Fanfics Brasil - 6 Holding you, and swinging

Fanfic: Holding you, and swinging | Tema: Cavaleiros do Zodíaco


Capítulo: 6

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Capítulo 06 –


Shaka passou a recusar todos os convites que Mu e seus amigos lhe faziam. Não saía mais com eles nem para os grupos de estudo. Nem com Mu ele falava mais e já fazia duas semanas. Toda vez que Mu telefonava, ele desligava o celular. Ao menos era isso o que parecia...


Agora sua realidade era apenas Victoria. Aqueles olhos azuis vidrados se enchiam de uma fixação sempre que a viam, acompanhado daquele sorriso sinistro.


Isso foi motivo de comentário por toda a Universidade. Shaka era um cara respeitado e todos achavam que ele não dava a mínima para garotas por estar sempre ocupado e ser uma pessoa muito reservada. Mas Victoria Valentine? Definitivamente... Foi uma surpresa para todos, até para seus amigos, que julgavam conhecê-lo tão bem. Todos sabiam como ela era. Os dois não tinham nada em comum. E agora Shaka não saía de perto dela. Parecia... enfeitiçado. Era essa a palavra que todos usavam. O que, com a fama de Victoria, bem poderia ser verdade.


Victoria, além de inspirar muita admiração, também inspirava medo. Ela sempre andava com algum livro sobre Ocultismo, lia a sorte de algumas garotas e garotos curiosos pelo Campus, que ficavam fascinados com as previsões que sempre vinham a se realizar... Enfim, havia algo sobre Victoria Valentine. E quando ela não gostava de alguém, ou em especial, odiava alguém, essa pessoa tendia a sofrer lamentáveis acidentes. Coincidências. Era nisso o que seus colegas mais próximos se forçavam a acreditar. Não era à toa que ela estava cotada para ser nova líder da Irmandade. Não que ela não fosse querida e popular. Mas caso não fosse... Havia esses bons motivos para que ninguém a contradissesse.


E Shaka estava fazendo exatamente tudo o que ela mandava. Não que nesse momento ele tivesse muita escolha...




As aulas de Literatura haviam se tornado um tormento para Mu. Kyoko o evitava e agora Shaka o ignorava... Mas ele jurou que o melhor amigo ele não iria perder.


- Shaka, precisamos conversar. – disse Mu, se colocando do caminho do outro, que ia entrar na sala.


- Outra vez, Mu? Já disse que não tenho nada mais a lhe dizer. Saia do meu caminho, não me faça perder tempo. A aula já está começando.


- Isso não importa! – disse Mu, irritado demais para seus padrões – O que está acontecendo? Só por que arrumou uma namorada, e que, diga-se de passagem, não poderia ser mais diferente de você, agora vai nos esnobar? Por que está fazendo isso, Shaka? Nós éramos amigos! E veja, eu lhe dei esse casaco! Se você ainda o usa, é porque sente alguma coisa, não é? Aquela mulher... Shaka, você precisa se afastar dela...


Shaka segurou Mu pela gola da camisa e o empurrou violentamente contra a parede. Alguns estudantes que estavam entrando se esquivaram, assustados, mas fingiram que não estavam vendo nada.


- Não ouse dizer uma palavra que vá difamar a Victoria – disse Shaka, cheio de ódio. – Mu nunca o vira assim. Aqueles olhos... Nem parecia ele! – Ela é minha namorada agora e é melhor você e os rapazes se acostumarem. Não é à toa que ela não gosta de vocês. Quem se colocar no nosso caminho será nosso inimigo. Portanto, eu e você, Mu, não temos mais nada a ver um com o outro.


Mu, pálido, tremendo, retirou as mãos de Shaka. Ele sentia que Shaka emanava uma energia estranha. Mas de onde vinha? Era isso o que o estava controlando...


- Shaka, tire esse casaco. Agora.


Shaka olhou para Mu como se este tivesse pedido a ele para valsarem pelo corredor.


- E por que deveria? Ele é meu. E depois, Victoria me proibiu. Ela disse que fica bem em mim. Não seja infantil, Mu. Não vou devolvê-lo só porque não somos mais amigos.


- Victoria... O proibiu?


Agora tudo fazia sentido, finalmente.


- Shaka, tire esse casaco! Tire-o agora! Por favor, Shaka!


Mas este riu, olhando para Mu como se o outro estivesse louco.


- Pobre Mu... – ele disse, tocando de leve o rosto do outro. – Já disse que não vou tirá-lo. Você enlouqueceu de vez? Por que está agindo como um tresloucado? Eu vou entrar. Isso é uma perda de tempo.


E Shaka se foi. Mas agora Mu sabia e não iria esperar. Foi correndo contar para Saga e os outros. Não interessava se a aula já havia começado. Eles precisavam de um plano.




- O que você está dizendo, basicamente é que... – disse Aioria, solene. Mu conseguira reunir os amigos sob uma árvore num local tranqüilo onde ninguém os ouviria.


- ... há uma bruxa a solta no Campus? – disse Kanon, em tom de deboche. - Mu. Eu conheço a Victoria. Ela pode ir a extremos para conseguir o que quer, mas com certeza feiticeira ela não é... Shaka é um homem e finalmente está mostrando isso. Vamos deixar essa fase passar.


Mu dirigiu a ele um olhar sombrio.


- Eu sei o que eu vi, Kanon. Shaka estava mais do que alterado e não era por causa de hormônios. Vamos, dê crédito a ele! Vocês não percebem que realmente há algo errado?


Miro, Aioria, Kanon e Saga ficaram pensativos.


- Bem, se o casaco é o problema... – disse Miro,


-... só temos de tirá-lo dele à força! – completou Aioria, com um soco na palma da mão.


- Sim, seria essa a única solução plausível... – completou Mu. – Mas o problema é como.


- Ora, essa é a parte fácil. Nós o agarramos e pronto. – disse Aioria, como se sair por aí atacando pessoas para arrancar-lhes os casacos fosse uma prática totalmente condizente.


- Aioria. – disse Mu, que estava pensando exatamente nisso – Ele não quer mais nos ver a sós. E deixou isso bem claro...


- Mu, temos que convencê-lo – disse Saga, falando pela primeira vez. – Você tem que convencê-lo.


- Saga, ele não quer mais me ver. Está cego e envenenado por aquela mulher.


- Convença-o, Mu. Nesse momento você provavelmente é o único ainda capaz de alcançá-lo. Não subestime Victoria. Ela é muito astuta quando sabe o que quer.


Todos olhavam para ele com expectativa. Mu sabia que Saga tinha razão. Ele iria convencer Shaka, de alguma forma.




Eles estavam no Campus, sob as cerejeiras que floresciam lindamente nessa época do ano. Ela nunca pensou que um dia fosse tê-lo deitado em seu colo, fosse beijar aqueles lábios... Ele era tão puro...


- Shaka, diga que me ama...


- Eu a amo, Victoria... – ele dizia com aquela voz sem expressão, aqueles olhos vazios...


E isso a magoava tanto. Mas ela sabia que era o único jeito...


Nada importava agora. Ele era seu escravo, corpo e alma.






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Autor(a): Lonely Loony

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Capítulo 07 – Estava se tornando impossível falar com Shaka. Victoria parecia saber dos planos de Mu. Ela sempre acompanhava Shaka conspicuamente a todos os lugares em que ele ia. Mu já nem conseguia mais falar com ele antes das aulas de Literatura, pois lá estava ela, sempre ao lado de seu antigo amigo... E para completar, Shaka semp ...


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