da janela e olhou para fora. O coração doía mais do que se estivesse levado um tiro. Era uma dor insuportável, que não atingia apenas o coração, mas o corpo e a mente também. Abaixou os óculos escuros, colocou os fones e fechou os olhos.

Lu-lullaby, distract me with your rhymes.

Canção de ninar. Distraia-me com suas rimas

Lu-lullaby

Canção de ninar

Anuar a puxou para seu ombro e ela desfaleceu. Chorou compulsivamente. Ele sabia que por mais que Anahí não fizesse questão de uma companhia para o voo ela ainda necessitava de um ombro amigo, por isso aceitara vir até Madrid e ir para Berna com escala em Paris.

- Shh vai passar... – acariciou os cabelos dela como um verdadeiro irmão – Durma, quando acordar verá que tudo não passou de um sonho...

Lu-lullaby, help me sleep tonight

Canção de ninar, me ajude a dormir essa noite

Lu-lullaby (Lu-llaby)

Canção de ninar (Canção de ninar)

Ela fechou os olhos com força e em pouco tempo foi vencida pelo cansaço. Anuar a repousou no encosto da poltrona e velou seu sono. Cantara uma música qualquer para que ela se distraísse quando o sono ficava agitado, provavelmente pesadelos a atormentavam.

Apesar da dor, um dia a ferida se cicatrizaria e a vida recomeçaria. Aquela seria uma lição para Anahí, mas também o começo de um novo rumo, uma nova vida.

Goodbye my love

Adeus meu amor.

Citações:

¹ Sem esperar, Luza DeMoura.

² Me despeço, In box.

Obs.: as citações de música não quer dizer que AyA teve a intenção de mencioná-la no contexto. Dentro desse capítulo elas se encaixam como uma frase qualquer, que independe da música.