Fanfics Brasil - Brothers and Sisters The Butterfly

Fanfic: The Butterfly | Tema: Disney - O Corcunda de Notre-Dame


Capítulo: Brothers and Sisters

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Capítulo 09 – Bothers and Sisters


Quasímodo parecia andar muito tenso e não se sabia o motivo. Nem mesmo na presença de Keira, em conversas descontraídas, conseguia relaxar.


`Algo o incomoda, Quasi?` Keira perguntou. `Você tem estado nervoso... Qual o motivo de tanta ansiedade?`


`Eu? Nervoso? Imagine!`


Keira não se incomodou mais e mudou de assunto.


`Zephyr vai se casar.`


` O quê? Finalmente! Já estava na hora de ele esquecer Éadaoin e tentar ser feliz! Eu a conheço?`


`Sim, claro. Conhece.`


`Ah, então é um de vocês. Quem é?`


`Éadaoin.`


Quasímodo fitou Keira intrigado por alguns segundos e então falou, finalmente:


`Mas... Ela o ama?`


`O que você acha?`


`Bem... Se ela decidiu casar, então é óbvio que sim... Como sou bobo!`


`Quasi... Como você é bobo.`


`E... Esmeralda?`


`Ela já é casada.`


`Pare com isso. Como ela está?`


`O pior possível.`


`Sério? Meu Deus...`


`Mas para tudo há um jeito, não é, Quasi? Ih, parece tarde. Tenho que ir.`


`Hm. Não sei o que você poderia ter de tão importante para fazer.`


`Não fosse por mim, você não seria um sucesso de vendas.`


Quasimodo riu.


`É mesmo. Ei, Keira... Posso ir com você hoje...?`


`Ué, por quê?`, ela estranhou.


`Bem... Estou me sentindo muito sozinho e com saudades de todos... Além disso, gostaria de dar os parabéns aos noivos...`


`Quanto a isso, não há o que parabenizar. Mas se você faz questão de ir... Sabe que é muito bem-vindo lá, Clopin o ama, afinal.`


`É, Clopin...`


`Sim. E Éadaoin, eu...`


`E quem me dera...`


`Esmeralda também o ama, de uma certa forma. Mas quer realmente saber a verdade? Ela não vê em você, nem nunca verá, nada além de um amigo, ou um irmão!`


Quasímodo parecia ultrajado.


`Ora, Keira! Não... Não se meta nisso! Por que está falando assim?`


`Porque é fato! Quer você queira quer não! E nada do que você fizer mudará isso! Sinto muito, mas agora você não pode me culpar por não avisá-lo!`


`Ora, cale-se! Não perguntei nada sobre o futuro! E daí? O que tem isso a ver com alguma coisa? Quer saber, vou sozinho!`


`Pois então, vá! Faça o que quiser! Ou melhor, não vá! Sei porque você está querendo ir!`


`Keira, espere! Desculpe, não quero brigar com você... Estou tão confuso...`


A mulher suspirou, sentindo-se mal por talvez ter sido severa demais.


`Tudo bem, Quasi...` ela o abraçou. `Não quero ser cruel. Mas me preocupo com você, até demais.`


`Eu vou até lá, Keira... Com ou sem você.`


`Bem, Quasi... Você é quem sabe... De qualquer forma, todos sentimos muito sua falta...`


O que era bem verdade. Assim, os dois seguiram para o Pátio dos Milagres.




 


Éadaoin estava perdida em devaneios, quando sentiu a mão de alguém tocar de leve seu ombro.


`Éadaoin...`


`Mámai...`


`Querida, converse comigo.`


`E com quem mais eu conversaria, mamãe?`


`Querida... Você sabe que não é obrigada a nada.`


`As coisas não são tão simples, mamãe, e a senhora sabe.`


`Sei? E por que são tão complicadas? Éadaoin. Não contestarei sua decisão se for isso mesmo o que quer. Mas eu já cansei de lhe dizer que não há só um caminho. E você sempre insiste em escolher o errado...`


`Mas, mamãe! Quando eu penso que estou acertando...`


`Não é bem o que você pensa que importa, Éadaoin. Você sabe o que fazer simplesmente porque sente. É claro que nem sempre é assim! Mas nesse caso...`


`O que eu devo fazer, então?`


`Você é quem sabe, querida. Só espero que faça uma boa escolha.


`É tão difícil, mamãe...`


`Vai dar tudo certo.`, ela disse, abraçando a filha.




 


`Ora, Quasímodo!` disse Esmeralda, ficando nervosa. Não pode ser tão grave assim! Fale logo de uma vez, você está me preocupando! Está doente...?`


`Não, não...`


`Então o que é? Você me arrasta para dentro de meu vagão dizendo que precisa conversar sério, é urgente, muito importante, e... emudece!`


Quasímodo não sabia o que fazer. Talvez fosse melhor alguém interromper...


`Sabe... Já que não é nada sério como eu pensei que fosse,` disse Esmeralda, `melhor sairmos daqui. Está ficando abafado...`


`Não está, não. Por favor, ouça o que eu tenho a dizer.` Ele falou, recuperando o fôlego.


`Quasi... Não, por favor, deixe-me sair... Não fale nada que depois vá se arrepender...`


`Não vou me arrepender de nada. Eu... Eu te amo, Esmeralda...`


Esmeralda fechou os olhos e abaixou a cabeça, sem saber como reagir.


`Sim, eu te amo e sempre te amei. Não sei como isso pode ser novidade para você. Aquele beijo que você deu no Febo há muito tempo atrás na Catedral, lembra, o primeiro beijo de vocês, quase me destruiu. Eu sinceramente não sei como agüentei. E não sei como ainda agüento...`


Esmeralda estava sem fala. Olhava para ele encantada, com um pouco de pena, pois sabia que não poderia corresponder...


`Me perdoe, Quasi... Por favor, me perdoe... Mas... você é um amigo muito querido para mim... Sim, é o amigo mais querido que eu já tive... Sim, eu também o amo, amo tanto! Mas... Não dessa forma... Jamais consegui ver você dessa forma... Você é tão, tão especial para mim, é como um irmão... Um irmão que eu nunca tive e sempre quis ter...`


`Eu sei... Eu sei... Já sabia disso... Mas precisava dizer. Espero que você perdoe a ousadia...? Não agüentava mais guardar isso dentro de mim...`


`Não há o que perdoar, Quasi...` ela o abraçou.


Os dois ficaram lá, abraçados um tempão, como irmão e irmã...


Ao sair do vagão de Esmeralda, Quasímodo se deparou com Éadaoin andando. Ela claramente fingiu que não o viu, mas ele a cumprimentou assim mesmo.


`Oi, Éadaoin... Há quanto tempo...`


E fazia realmente muito tempo... Os dois não se viam desde o dia em que ela abortara o filho de Zephyr, há quatro meses.


`Ora, Quasi! Não vi você por aqui...!`, mentiu. `Quando chegou?`


`Vim com sua mãe. Como você está?`


`Ora, nunca estive melhor em toda minha vida.`


`Deve ser verdade, pois estou sabendo das novidades...`


`Que novidades?`


`Você não tem nada a me contar?`


Ela franziu as sobrancelhas.


`Que eu saiba, não.`


`Ah, é? Pois fiquei sabendo que você e Zephyr...`


`Ah, isso. Sim, e daí. Minha mãe lhe contou, é?`


`Você não me parece muito entusiasmada! Não é o grande dia de toda mulher?`


`Oh, sim, é simplesmente maravilhoso, era meu grande sonho. Meu grande sonho que um dia, finalmente, você visse que eu já sou uma mulher.`


Ele virou os olhos.


`Ora, vamos, Éadaoin... Eu não quero brigar...`


`E quem está brigando?`


`Quando vai ser?`


`O quê?`


`O seu casamento!`


`Não sei muito bem. Ele ainda não decidiu.`


`Ele...? Mas e você? Não decide nada?`


Ela suspirou.


`Aparentemente, não.`


`Éadaoin... Posso lhe perguntar algo...? Mas não fique ofendida, por favor, sim? Você o ama?`


Éadaoin riu, sarcástica.


`Você se importa?`


`Claro que me importo! A última coisa de que gostaria é vê-la sofrer, Éadaoin! Sabe como fiquei triste ao saber que você quase morreu?`


`Não seja hipócrita! Por que não veio me ver, então?` bradou ela, chamando a atenção de alguns que estavam por ali.


`Mas é claro que eu vim! Acha que não fiquei preocupado? Vim praticamente todos os dias!`


Agora essa era uma surpresa para Éadaoin... Sua mãe não havia lhe contado nada!


`Ah... Desculpe, eu não sabia. Mas com certeza não veio aqui hoje para me ver!`


Diante disso, Quasímodo não sabia o que responder.


`Eu sabia! Mas sei o que veio fazer aqui. Por acaso, eu o vi saindo do vagão da Esmeralda... Acha que pode dar em cima dela só porque o casamento dela está em crise, é? Que amigo o Zephyr tem...`


`Como pode falar assim! Eu não vim "dar em cima dela" e me aproveitar de situação nenhuma!`


`Hah! Vocês homens são todos iguais. Superficiais e só querem o que não podem conseguir. Bem-feito pra você então, Quasímodo, vai terminar sozinho por ser tão típico.`


Quasímodo não sabia como reagir. Era óbvio que Éadaoin estava ferida, e com muita raiva e a culpa era toda dele. Mas estaria ela falando sério...?


`Éadaoin, por favor, não fale assim comigo... Isso que você disse foi horrível, você sabe que eu não sou assim...`


`Eu não sei de mais nada! Só sei que você é cínico, dissimulado e eu o odeio!`


Éadaoin estava se voltando, quando ele a puxou e a abraçou.


`Minha pobre menina... Diga que você não está assim por minha culpa...`


Ela o abraçou também.


`Por que você me trata como uma criança? Será que não percebe que eu não sou tão idiota quanto pareço?`


Ele secou as lágrimas de Éadaoin e disse:


`Eu nunca disse que você era idiota, pelo contrário. Não a acho idiota. Admiro muito você. É mais parecida com a sua mãe do que imagina, e isso é um elogio, mesmo com ela sendo uma maluca. Eu amo você tanto, Éadaoin, mais do que você é capaz de imaginar. Mas infelizmente, não da forma que você quer. Não sei o que eu poderia fazer para provar o quanto você é especial para mim. Acha que é me casando com você? Pela sua cara, nem precisa responder, já falamos sobre isso... O fato de eu não querer ser seu marido não significa que eu a ame menos!`


`Eu só queria entender! O que eu tenho que a Esmeralda não tem? Sei que não posso me comparar a ela, mas-` ele não deixou que ela continuasse.


`Você tem tudo de especial, e mais um pouco. Só isso. Não consigo explicar. Você é a irmã que eu nunca tive e sempre quis ter...`


Quasímodo percebeu o que acabara de dizer, e lembrou-se do que ouvira de Esmeralda, sentindo-se melhor.


Éadaoin odiavaquando ele dizia a ela que ela era como uma irmã. Mas parece que teria de aceitar o fato. Afinal, seu irmão ainda estava para nascer, e talvez fosse bom ter alguma experiência anterior...


`Bem, parece que é assim, então...` ela disse, tentando sorrir.


`Eu amo você, Éadaoin.` disse ele.


`Eu também amo você. Muito. Mas isso não significa que eu algum dia vá querer ser sua irmã, apesar de estar começando a me acostumar com seus conceitos estranhos.` ela zombou.


O que tiver que ser, será... Infelizmente, para certas coisas.






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Autor(a): Lonely Loony

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