Fanfics Brasil - 9 Love Song

Fanfic: Love Song | Tema: Gravitation


Capítulo: 9

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Capítulo 9 –


Yumi estava se sentindo deslocada, mas seus amigos logo se enturmaram. Shuichi realmente não parecia ter mais nada contra ela e a recebeu muito bem, agradecendo de coração o presente.


A casa do escritor era grande e a mobília estava toda empurrada para o canto para haver espaço e todos poderem circular livremente. Os quartos estavam trancados, mas os banheiros estavam abertos. Havia uma mesa enorme cheia de comida. Na televisão, Yumi reconheceu Ryuichi Sakuma, da Nittle Grasper. Ela ficou olhando para a tela, analisando.


- Gostou? Ele é incrível, não é?


Yumi se virou e se deparou com o rosto sorridente de Shuichi.


- É, ele realmente parece especial, esse Ryuichi. Feliz aniversário, Shindou-san. Obrigada por nos receber em sua casa.


- É um prazer, além disso, seus amigos são muito legais – disse Shuichi, demonstrando que não havia qualquer traço de mágoa. - E se você quiser, pode falar com Ryuichi. Ele está aqui, assim como todo o pessoal da Grasper.


- Deve ser um deleite para você ser amigo do seu ídolo – respondeu Yumi.


- Antes eu ficava alucinado com o fato, mas aprendi a me controlar e respeitá-lo como um colega.


- Nossa, eu o admiro por isso.


Shuichi foi circular pela festa e Yumi foi procurar seus amigos. Então, viu Yuki Eiri fumando na varanda.


- Sensei... – ela chegou, respeitosamente.


- Pare com esse negócio de "sensei". Me chame pelo nome, ou nada. O que você quer? E então, já leu algum dos meus livros?


- Não era isso, mas de fato, eu li seus três livros. Olhando para você, nunca imaginaria que fosse capaz de escrever histórias tão românticas e açucaradas. Espere, eu estou tentando fazer um elogio e não soou assim. Desculpe, não sou boa em me expressar.


- Já entendi, você não gostou. Não é obrigada a gostar. – ele disse, expelindo a fumaça do cigarro.


- Não, pelo contrário, Yuki-san, eu... Eu procurei por livros assim minha vida inteira. Senti como se suas personagens falassem comigo, como se você tivesse escrito sobre mim. Não sei explicar o que senti. Nunca pensei que um homem pudesse entender tão bem as mulheres e eu fosse encontrar isso num romance que não fosse barato. Muito, muito obrigada.


Yuki, pego de surpresa, não sabia o que dizer diante daquela súbita explosão de elogios.


- E eu tenho algo para você. – Yumi entregou a ele um embrulho. Yuki abriu e era um CD.


- "Coldplay – A Rush of blood to the head". – leu Yuki. – E tem até uma dedicatória sua no encarte. O aniversário não é meu, mas eu ganho presente. Obrigado, garota.


- Assim, quando eu for famosa, você pode vendê-lo no e-bay por uma fortuna, já que tem minha assinatura.


- Você realmente é uma figura – sorriu Yuki. – Não perca seu tempo aqui comigo, vá aproveitar a festa.


Yumi, não querendo ser inconveniente, se retirou.


Como não estava prestando atenção, esbarrou em alguém que derrubou cerveja por todo o seu cabelo e seu vestido de seda preto novinho. Seu espartilho agora estava encharcado.


- Desculpe! – ele disse, desesperado e assustado com a expressão assassina de Yumi.


Era o mesmo cara que estava cantando na televisão. Ryuichi Sakuma.


Ótimo. – Yumi disse, empurrando-o para fora do caminho. Precisava ir até o banheiro se limpar o melhor que podia.


- Espere, sinto muito mesmo, eu não estava olhando. O que posso fazer para compensá-la? Ei, eu não a conheço de algum lugar?


Ele com certeza não estava lhe passando uma cantada, então devia tê-la reconhecido daquela vez em que a viu no bar.


- Talvez – respondeu Yumi, afastando o cabelo cheio de cerveja do rosto. – De qualquer forma, o famoso aqui é você.


- Hoooo! – ele, exclamou, desnecessariamente enfático – Você é a garota que estava cantando no bar!


- Sim, sou eu. Fico lisonjeada que tenha me reconhecido. Vindo de você, isso é uma honra, não é? Sei que é considerado um gigante na indústria musical. E eu ainda não sou ninguém. Mas estamos nos virando, assim que pudermos vamos lançar nosso single.


- Mas com que dinheiro? E a publicidade? Qual a gravadora?


- Bem... Estamos meio sozinhos nessa... Não conseguimos nenhuma ajuda...


Ryuichi coçou o queixo e ficou com aqueles olhos redondos e pensativos.


- Seu projeto é muito ambicioso, nem nós da Grasper conseguimos chegar onde estamos sozinhos. Vou lhe dizer uma coisa, gostei muito do que ouvi no bar. Se vocês forem tão bons quanto parecem, estou disposto a falar com Touma para dar uma forcinha.


O queixo de Yumi caiu. Ela poderia ter beijado Ryuichi naquele momento. O fato de seu cabelo estar fedendo a cerveja já não era mais importante.


- Nos ajudar? Sério? Você faria isso?


- É o mínimo que posso fazer para compensar. Derrubei cerveja no seu lindo vestido. Quando vocês vão estar no bar novamente? – Ryuichi agora assumia um ar de homem de negócios.


- Nessa sexta à noite. Vou cantar algumas de minhas composições.


- Nós estaremos lá, e vou chamar Touma, inclusive. Veremos o que podemos fazer por você.


- Sakuma-san, eu agradeço muito.


- Nhá! – ele abriu um sorriso enorme – Me chame de Ryu-chan! Agora seremos grandes amigos!


Aquilo foi estranho, mas ela provavelmente teria de se acostumar. Yumi estava tão feliz que nada mais importava. Ela precisava compartilhar aquela felicidade com alguém. E a primeira pessoa com quem se deparou foi... ele.


- Hiro! Eu não o tinha visto até agora.


- Eu estava resolvendo uns pepinos e minha namorada acabou não podendo vir, ficou presa em Kyoto – ele disse, chateado. – O que houve com você?


- Oh. – Yumi disse, embaraçada – derrubaram cerveja em mim. Eu estava indo dar um jeito nisso, mas encontrei você a caminho do banheiro.


- Tenho algo para te alegrar. – ele disse, sorridente. – Você esqueceu isso na banca.


E ele entregou à Yumi a revista com o rosto dele estampado. A entrevista exclusiva, o pôster enorme e a promessa de seus segredos.


Yumi ficou lívida. Sentiu a raiva borbulhar em seu estômago.


O que está fazendo? – ela perguntou. – Isso é algum tipo de jogo pra você?


Hiro olhou para ela intrigado.


- Mas Yumi-chan... Eu só queria... Eu pensei que...


- Pensou o quê, seu presunçoso? – ela pegou a revista e começou a agredi-lo com ela. – Pensou que poderia aparecer com isso e esfregar na minha cara? Esfregar na minha cara o que não posso ter? Esfregar na minha cara que sua princesinha está em Kyoto e não precisa de uma revista para saber todos os seus segredos?


Hiro não conseguia articular uma palavra enquanto estava sendo agredido pela revista e pela ira de Yumi. E os dois estavam começando a chamar atenção, pois algumas pessoas já começavam a olhar.


- Yumi-chan, eu... eu não entendo!


- Então você é um idiota, Nakano-kun! – ela disse, perdendo o controle completamente. Kyo e Rui finalmente apareceram. Onde diabos eles estiveram esse tempo todo? – Você é um idiota e egoísta! Cole esse pôster na sua parede e fique se admirando!


Yumi abriu a porta e saiu correndo. Kyo e Rui olharam para Hiro como se quisessem uma explicação, mas quando viram que nem ele havia entendido o que acabara de acontecer, resolveram seguir a amiga antes que ela fizesse alguma bobagem.






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Autor(a): Lonely Loony

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