Fanfic: Innocent AyA | Tema: Ponny

O dia seguinte amanhecera nublado. Anahí dormira em um dos quartos da mansão, assim como vários outros convidados. Ao contrário do que Ponce planejara, Anahí dormiu sozinha, a torção no pé não 
estava em seus planos. Restou a ele o leito da cama.

Anahí acordou cedo. Queria sair daquele quarto o quanto antes, precisava sair enquanto ainda tinha tempo.

Levantou, ajeitou-se como pôde e abriu a porta. A única coisa que ela não esperava era que o quarto de Alfonso fosse à frente do seu e que ele abriria a porta ao mesmo tempo em que ela. Se encararam por um longo tempo. Ela percorreu os olhos nele dos pés à cabeça, estava apenas de calça. Céus, como continuava lindo!

Ela ia pronunciar algo, mas a voz morreu no exato momento em que Perla apareceu enrolada apenas em um lençol.

- Mas já acordou Poncho? – disse com a voz embargada de sono.

- Perdi o sono... – falou sem tirar os olhos de Anahí – Que tal tomar um banho para depois tomarmos café?

- Boa ideia! – sorriu. E Anahí sentiu inveja dela – Já volto! – e sumiu.

Aquilo foi o baque para que Anahí se mexesse. Ela caminhou a passos largos escada abaixo. As lágrimas já caiam e molhavam sua face. Nem toda a dor que sentira se resumia àquilo: ver Alfonso com outra, na cama de outra.

Ela abriu o portão bruscamente e esperou um táxi. Que se dane Ponce e companhia, ela queria mais era ir embora. Quando viu um carro passar pela rua estendeu a mão, na esperança de que ele parasse, mas alguém a puxou de volta.

- Precisamos conversar! – Alfonso pronunciou já arrumado. Ele a puxava em direção à garagem, iria levá-la para algum lugar em que poderiam ter um pouco de calma.

- Sobre o que? – perguntou enquanto enxugava as lágrimas que insistiam em cair.

- Sobre muitas coisas, tenha certeza! – disse e parou quando chegou na frente de um carro. Tinha pedido emprestado a Ponce, com a desculpa de precisar voltar para o hotel urgentemente – Entre!

- E se eu me recusar? – respondeu em tom de desafio.

- Apenas entre Anahí! – disse ríspido.

Ela obedeceu a contra gosto. Entrou no carro e seguiram o caminho inteiro no mais perfeito silêncio, ninguém iria se pronunciar, não naquela circunstância.

Porque muitas feridas ainda estavam abertas e no amor isso conta muito. Cada palavra dita ou não representa algo e nesse jogo só tem duas saídas: mágoas ou felicidade. E dentre essas Anahí e Alfonso estavam em profundas mágoas.