Fanfics Brasil - 48 Lembranças de Você ( AyA) Adaptada - FINALIZADA

Fanfic: Lembranças de Você ( AyA) Adaptada - FINALIZADA | Tema: Anahí y Alfonso


Capítulo: 48

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Eles jantaram em casa, tranquilamente, como nunca tinham feito durante todo o tempo de casados. Poncho ajudou Annie a lavar a louça e arrumar a cozinha, num clima aconchegante e confortável, como havia tempo nenhum dos dois experimentava. Por fim, ela sorriu e convidou:


— Vou subir e esperar por você para aquele banho, certo?


Poncho assentiu e a viu subir depressa. Um banho de chuveiro, ou de banheira, fosse o que fosse, seria adorável, analisou. Imaginou o perfume delicioso de todos aqueles sabonetes e sais de banho que havia no banheiro da suíte de hóspedes, que Annie ocupava desde que voltara para casa. Aromas inebriantes, sedutores...


De repente, Poncho vacilou. Sentiu uma súbita dor de cabeça. Al­guma coisa estava errada... e tinha a ver com cheiro, era algo que fora induzido à sua lembrança a partir do instante em que ele pensara no cheiro dos produtos...


Cheiro de... remédios? Sim, era isso... Mas por que aquilo, agora? Teria a ver com o período que ele passara internado no hospital? Não, não era, era algo anterior a isso, pois ele lembrava-se agora de ter sonhado com remédios, quando estava no hospital. Remédios fortes, drogas, entorpecentes... Então um forte odor de ácido úrico pareceu envolvê-lo, como se viesse de dentro para fora, originando-se no cé­rebro para depois atingir o olfato.


Subitamente, as lembranças voltaram com tanta rapidez e clareza que o deixaram tonto e enfraquecido.


Anahí esperava por ele no banheiro, já ensaboada, e estranhava a demora. Será que Alfonso não conseguira subir as escadas? Ele estava tão bem, mais ágil, disposto... Desistindo de esperar, ela fechou a torneira, enrolou-se numa toalha e saiu do banheiro, atravessando o quarto em direção ao hall.


Desceu a escada com o coração disparado. Que quietude era aque­la? Onde estava Alfonso?


— Poncho? — chamou. — Poncho!


Quando não obteve resposta, os mais tenebrosos pensamentos pas­saram por sua cabeça. Foi então que o viu encostado à parede da cozinha.


— Poncho, que susto! O que houve?


Ele estava muito pálido, e Annie ficou apreensiva.


— Eram remédios controlados — balbuciou ele, as lembranças retornando com velocidade e nitidez. — Charles e o primo dele es­tavam manipulando essas drogas, prescritas apenas em casos exte­rnos. E elas tinham um cheiro... característico.


Anahí olhava para Alfonso, sem entender direito, porém sem querer interrompê-lo, percebendo que o processo de memória estava em atividade e o levava àquela necessidade de falar, de registrar a sequência dos acontecimentos.


— Eu vi Charles quando ele saiu do pub de MacNaughton, um dia. Tentei falar com ele, mas não o alcancei, então eu o segui em meu carro. Ele estava num carro muito velho, e dirigiu para a periferia da cidade. Eu o vi entrar numa casa velha também, e fui atrás. Entrei sem bater e os surpreendi. Estavam fazendo os tais remédios, que tinham esse cheiro de que me lembro bem agora. Um cheiro forte, ácido...


Poncho fechou os olhos e as vozes que ouvira diversas vezes quando se encontrava no limiar da consciência voltaram a atormentá-lo, di­zendo que seria muita sorte se... se ele não se lembrasse de nada!


— Poncho? — Annie preocupou-se, notando-o estranho.


— Charles estava em meu escritório — ele disse, reabrindo os olhos. Olhava para ela, mas era como se visse outra coisa. — Na... véspera do acidente...                          


O que ele pensara ser um sonho revivia agora em sua memória. — Charles estava em meu escritório, com as mãos trêmulas... os lábios inchados, os olhos fundos... e pálido, branco como um papel.


Poncho lembrou-se das exatas palavras de Charles...


"Sei que você já tem seus problemas, que não são poucos, mas eles nada têm a ver com Annie. Consegue perceber onde estão, não? Eles estão bem aqui! Aqui! Bem debaixo de seu nariz! E estão con­sumindo tudo, como urna espécie de ácido... Olhe ao redor, seu im­becil! É ela quem está fazendo tudo!"


Então a porta de sua sala fora aberta, Charles cobrira o rosto e começara a chorar. E Alfonso sentira raiva e repulsa daquele homem, tão querido por Anahí. De repente Charles saíra correndo, e a lem­brança seguinte de Poncho era de estar no aeroporto, o motor do avião sendo ligado, seu pensamento em Kelly, ansiando por esclarecer tudo com ela, sua preocupação... E então ele vira Charles na pista, acenan­do para ele, aproximando-se do avião, entrando...


— Poncho, você está me assustando! — Annie protestou, mas ele pediu-lhe silêncio. As lembranças vinham como numa torrente e ele não queria interromper aquele fluxo.


O motor do avião estava ligado, eles estavam voando baixo. Ele se distraiu com alguma coisa, Charles teimava que ela queria o que achava que lhe pertencia por direito...


"Ela?” Poncho perguntara, sem entender.


De quem Charles estava falando? De Annie?


"Ela acha que você lhe deve isso ".


E então alguma coisa errada acontecera, um problema no avião...


Poncho respirou fundo e engoliu em seco. Anahí estava a seu lado, abraçando-o.


— Ele estava tentando me advertir sobre alguém — explicou a Annie. — E era uma mulher.


— Poncho.


— Uma mulher — repetiu o detetive Newcastle, olhando para Alfonso.


— Foi o que Charles disse — Poncho confirmou, do outro lado de sua mesa, no escritório. — Lembro-me do dia em que ele esteve aqui como se fosse ontem.


Alfonso não entrara em mais detalhes com Anahí; precisava de tempo para refletir. Tinham dormido mais uma noite no iate e Annie se mos­trara mais preocupada com ele do que antes.


— Então, ele veio aqui para avisá-lo... — Newcastle repetiu, ten­tando entender.


— Sim, um dia depois de eu o surpreender manipulando drogas com o primo, na casa onde moravam. Eu o segui até lá porque estava furioso e queria ter uma conversa definitiva com ele sobre Anahí. E acabei pegando-os em flagrante.


— Sim, eu estive na casa para fazer averiguações e não há dúvida de que algo ilegal acontecia lá dentro. Você disse que o outro homem era primo de Charles?


— Sim. O nome dele é Connor.


— E você o reconheceria, se o visse?


— Sim.


— Mas não havia nenhuma mulher na casa...


— Não.


Poncho lembrava-se de ter gritado com Charles, perguntado se o dinheiro que Annie retirava da conta todos os meses era para sustentar aquela atividade ilegal. Charles o agarrara pela manga da camisa e jurara que ele estava entendendo tudo errado.


Naquele dia, Alfonso estava furioso. Furioso por Annie amar aquele farrapo humano, por dar a ele seu dinheiro. Enquanto ele próprio, Poncho, tinha sido usado pela esposa durante anos, usado por ser a fonte do dinheiro que ela dava àquele sujeito. Sentira vontade de matar Charles ali mesmo, mas depois sentira pena do infeliz.


— O que você fez depois disso? — perguntou o detetive.


— Voltei para casa.


Ele voltara e bebera quase uma garrafa inteira de uísque, encarando a realidade do fim de seu casamento.


— E depois?


— Fui trabalhar no dia seguinte e Charles apareceu no meu escri­tório. Disse que sabia que eu tinha sérios problemas na empresa e que... ela queria o que lhe era devido. Referiu-se várias vezes a al­guém, que evidentemente era uma mulher, porém sem nunca men­cionar o nome. Ela, somente. Sempre ela, ela...


— Não faz idéia de quem ele tinha em mente?


— Não.


Newcastle pensou por instantes, depois perguntou:


— Sr. Rodriguez, no caso de sua morte, quem se beneficiaria?


Poncho se sentiu contrafeito, mas respondeu, mesmo assim:


— Minha esposa.


— Acha que essa pessoa a quem Charles Rowden se referia poderia ser sua esposa?


— Não. — Poncho franziu a testa. — Charles fez questão de frisar que meus problemas não tinham nada a ver com Annie.


— Confia plenamente em sua esposa?



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— Sim. — Também confia bastante em sua memória, pelo que vejo... Poncho engoliu em seco. Reconhecia que Annie era seu calcanhar-de-aquiles. E o detetive também sabia disso. — Sim. Charles apareceu aqui e estava péssimo. Imagino que se sentisse ameaçado por eu ter visto o que ele e o primo faziam e tenha vindo conversar ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 173



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  • jl Postado em 13/04/2012 - 09:18:23

    AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA ERA A VELHA DA GWEN U_U Invejosa. QUe final *-*

  • jl Postado em 13/04/2012 - 09:18:22

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  • jl Postado em 13/04/2012 - 09:18:21

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  • jl Postado em 13/04/2012 - 09:18:21

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  • jl Postado em 13/04/2012 - 09:18:20

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  • jl Postado em 13/04/2012 - 09:18:19

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