Fanfic: Feitiço da Lua | Tema: Disney - O Corcunda de Notre-Dame

Mais um capítulo. Esse é bem curtinho... Só para mostrar que Quasímodo e Keira estão começando a criar laços. E também aprendemos um pouco mais sobre Keira.

Capítulo 3 – Keira

No Santuário de Quasímodo, a garota continuava querendo encarar tudo, menos a verdade. A loucura momentânea da lua cheia deixara... "conseqüências", e ela sabia disso. Se bem que... talvez ela soubesse disso muito antes do ato acontecer. "A Deusa tem sempre um plano para todos nós", pensou.

Agora, só restava a ela descobrir se seria menina ou menino, senão a curiosidade jamais a deixaria dormir novamente. Ainda bem que esse encantamento não era tão complexo, e ela estava munida de quase todo o material necessário. Só faltava o recipiente...

Ah, mas Quasímodo tinha alguns, com certeza. "E com certeza ficaria furioso antes de me emprestar o que quer que fosse..."

Tentando lembrar o lugar onde ele guardava, ela viu um lugar que despertaria a curiosidade de qualquer um.

Delicadas e coloridas lâminas de vidro em formatos variados, cortadas com exímia perfeição que refratavam e refletiam a luz do sol, estavam penduradas no teto. Uma mesa, com a réplica da catedral em miniatura... Não só a catedral... Uma mini-cidade... E ainda se deram ao trabalho de modelar bonequinhos de madeira! Que perfeição!

`Bisbilhotando?` Falou Quasímodo, num tom de voz alto, assustando a garota.

`Não faça isso`, disse ela, séria. `Nossa, que trabalho bem feito! Foi você?`

`Sim...` Disse Quasímodo, acanhado.

`Puxa... Com quem aprendeu a fazer isso? São tão bem trabalhados!`

`Bem... Com ninguém... Sozinho...`

`Sério? Que sorte a sua!`, disse a garota, tentando disfarçar sua inveja. `Eu nunca nasci sabendo fazer nada. Aprendi a tocar violino com a minha família. Eles eram bem musicais.`

`Oh! Então você toca violino?`

`Sim, é meu instrumento favorito. Eu também tinha uma harpa, mas fui roubada.`

`Sinto muito...`

`E deveria. Sou ótima tocando harpa também. Mas sobre os seus bonequinhos. Você nunca pensou em vendê-los?`

`Vendê-los? Claro que não! Não são para venda, é apenas uma atividade para relaxamento!`

`Ora... Quasímodo, Quasímodo... Você não tem ambição?`

`Na verdade nunca pensei muito nisso... O que mais alguém como eu pode esperar da vida?`

`Nossa, quanta desilusão... Imagino o quanto você deve sofrer, Quasímodo, mas todo mundo tem o direito de ser feliz...`

`Bem, nem todos... Não que eu tenha do que reclamar. Eu sou o mais feliz possível e é de pequenas coisas que a felicidade se faz.`

`Belas palavras, Quasímodo... Eu confesso que nunca tinha valorizado minha vida o suficiente até esse momento. Obrigada...` A garota enxugou uma lágrima.

Quasímodo ficou sem jeito e resolveu mudar de assunto.

`Me chame de "Quasi", é assim que meus amigos me chamam. Como é seu nome, criaturinha?`

`Meu nome é Keira Mulligan. Sou irlandesa. Viajo pelo mundo há alguns anos, mas sinto falta de casa. Estou procurando meu coração... Ainda não sei qual meu objetivo e me sinto muito perdida.`

`Keira... Não há melhor lugar para se achar do que Paris. Seja bem-vinda.`

Keira sorriu e os dois foram contemplar o pôr-do-sol.