Fanfic: Lembranças de Você ( AyA) Adaptada - FINALIZADA | Tema: Anahí y Alfonso

Annie serviu três xícaras de café. Alfonso estava com o detetive Newcastle em sua sala particular, no andar de cima da casa.

— Essa gente quer matá-lo ou, no mínimo, assustá-lo — dizia o detetive.

Anahí entregou-lhe uma xícara, outra a Poncho e ficou com a terceira, sentando-se ao lado do marido.

— E quem seria "essa gente"? — Poncho perguntou, ainda pertur­bado pelo que acontecera naquela nojte.

— Bem, já tenho visto este tipo de ataque. Seja quem for que quer atingi-lo, imaginou que iria usar o carro e plantou uma bomba nele. E não foi trabalho de amador, pelo que a perícia pôde deduzir.

— Não entendo... Eu não represento nenhuma ameaça a ninguém — Poncho observou.

— Alguém está incomodado com sua existência, isso é certo. Es­colheram seu carro e não o de sua esposa. Ou imaginaram que já estivesse dirigindo ou quiseram apenas dar um aviso. De qualquer forma, poderia estar morto agora.

Annie sentiu um arrepio percorrer-lhe o corpo. Imaginava o que a levara a escolher seu próprio carro e não o de Alfonso para irem à casa dos Rodriguez naquela noite. Também ela poderia estar morta agora!

— O senhor teria algum problema mais sério na empresa, ou algum rival nos negócios?

— Ninguém capaz de um ato tão violento. O único homem que poderia querer me passar a perna acabou de fazer exatamente isso. Conseguiu um projeto que era para ser meu. Não pode ter sido ele.

— E quanto à sua família? — Newcastle continuava analisando.

— Alguém poderia ter interesse em sua morte?  

— Não! — Alfonso sentiu-se ultrajado com aquela sugestão.

— Certo... O senhor está no controle da empresa hoje, mas seu pai era o presidente há algum tempo, não?

— Sim.

— Pelo que eu soube, a empresa nunca esteve tão bem quando ele estava no comando.

— É verdade.

— E seu meio irmão, embora trabalhe na empresa, não tem direito algum a ela, certo?

— Certo.

— Bem, sr. Rodriguez, queremos que continue vivo. A bomba colo­cada em seu carro era pequena, mas bastante sofisticada. Imagino que o "acidente" com seu avião e esta bomba estejam ligados de alguma forma, mas ainda não sei como nem por quê. O senhor conseguiu se lembrar de mais alguma coisa em relação a Charles Rowden?

— Não.

— Nada?

Poncho hesitou antes de revelar:

— Sonhei com ele. — Alfonso relatou seu sonho ao detetive e fina­lizou: — Talvez minha mente esteja tentando encontrar uma solução, não significa que haja um fundo de verdade nesse sonho.

Newcastle assentiu e perguntou em seguida:

— Pretendem ficar aqui esta noite?

— Não. Vamos para o Quatro Estações.

— Boa idéia.                          

Sem mais perguntas, o detetive despediu-se. Annie acompanhou-o até a porta e depois voltou, encontrando alfonso em pé, junto à janela. Ele estava sério e tenso. Olhou para ela e anunciou:

— Quero visitar os Rowden amanhã. E esse será meu primeiro passo de volta ao trabalho.

Os dois seguiram para o hotel de táxi, já que o carro de Annie também tinha sido parcialmente danificado pela explosão. Dormiram até tarde, e somente no dia seguinte retomaram a rotina normal. Saí­ram cedo para o escritório, e dentro do elevador, observando o marido, Anahí se deu conta de que o incidente da explosão desencadeara nele uma emoção indefinível, uma espécie de determinação, que ela não sabia dizer se era positiva ou negativa. Só sabia que queria ajudá-lo a descobrir a verdade.

Maite e Gwen foram as primeiras pessoas que os viram e ambas ficaram surpresas e emocionadas com a volta de Alfonso. Logo a novi­dade se espalhou, e todos os funcionários deixaram seus postos para dar as boas-vindas ao chefe.

A primeira ordem de Poncho foi para que providenciassem um es­paço decente para Annie trabalhar. Em uma hora, uma antiga sala de reuniões passou a ser dela. Depois de arrumar seus pertences, Anahí decidiu que era hora de voltar para casa para cuidar de Félix e Ouro. Despediu-se de Alfonso, notando que ele parecia bem e disposto.

Ela foi de táxi novamente e pediu ao motorista que a esperasse enquanto cuidava dos animais. A casa estava mergulhada num silên­cio assustador. Embora amedrontada, ela alimentou os bichinhos e limpou a área que eles ocupavam.

Quinze minutos depois encontrava-se outra vez no táxi, voltando para o escritório.Poncho falava ao telefone quando ela chegou e, sem querer interrompê-lo, Annie seguiu para sua nova sala.

Às cinco da tarde, alguém bateu à porta e, com seu consentimento, Dulce apareceu, deixando-a imediatamente alerta.

— Sei que estranhou minha presença na casa dos pais de Alfonso, ontem — disse ela, direta. — Fiquei constrangida quando Theo me convidou.

— Bem... Theo sabe o que faz.

— Sei que você tem conhecimento dos problemas dele com a esposa. Ela está aqui, conversando com ele. Estão falando sobre o divórcio.

Annie apenas assentiu.

— Como você é parte da Rodriguez agora, achei que devíamos escla­recer algumas coisas — Dulce acrescentou.

— Por exemplo?

— Podemos ceder espaço uma à outra.

— Imagino que sim.

— Ótimo.

Dulce parecia querer dizer algo mais, mas a repentina chegada de Alfonso a fez apenas sorrir, pedir licença e sair da sala.

— São grandes amigas agora? — ele ironizou.

— De infância.

Ele riu.

— Ela faz um bom trabalho aqui — observou Poncho, acrescentando em seguida: — Podemos ir até a casa dos Rowden agora?

Annie sentiu um calafrio ao longo da espinha. Mas sabia que o ataque na garagem fora mais uma ameaça à vida de seu marido. Se ele sentia que precisava ir até os Rowden para esclarecer o que estava acontecendo, ela estaria a seu lado.

bEM , REALMENTE , ESSE LIVRO É MUITO MISTERIOSO, MAS A MEDIDA QUE EU VOU POSTANDO VOCÊS IRÃO DESCOBRIR AS COISAS.

BEIJOS , GRACIAS PELOS COMENTÁRIOS.